Especialistas criticam projeto de lei que libera venda de diesel sem biocombustível: 'Retrocesso'
A mistura do etanol na gasolina e do biodiesel no diesel entrou no centro de uma discussão envolv [...]
Uma eldquo;tempestade perfeitaerdquo; se abateu sobre o governo no primeiro mês de 2025, lamentam aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouvidos pela Coluna do Estadão. A avaliação surgiu a partir da constatação de que o reajuste no diesel discutido pela Petrobras vem no pior momento possível, quando o Palácio do Planalto ainda tenta contornar dois problemas que afetaram a popularidade presidencial: a eldquo;crise do Pixerdquo; e a alta nos preços dos alimentos.
Era para janeiro ter marcado uma virada na eldquo;sorteerdquo; do governo, com a expectativa positiva gerada pela troca no comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência. A chegada de Sidônio Palmeira à Secom, no início da segunda metade do mandato de Lula, foi pensada para ser um eldquo;ponto de viradaerdquo;, com foco nas eleições de 2026. Mas o marqueteiro, desde que assumiu o cargo, tem lidado com uma crise atrás da outra.
Governistas dizem que, apesar do aumento da avaliação negativa de Lula, os preços dos combustíveis - que pouco têm variado desde que Magda Chambriard assumiu a presidência da Petrobras - eram um dos poucos trunfos do Planalto para agradar à população. Ainda que o temor maior seja um eventual reajuste na gasolina, por ora fora do radar, o diesel impacta o custo do transporte, que afeta os preços de bens como os alimentos.
A discussão sobre os combustíveis vem na semana seguinte à polêmica frase do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que falou em intervenções para reduzir os preços dos alimentos, e depois recuou. De acordo com pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira, 27, subiu de 65% para 83% o número de brasileiros que acreditam que esses preços subiram no último mês.
Como mostrou a Coluna do Estadão, após o resultado amplamente negativo para Lula, que pela primeira vez viu sua reprovação superar a aprovação, petistas querem dar impulso a eldquo;pautas populareserdquo;. O revés na popularidade do chefe do Palácio do Planalto deu ainda mais argumentos para a ala do partido que defende o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil o mais rapidamente possível.
A base aliada afirma que o principal motivo da queda na popularidade presidencial foi a eldquo;crise do Pixerdquo;, gestada a partir de uma medida da Receita Federal que foi alvo de fake news sobre suposta taxação do meio de pagamento. A avaliação é de que o ajuste na comunicação do governo já está sendo feito, mas também é preciso ter ações concretas.
Fonte/Veículo: O Estado de São Paulo (Coluna)
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