Petrobras atinge a meta de produção de óleo e gás natural em 2024
A produção total de óleo e gás natural da Petrobras alcançou 2,7 milhões de barris de óleo equiva [...]
eldquo;Não estamos congelando nada.erdquo; Dessa forma categórica, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defende o atual preço dos combustíveis praticados nas refinarias da estatal.
O momento, afirma, está contaminado por uma volatilidade dentro e fora do Brasil, com especulações sobre pacote fiscal e incertezas sobre a chegada de Donald Trump a presidência dos EUA. Uma instabilidade que, segundo ela, já está arrefecendo. Ao Estadão/Broadcast, a executiva nega que sofra ingerência política para mexer nos preços: eldquo;Eu não estou com uma espada na cabeçaerdquo;.
Sobre a licença para perfurar na Margem Equatorial, Magda lembra que o Brasil responde por apenas 1% das emissões mundiais de gases do efeito estufa. eldquo;Eu estou lá na elsquo;rabeirinha da cruzersquo;. Os americanos estão no elsquo;drill, baby, drillersquo; (perfure, bebê, perfure, em tradução livre). A China precisa de energia loucamente. A Índia está crescendo dizendo que vai comprar petróleo. Então, a minha Margem Equatorial que está desequilibrando essa balança?erdquo;, argumenta.
Veja a seguir os principais trechos da entrevista:
Os meses de janeiro e fevereiro são época de férias, em que os caminhões param, e as vendas caem. A gente vende menos combustível sempre. E, para tudo que fazemos com preço, a gente acompanha o mercado e evita a volatilidade de olho em market share. Janeiro e fevereiro são uma época em que estamos de olho nisso. A venda começa a aumentar de novo, provavelmente, em março. Então, a verdade é a seguinte: não estamos congelando nada. Estamos absolutamente dentro da nossa estratégia, a qual não posso contar. Se dissesse, estaria lesando o meu acionista.
Não. Não diga isso. Eu disse apenas que em março as vendas aumentam.
Eu olho isso (preços) de 15 em 15 dias, ao longo de todo o ano. Inclusive, mostramos a efetividade disso periodicamente para o conselho e administração. O conselho não está reclamando.
Olha, tenho 16 grandes bancos investidores da Petrobras, nacionais e estrangeiros. Treze deles têm recomendação de compra da ação e três são neutros. Ninguém está vendedor.
Não, a gente está indo bem. O resultado da venda de derivados do ano passado foi muito bom. Este ano mal começou. Janeiro e fevereiro são meses difíceis e (na virada do ano) houve movimentos especulativos, expectativas sobre o pacote fiscal do ministro (da Fazenda, Fernando) Haddad. O dólar está para lá e para cá. Todo dia tem uma coisa diferente, uma oscilação.
Pois é. Fiquei muito surpresa com essa confusão toda de preços, quando todo mundo sabia que, no dia 20, o Trump assumiria, né? E que isso seria uma questão importantíssima e que estava gerando volatilidade. O que foi a primeira coisa que dissemos? Não vamos introduzir volatilidade no nosso mercado.
Ah, mas ela acaba. Especulador não especula para sempre, não. De vez em quando eles dão uma arrefecida. Veja só, o Trump promoveu o acordo de paz entre Israel e Hamas. Isso atenua as coisas. Outra: no discurso, ele abrandou a pressão sobre a Rússia, o que também mexe com a gente (setor de petróleo).
Ele (Trump) vai estar o tempo todo gerindo os dois extremos da balança. Primeiro, a energia não pode ser cara, e o petróleo segue sendo a principal fonte deles. E, segundo, ele não pode desempregar o pessoal dessa indústria. Então vai equilibrar esses dois pratinhos, para que o petróleo seja o mais barato possível, desde que esse pessoal (indústria) sobreviva e siga produzindo.
Não vou dizer números, mas vamos ter de entender que estávamos num momento de volatilidade alta e temos que saber onde é que isso vai se acomodar. Qual é o pior dos mundos? É o barril aumentar e eu correr para aumentar o preço do combustível. Depois, ele diminuir e eu reduzir os preços. E, aí, você sabe que para cima todo mundo reajusta, mas, para baixo, ninguém reajusta.
De jeito nenhum. Eu lia jornal como todo mundo, e quando vim para a Petrobras, achei que teria uma espada na cabeça. Eu não estou com uma espada na cabeça. Não posso falar da experiência alheia. Mas fui diretora-geral da ANP no governo Dilma. Tive, talvez, o período de maior independência numa agência reguladora. Duvido que outra agência, em outro tempo qualquer, tenha tido tanta independência quanto eu tinha. Acho que eu dou sorte.
Já está acalmando. Não dava pra fazer nada, para ter ideia nenhuma antes do dia 20 (posse de Trump). Fico vendo os analistas. Um analista fala uma coisa, um segundo fala outra coisa, diferente do terceiro. Mas ninguém citou que no dia 20 o Trump iria tomar posse.
Sim, sou eu, (o diretor de Logística e Comercialização, Claudio) Schlosser e (o diretor Financeiro, Fernando) Melgarejo que decidimos. Isso (rumores) é conversa fiada. Eles querem dizer: eldquo;Olha, o conselho disse que ela está vilipendiando a empresaerdquo;. Não é verdade.
Adoro bolsa de grife. Se eu for comprar uma aqui embaixo, ela vai ser, talvez, 5% do valor (da bolsa de grife). O vendedor vai perder dinheiro? Então, cada um tem seu nicho, seu volume de vendas, capacidade de negociação, e logística. A gente tem uma logística instalada e depreciada.
Quero que o Brasil cresça, então acho que as vendas vão ser maiores em 2025. A curva de vendas de diesel às distribuidoras acompanha muito pari passu (no mesmo ritmo) a curva de crescimento da economia. Se há crescimento, vende-se diesel. É quase instantâneo.
Sabe aquelas revistinhas do Tio Patinhas do Walt Disney? A Petrobras não está interessada em fazer um armazém de dinheiro, não está interessada em ter uma sala de preocupação de dinheiro, não está interessada em empilhar dinheiro nem em tomar banho de dinheiro. Sobrou, a gente distribui. As regras estão postas. E se ultrapassar e tiver dividendos extraordinários será distribuído também. Garantida a financiabilidade do Plano Estratégico (2025-2029), o resto ninguém vai empilhar dinheiro.
A gente comprou essa área em 2013. Eu licitei essa área (quando era diretora-geral da ANP). A 11ª rodada de (licitação) foi espetacular. Esses blocos (da Margem Equatorial) tiveram, juntos, metade dos bônus de assinatura de toda a rodada, e teve aval do ministério.
Essa parte eu não vou comentar. Quando se olha para 2030, a gente está dizendo assim: eu estou em ramp-up (escalada), continuando a desenvolver o pré-sal. Campo de Búzios vai ter 12 plataformas. Aí vai chegar lá na frente e eu estou produzindo 900 milhões de barris por ano. Minha reserva é 11 bilhões (de barris). O que vai acontecer em 2035? O País está querendo ser importador de novo? Essa é a pergunta que tem que ser feita. O pessoal topa perder 1,5 milhão de barris? Reduzir os impostos apurados pela metade? E não ter essa contribuição na balança comercial?
A gente emite 1% das emissões mundiais, e a energia é 24% desse 1%. E petróleo é uma parte desses 24%. Então é disso que estamos falando. O primeiro emissor do planeta são os Estados Unidos, que acabaram de sair do Acordo de Paris e vão perfurar. O segundo maior poluidor do planeta é a China. Já bem distante desses, tem a Europa. Estou lá na elsquo;rabeirinha da cruzersquo;. Os americanos estão no eldquo;drill, baby, drillerdquo; (perfure, bebê, perfure, em tradução livre). A China precisa de energia loucamente. A Índia está crescendo dizendo que vai comprar petróleo. Então, a minha Margem Equatorial que está desequilibrando essa balança?
Fonte/Veículo: O Estado de São Paulo
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