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O Brasil precisa de uma nova refinaria de petróleo. A defesa foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial, disse que uma nova refinaria representaria eldquo;segurança nacionalerdquo; na oferta de energia às empresas e pessoas.

eldquo;É, precisaehellip; Tanto que nós ainda importamos gasolina e importamos dieselerdquo;, disse o ministro em entrevista exclusiva ao CNN Money, ao comentar o uso recorde da capacidade instalada das refinarias da Petrobras em 2024.

eldquo;É importante que a gente amplie (capacidade de refino). Isso é segurança nacional, segurança energética e é obrigação do governoerdquo;.

Com essa leitura, Silveira argumenta que cabe ao Ministério liderar essa pauta.

eldquo;O Ministério de Minas e Energia é o responsável pelas políticas públicas que garantam o suprimento adequado de energia elétrica e de combustíveis à indústria e às pessoaserdquo;.

Entre os grandes combustíveis, o Brasil só é autossuficiente no gás de cozinha. Entre os demais, há importação em todos os segmentos.

Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicam que o diesel importado representou 18% de todo o mercado brasileiro em novembro de 2024. Um ano antes, a fatia era ainda maior, de 24%. Na gasolina, os porcentuais de participação do combustível importado são menores: atualmente abaixo de 10%.

O discurso de Silveira por uma nova refinaria da Petrobras pode destoar da pauta de transição energética que o ministro trouxe ao Fórum Econômico Mundial.

Em Davos, o Brasil tenta atrair recursos para projetos de transição energética. Em vários painéis, o país é ouvido como fonte de energia verde, e como pode ajudar na transição ecológica.

Apesar desse sinal trocado entre combustível fóssil e transição energética, não é a primeira vez que o governo brasileiro se vê diante de atos que podem parecer contraditórios.

Enquanto prepara a COP30 em Belém, o mesmo governo federal cobra celeridade do Ibama para a liberação das licenças ambientais para a exploração de petróleo da margem equatorial na Foz do Amazonas.

Durante um dos painéis em Davos, Alexandre Silveira deu pistas do entendimento do governo sobre o tema, e endash; de antemão endash; se explicou com o argumento de que não há contradição.

O ministro argumenta que o mundo vive uma eldquo;transição energética e não troca energéticaerdquo;. Dessa forma, combustíveis fósseis e limpos coexistirão por algum tempo.
E, lembra o ministro brasileiro, a demanda por petróleo vai continuar existindo. Portanto, vender esse produto poderá, inclusive, ajudar a financiar a transição energética no Brasil.

Fonte/Veículo: CNN Brasil

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