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Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira, 17, com a redução das tensões no Oriente Médio reduzindo os prêmios de risco da commodity. Um acordo por cessar-fogo na Faixa de Gaza vem acompanhado de outros desdobramentos, como uma potencial redução nas tensões com o Irã e o grupo Houthi no Iêmen.

Além disso, o dólar operou fortalecido na sessão, o que tende a pressionar a matéria-prima, cotada na moeda americana. Ainda assim, o petróleo encerrou a semana com ganhos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em queda de 0,59% (US$ 0,46), a US$ 77,39 o barril, enquanto o Brent para mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,61% (US$ 0,50), a US$ 80,79 o barril. Na semana, houve alta de 2,15% e 1,12%, respectivamente.

O Gabinete de Segurança de Israel aprovou, nesta sexta-feira, o cessar-fogo e o acordo de reféns com o Hamas na Faixa de Gaza, de acordo com comunicado. O acordo havia sido anunciado na quarta-feira, mas ainda precisava da aprovação do governo israelense. Os 11 membros votantes do gabinete aprovaram a negociação por maioria, mas a autoridade completa, que conta com 33 membros, ainda deve realizar outra aprovação, o que está previsto para acontecer em reunião marcada para ainda nesta sexta.

A notícia fortaleceu a queda dos contratos futuros do petróleo, mas para o Swissquote Bank, é esperado que a trajetória da commodity seja para cima, considerando possíveis sanções de Donald Trump contra importantes países produtores, como Venezuela e Irã. Para o ING, os crescentes riscos de fornecimento do petróleo continuavam a dar certo suporte aos preços do óleo. Circulam informações de que Rússia e Irã estão estreitando laços, tanto militares, como energéticos.

Segundo o Commerzbank, com base nas previsões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o mercado petrolífero teria sido significativamente subabastecido no ano passado. A organização prevê ainda um déficit de oferta significativo este ano, o que permitiria à Opep e aliados (Opep+) reverter os seus cortes voluntários de produção. eldquo;Contudo, consideramos que as previsões de demanda da Opep são demasiado elevadas. Na nossa opinião, só haverá margem para um aumento da produção se o fornecimento de petróleo da Rússia, do Irã e da Venezuela diminuir significativamente devido a sançõeserdquo;, avalia o banco.

O número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA caiu 2 na semana, a 478, divulgou nesta sexta a Baker Hughes, empresa que presta serviços ao setor.

(Estadão Conteúdo)

Fonte/Veículo: InfoMoney

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