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Os preços do petróleo recuaram nesta terça-feira, depois que uma agência do governo norte-americano previu uma demanda estável de petróleo nos Estados Unidos em 2025, ao mesmo tempo em que elevou a projeção para a oferta.

Mas as quedas foram limitadas pelas novas sanções dos EUA às exportações de petróleo russo para Índia e China.

Os contratos futuros do Brent caíram 1,09 dólar, ou 1,35%, fechando em 79,92 dólares o barril. O petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA encerrou em 77,50 dólares o barril, queda de 1,32 dólar, ou 1,67%.

Os preços saltaram 2% na segunda-feira após o Departamento do Tesouro norte-americano impor, na sexta, sanções à Gazprom Neft e à Surgutneftegas, bem como a 183 embarcações que transportam petróleo como parte da chamada "frota fantasma" de navios-tanque da Rússia.

Nesta terça-feira, a Administração de Informação de Energia dos EUA disse que a demanda por petróleo do país permanecerá estável em 20,5 milhões de barris por dia (bpd) em 2025 e 2026, com a produção doméstica de petróleo subindo para 13,55 milhões de bpd, maior que a previsão anterior da agência, de 13,52 milhões de bpd para este ano.

Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group, disse que os mercados estavam antecipando o relatório da AIE com as perspectivas de curto prazo sobre energia para ver se o aumento previsto na oferta seria revertido.

"Eles estão esperando para ver se o excesso que a AIE previu mais cedo ainda está na projeção", disse Flynn.

Embora os analistas ainda esperassem impacto significativo nos preços dos suprimentos de petróleo russo devido às novas sanções, seu efeito no mercado físico pode ser menos pronunciado do que os volumes afetados podem sugerir.

Analistas do ING estimaram que as novas sanções têm o potencial de apagar todo o excedente de 700.000 bpd projetado para este ano, mas disseram que o impacto real pode ser menor.

"A redução real dos fluxos provavelmente será menor, já que a Rússia e os compradores encontrarão maneiras de contornar essas sanções", disseram em nota.

A incerteza sobre a demanda do principal comprador, a China, pode atenuar o impacto da oferta mais restrita. As importações de petróleo bruto chinês caíram em 2024 pela primeira vez em duas décadas, fora da pandemia de Covid-19, mostraram dados oficiais na segunda-feira.

(Reuters)

Fonte/Veículo: Investing.com

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