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As vendas de carros puramente elétricos cresceram 219% na comparação entre 2023 e 2024, segundo dados divulgados pela ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico). No total, foram emplacados 61.615 automóveis a bateria no Brasil.

Embora o dado impressione, há preocupação com a perda de fôlego do segmento. Ao se comparar o resultado dos primeiros seis meses do ano passado com o do segundo semestre, houve queda de 2,54% nos licenciamentos desses modelos.

Já a comercialização geral de carros de passeio e comerciais leves cresceu 30,7% entre julho e dezembro em relação ao período de janeiro a junho, segundo a Fenabrave (associação que representa os distribuidores de veículos).

Um último dado comparativo comprova que o mercado está aberto a novas tecnologias: considerando a variação entre os semestres de 2024, as vendas de modelos híbridos plug-in (que podem ser recarregados na tomada e também abastecidos nos postos) tiveram alta de 74,8%. No total, foram 64 mil unidades comercializadas neste segmento.

Esses modelos, cujos preços iniciais se aproximam dos R$ 200 mil, proporcionam a experiência de se rodar com um carro 100% elétrico, mas o motor a gasolina ou a diesel permanece. Para que haja redução das emissões geradas pela queima do combustível, é necessário manter as baterias carregadas.

A combinação de tecnologias nesse tipo de híbrido proporciona longo alcance. A autonomia de alguns modelos foi superior a mil quilômetros, segundo dados aferidos em testes feitos pelo Instituto Mauá de Tecnologia.

Já os modelos 100% elétricos raramente oferecem autonomia superior a 400 km no uso urbano e a 350 km na rodovia. São, portanto, dependentes de pontos de recarga ao longo do trajeto, o que requer planejamento prévio antes de pegar a estrada.

"Os números confirmam que o mercado de veículos elétricos plug-in se encontra em expansão no Brasil, registrando recordes e maior aceitação dos consumidores", diz o comunicado divulgado pela ABVE.

A desaceleração das vendas de modelos puramente elétricos não é exclusividade do Brasil, que apenas segue uma tendência global. A diferença está nas vantagens ambientais dos modelos a bateria no país, que possui matriz energética mais limpa em comparação aos Estados Unidos e à Europa.

Entretanto, as características de geografia e renda são barreiras para o consumidor, que tem dois medos: ficar sem energia na estrada e perder muito dinheiro na hora de revender o carro. Um temor alimenta o outro.

(Coluna por Eduardo Sodré)

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo (Coluna)

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