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Uma eventual variação no preço internacional do petróleo é um dos principais temores do mercado, como consequência da queda do líder sírio Bashar al-Assad, neste domingo (8/12). Embora o país não tenha mais relevância no mercado global da commodity, a dúvida é até que ponto a cotação do produto pode oscilar como resultado de mais um fator de instabilidade no Oriente Médio.

Na avaliação de Adriano Pires, fundador do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), que está há mais de 30 anos na indústria de energia, as variações, se ocorrerem, devem ser pequenas. E o motivo é justamente a participação marginal da Síria no comércio mundial.

A extração do petróleo no país sofreu forte baque com a guerra civil desde 2011. Antes do conflito, a estimativa era de que a produção chegasse a 400 mil barris por dia. Em 2018, esse número desabou para cerca de 25 mil barris, o que representa pouco mais de 1% do antigo volume.

Além disso, o constante clima de instabilidade na região teria sido precificado pelo mercado. Ou seja, os agentes econômicos já embutiram essa variabilidade no preço do produto.

Para João Victor Marques Cardoso, pesquisador do Centro de Estudos de Energia da Fundação Getulio Vargas (FGV Energia), é possível que a cotação do produto inicie em alta nesta segunda-feira (9/12) inicie em alta como consequência da instabilidade no Oriente Médio. eldquo;A Síria produz petróleo, mas não é um volume relevante para impactar fluxo físico no mercado internacionalerdquo;, diz. eldquo;Ainda assim, a produção, as rotas comerciais e a renda são relevantes para os grupos rebeldes e extremistas na Síria.erdquo;

Fechamento em queda

Na última sexta-feira (6/12), os preços do petróleo fecharam em forte queda, como reação a decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), consideradas insuficientes para acabar com o superávit de oferta do produto.

O barril do tipo Brent, a referência do mercado internacional, caiu 1,34%, cotado a US$ 71,12. O tipo WTI, que orienta o mercado americano, recuou 1,61%, a US$ 67,20. Na semana, o Brent baixou 1,11% e o WTI, 1,26%.

Fonte/Veículo: Metrópoles

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