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O Governo do Ceará e o Grupo Dislub Equador detalharam, nesta quinta-feira (5), no Palácio da Abolição, o projeto do Terminal de Armazenamento e Distribuição de Combustíveis (tancagem) do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), na Região Metropolitana de Fortaleza. O anúncio contou com as presenças do governador Elmano de Freitas; do presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara; do secretário do Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho; do presidente do CIPP, Hugo Figueirêdo; do presidente da Dislub, Sérgio Lins; entre outras autoridades e executivos.

De acordo com o governador Elmano de Freitas, o Terminal de Armazenamento e Distribuição do Porto do Pecém é estratégico diante da necessidade de mudança da tancagem do Porto do Mucuripe, em Fortaleza, para outro local que permita segurança operacional e expansão.

eldquo;Nós vamos iniciar a solução de um sonho do povo de Fortaleza, que é o deslocamento da tancagem do Mucuripe para o Porto do Pecém. Tenho certeza que garantirá uma maior competitividade na distribuição de combustíveis do estado do Cearáerdquo;, afirmou Elmano.

O projeto, reforça o governador, se soma a outros empreendimentos interligados ao Complexo do Pecém, como a ferrovia Transnordestina, que deve dobrar a movimentação de cargas no Porto do Pecém, e o Hub de Hidrogênio Verde, com previsão de investimento de US$ 24 bilhões.

eldquo;Nós vamos, também no início do ano, iniciar as obras de modernização e ampliação do Porto do Pecém. Teremos também a conclusão da Transnordestina, o que favorece uma logística melhor desse empreendimento da Dislub para o Ceará e os estados vizinhos. Maior capacidade e eficiência de logística para a nossa economiaerdquo;, complementou.

O investimento no Terminal será de R$ 430 milhões na primeira fase, sendo R$ 343 milhões financiados pelo Banco do Nordeste. A expectativa é que sejam gerados 500 empregos durante a obra e 100 durante a operação. A obra terá início em janeiro de 2025, com previsão de entrada em operação para agosto de 2027.

eldquo;Semana passada estávamos assinando o aditivo da Transnordestina, e nesta semana estamos anunciando com a Dislub esse investimento de R$ 430 milhões. Já foram contratados pelo Banco do Nordeste 80% de todo o valor. Em dezembro vamos ter condições de desembolsar cerca de R$ 240 milhões. Isso vai dar possibilidade para empresa se planejar da forma adequada para poder executar a obra no prazo certo, e, se possível, até antecipar a data final de entregaerdquo;, afirmou Paulo Câmara, presidente do BNB.

O projeto será executado pela Terminais Marítimos do Brasil S.A. (TMB), empresa do grupo pernambucano Dislub Equador, que tem mais de duas décadas de atuação no Norte e Nordeste do País. Sérgio Lins, presidente da Dislub, destacou o diferencial do novo terminal.

eldquo;Atualmente, no Mucuripe, as empresas operam com bases de combustíveis que são da própria distribuidora, o que impossibilita contratos com outras distribuidoras. O nosso vai ser um terminal que é aberto para qualquer distribuidora que, regularmente registrada na ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis], possa vir para o Ceará, criando possibilidade de maior competitividadeerdquo;, destacou.

A proposta do Terminal contempla tanques para receber combustíveis derivados de petróleo (gasolina, diesel S10 e querosene de aviação), biocombustíveis (biodiesel B100, etanol anidro e hidratado), BTX e alcatrão. A estrutura contará com uma área construída de 130 mil metros cúbicos na primeira fase, com capacidade para chegar a 220 mil metros cúbicos, reforçando a capacidade de armazenamento e distribuição de combustíveis da companhia no Nordeste.

eldquo;O Complexo do Pecém tem diversos projetos em fases de planejamento, e este [terminal de tancagem] é um dos importantes que entram em fase de execuçãoerdquo;, ressaltou Hugo Figueiredo, presidente do CIPP.

Investimentos em infraestrutura no Porto do Pecém

Para abrigar grandes projetos como a Transnordestina e o Hub de Hidrogênio Verde, o Porto do Pecém terá dois novos berços, um no Píer 2 e outro no Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT).

No Complexo, será criado um corredor de utilidades compartilhado para o Hub de Hidrogênio Verde. É nele onde vão circular os dutos de amônia, gás natural, hidrogênio, água e a rede de energia elétrica. Essas obras terão investimento de US$ 135 milhões e tiveram o edital lançado em outubro de 2024.

A licitação internacional faz parte do programa elsquo;Pecém Verdeersquo; e tem financiamento de US$ 90 milhões do Banco Mundial, US$ 35 milhões do CIF (Climate Investment Funds) e contrapartida de US$ 10 milhões da CIPP S/A, empresa que administra o Complexo do Pecém. A duração prevista da obra é de 40 meses.

Fonte/Veículo: Governo do Ceará

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