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O Museu do Ipiranga, localizado na zona sul de São Paulo, acomoda objetos históricos, principalmente dos tempos da independência do Brasil. A três quilômetros dali, há uma outra preciosidade. Só que ela é bem mais recente e muito valiosa para quem utilza veículos eletrificados.

Em outubro, a Go Electric, empresa de soluções para eletromobilidade, inaugurou o Eco Luz, hub de recarga ultrarrápida no bairro Vila Monumento, instalado no número 368 da Avenida Dom Pedro I.

Trata-se do oitavo eletroposto da companhia, que ocupa uma área total de 750 metros quadrados em substituição a um antigo posto de combustível tradicional. São quatro estações e sete conectores ligados a uma rede de 400 kW, que atende veículos elétricos e híbridos plug-in.

eldquo;Iniciamos as instalações nas rodovias, mas, seguindo nosso cronograma de expansão, estamos nos espalhando agora nos grandes centros urbanos, a fim de suprir uma demanda imediataerdquo;, afirma Danilo Guastapaglia, CEO da Go Electric.

PARCERIAS.

Com investimento de R$ 1 milhão, o Eco Luz transformou-se em um modelo de negócio que também contempla a prestação de serviços, com lojas de conveniência e acessórios para motocicletas, pizzaria e lava-rápido.

O capital injetado no novo hub não é 100% da Go Electric. Segundo Guastapaglia, a estratégia da empresa se divide em desembolsar o valor integral do empreendimento ou contar com parcerias, como é o caso de Vila Monumento.

eldquo;O investimento compartilhado ajuda a alavancar nosso desempenhoerdquo;, afirma. eldquo;A sociedade cria uma atividade comercial importante nesse segmento, mas a manutenção, o gerenciamento e a cobrança dos serviços prestados pelo hub ficam por conta da Go Electric.erdquo;

Um dos cuidados em transformar um posto convencional em estação de recarga é remover os tanques de combustível instalados embaixo do solo. Uma vez desativados e sem a devida manutenção, eles podem gerar gases tóxicos.

SINERGIA.

Em seu primeiro mês de operação, o Eco Luz recebeu cerca de 70 veículos por dia, que utilizaram somente de 10% a 15% da capacidade instalada. O usuário pode pagar a conta da recarga, que custa R$ 2,20 o quilowatt-hora, por aplicativo. eldquo;A média do mercado está entre R$ 2,50 e R$ 3erdquo;, revela o executivo.

Ele explica que o eletroposto nasceu para atender, principalmente, motoristas de aplicativos e taxistas, categorias que dependem de infraestrutura de recarga de qualidade para manter-se rodando por longos períodos.

eldquo;Por que não proporcionar a mesma experiência existente em outros países? Lá fora, alguns hubs oferecem de quatro a oito conectores. Na Califórnia (EUA), as estações têm até 16 pontos, que não pertencem, necessariamente, à mesma empresaerdquo;, destaca.

Para ele, essa sinergia poderá ser vista no Brasil, dependendo do planejamento e da disposição das concorrentes. A ideia da Go Electric é que os motoristas não precisem esperar sua vez nas indesejadas filas. eldquo;Quanto mais caixas no supermercado, mais rápido e ágil será o atendimentoerdquo;, compara.

No início de suas atividades, a empresa fornecia soluções para condomínios residenciais e comerciais. No ano passado, ela ampliou sua atuação com a inauguração de eletropostos em rodovias, com foco no transporte de carga do mercado logístico.

20 HUBS.

Em 2024, houve um salto maior na estratégia da eletromobilidade, com a instalação dos pontos de recarga dentro das cidades. eldquo;A Go Electric entrega soluções completas para investidores, resolve impasses em condomínios e desenvolve projetos logísticos sob demanda. Trabalhamos em todas as frenteserdquo;, garante Guastapaglia.

Em curto prazo, a empresa quer somar 20 hubs em operação. Ela pretende replicar o modelo do Eco Luz em cidades como Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Limeira, Campinas e Louveira (todas em São Paulo). Ainda nesse ano, deverá ser inaugurada a unidade em anexo a um posto de combustível na Rodovia SP-75, conhecida como Castelinho, em Sorocaba (SP).

O CEO salienta que uma das maiores dificuldades na implementação de uma estação é, em alguns casos, a falta de infraestrutura das concessionárias de energia, capaz de deixar o consumidor na mão.

Existem outros problemas pontuais que afetam o serviço oferecido pelas empresas, como os incêndios que devastaram muitas áreas verdes do País há dois meses. eldquo;Em alguns lugares, houve uma parada parcial no fornecimento de energiaerdquo;, revela.

Em situação mais complexas como essa, a Gol Electric busca dar todo o suporte necessário para que os clientes confiem na eficiência dos hubs. Afinal, se caírem em desuso, os totens de recarga correm o risco de virar uma simples relíquia de museu. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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