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A expansão do setor industrial brasileiro perdeu força em novembro pelo segundo mês seguido mesmo com a resiliência da demanda encorajando as empresas a elevar os volumes de produção, mostrou nesta segunda-feira (2) a PMI (Pesquisa Índice de Gerentes de Compras).

O levantamento, compilado pela Seamp;P Global, mostrou que o PMI caiu a 52,3 em novembro, de 52,9 em outubro, marcando a menor taxa de expansão em três meses. Ainda assim, o índice permanece acima da marca de 50 que separa crescimento de produção pelo 11º mês seguido.

A categoria de bens intermediários registrou a melhora mais forte das condições operacionais, seguida por bens de capital e bens de consumo.

As empresas elevaram os volumes de produção em novembro pelo terceiro mês seguido, mas no ritmo mais fraco nesse período, e os dados de novembro mostraram aumento das novas encomendas aos produtores do Brasil pelo 11º mês seguido.

A alta das vendas totais foi impulsionada pela demanda doméstica, já que novos pedidos de exportação mostraram contração, interrompendo sete meses de crescimento. Os entrevistados citaram demanda fraca de clientes na América do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

Os produtores também contrataram novos trabalhadores, ainda que num ritmo similar ao de outubro, graças à melhor das novas encomendas e projeções positivas de crescimento.

Em relação aos preços, houve aumentos mais fracos nos custos de insumos e nos preços de venda, mas as taxas de inflação seguiram em níveis elevados.

Os custos de insumos recuaram para o menor patamar em seis meses em novembro, mas entrevistados citaram fraqueza cambial, além de preços mais altos de combustíveis e frete.

"A depreciação cambial continuou a exacerbar os custos para os produtores, com os resultados do PMI de novembro indicando que outro aumento significativo nos custos de insumos levou as empresas a mais uma vez aumentar seus preços de venda", disse Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia Seamp;P Global Market Intelligence.

Os produtores brasileiros ainda permaneceram otimistas em relação ao cenário para o próximo ano, com a confiança alimentada por investimentos, oportunidades de exportação e perspectivas positivas para outros setores.

(Reuters)

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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