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A empresa estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), responsável pela exploração e venda de petróleo, firmou o primeiro contrato internacional para trazer gás natural argentino ao Brasil por meio de uma infraestrutura de transporte da Bolívia.

O anúncio foi feito por meio de uma nota divulgada nesta terça-feira (26) no site da empresa. Segundo a YPFB, o sistema de gasodutos dos três países representa um projeto crucial para a integração energética da América do Sul em benefício do mercado regional de gás.

O contrato com a YPFB foi assinado durante o "Fórum Internacional de Hidrocarbonetos, Fertilizantes, Energias Renováveis e Alternativas", realizado na cidade de Santa Cruz.

O contrato envolve a francesa TotalEnergies e o Grupo Matrix Energia do Brasil, que confirmaram a assinatura à Reuters, sem dar mais detalhes. A YPFB não detalhou no comunicado o volume que o contrato vai viabilizar.

O governo brasileiro tem citado a importação de gás da Argentina como uma forma de aumentar a oferta do insumo e reduzir preços no Brasil, enquanto os argentinos trabalham para reverter o fluxo de um gasoduto, para que o insumo chegue aos brasileiros via Bolívia.

As obras do Gasoduto do Norte permitirão que o gás da reserva de Vaca Muerta, na província sulista de Neuquén, chegue às regiões argentinas ao norte e também aos países vizinhos da Argentina, como Chile, Bolívia e Brasil.

"O acordo é o resultado de um esforço coordenado no âmbito da integração energética regional entre Argentina, Bolívia e Brasil", afirmou a companhia boliviana.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o Brasil quer importar até 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia da Argentina em 2030.

Silveira disse que há um potencial inicial de importação de 3 milhões de metros cúbicos de gás por dia, que poderá aumentar para 10 milhões de metros cúbicos por dia nos próximos três anos.

O memorando de entendimento foi assinado entre os países.

Do lado argentino, a TotalEnergies obteve duas licenças de exportação para exportar gás natural para o Brasil tanto da Bacia Austral quanto da Bacia de Neuquén, por meio de contratos com a comercializadora de gás do Grupo Matrix, que foi autorizado a importar e comercializar o produto.

O transporte internacional será realizado pela YPFB até a fronteira com o Brasil.

(Reuters)

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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