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A Petrobras recebeu os documentos para fazer as análises de conformidade e integridade do novo indicado à presidência da empresa, Caio Paes de Andrade, segundo fontes. Todos os executivos indicados a um cargo na estatal precisam passar por um processo conhecido como "background check" de integridade (BCI), que visa verificar se a indicação atende às exigências legais e da política de nomeações da companhia.

O executivo foi indicado ao cargo na semana passada após o governo decidir demitir José Mauro Coelho da vaga de CEO, em razão do aumento nos preços de combustíveis. Coelho havia assumido a função em abril. Procurada, a Petrobras não confirmou até o fechamento desta reportagem se a análise dos documentos foi iniciada.

A avaliação do BCI será posteriormente entregue ao Comitê de Elegibilidade (Celeg) da estatal, ligado ao Comitê de Pessoas (Cope) da empresa. Uma ata elaborada pelo Celeg é publicada para auxiliar os acionistas na votação que vai eleger o novo conselho de administração da estatal na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), ainda a ser convocada. Paes de Andrade precisará ser eleito membro do conselho antes de assumir a presidência executiva.

O papel do Celeg é verificar se os candidatos às vagas no conselho preenchem os requisitos necessários e não têm vedações para concorrer. Na última eleição para o colegiado, em abril, o comitê foi composto por Cynthia Santana, Tales Bronzato e Ana Silvia Corso Matte, os dois últimos membros externos contratados, pagos pela Petrobras. A ata do comitê é importante principalmente para auxiliar empresas de recomendação de voto em assembleias abertas, como a ISS e Glass Lewis, a publicar os relatórios de análise aos clientes. ISS e Glass Lewis são contratadas por grandes gestores internacionais para ajudá-los a definir voto em candidatos a conselhos em assembleias.

Ao todo, os acionistas da Petrobras terão de reeleger oito membros do conselho de administração, incluindo o novo presidente. Isso ocorre porque o CEO atual havia sido eleito ao colegiado pelo sistema de voto múltiplo e, com a destituição, todos os demais conselheiros eleitos por esse sistema precisam ser escolhidos novamente. Ainda não havia sido publicada, até o fechamento da reportagem, a lista de indicados da União para a nova eleição do colegiado.

Depois da publicação, a empresa precisa convocar a AGE com prazo mínimo de 30 dias, mas a tendência é que a assembleia leve mais tempo para ser realizada. Todos os candidatos ao conselho da Petrobras precisarão passar por processos de checagem.

Fonte/Veículo: Valor Econômico

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