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A sucessão na Anfavea esquentou com o anúncio de Márcio de Lima Leite, atual presidente da associação das montadoras, de que a seleção de seu sucessor será feita por um headhunter, algo inédito.

A decisão desagradou diversas montadoras, que, reservadamente, disseram preferência em manter essa discussão dentro de casa, embora concordem em escolher um executivo sem ligação prévia com o setor.

Ouvidos sob anonimato, executivos de duas das montadoras consultadas afirmaram que a manobra, que não tinha sido discutida entre os fabricantes, mina Igor Calvet, hoje diretor executivo da associação e candidato à sucessão.

Ex-secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Calvet foi responsável pelo Rota 2030, programa de estímulo ao setor desenvolvido no governo Michel Temer. Depois, ele presidiu a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial).

Calvet deixou a agência no início do governo Lula para conduzir um processo de abertura e modernização na Anfavea com a promessa de que seria alçado ao comando da associação.

O setor contou com o conhecimento de Calvet sobre as engrenagens de funcionamento do governo, especialmente no momento em que as montadoras enfrentam forte concorrência dos elétricos da BYD.

Ao Painel S.A. o presidente da Anfavea afirmou que o próprio Calvet não se opôs ao processo seletivo e que, caso queira, também poderá se habilitar à disputa.

Nos bastidores, entretanto, as montadoras consideram que, caso Calvet não seja selecionado, haverá um constrangimento que o levará a deixar a Anfavea.

Consultado, Calvet não quis se manifestar.

Fonte/Veículo: Folha de S.Paulo (Painel S.A.)

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