Fecombustíveis recebe Prêmio Atena 2024
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A Superintendência-Geral do Cade decidiu abrir um processo contra a Raízen, detentora da marca Shell no Brasil. A empresa estava sob investigação por, supostamente, adotar práticas abusivas no mercado, entre elas a de indicar aos postos o preço ao consumidor final.
Segundo pessoas que acompanham a investigação, diante das evidências, será aberto um um processo administrativo que, após instrução, será encaminhado para julgamento pelo Cade.
Conforme noticiou o Painel S.A., representantes de postos de nove estados informaram ao Cade que a Shell lhes sugere ou determina os preços a serem cobrados na bomba.
No universo de 144 que relataram a prática, ao menos 40 contaram ainda que a empresa retalia aqueles que não seguem suas indicações, aumentando o valor de custo dos produtos entregues no caminhão.
Já os comerciantes que atendem a companhia conseguem adquiri-los a valores mais baixos ou ganham descontos, segundo reportaram 38 administradores de postos.
O inquérito apurou também que a Shell mantém esquema de monitoramento dos preços dos revendedores. Isso seria feito por uma rede de motoboys terceirizados, que passam periodicamente nos postos de bandeira Shell registrando os valores cobrados para reportá-los à empresa. A conduta foi confirmada pelos varejistas.
A Raízen não comenta casos em andamento.
Fonte/Veículo: Folha de S.Paulo
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