Fecombustíveis recebe Prêmio Atena 2024
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A prévia da inflação de outubro, medida pelo IPCA-15, mais que dobrou em relação a setembro. O indicador subiu para 0,54%, após registrar alta de 0,13% no mês anterior. O avanço foi influenciado, principalmente, pelo aumento de 5% da conta de luz - fruto da mudança da bandeira vermelha 1 para 2 pela Aneel - e pela alta nos preços dos alimentos. Em um mês, as carnes ficaram, em média, 4% mais caras.
O resultado veio um pouco acima do esperado pelos analistas, que projetavam avanço de 0,51% segundo consenso da Bloomberg. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira.
A alta de 4,47% do IPCA-15 no acumulado em 12 meses deixa o índice mais próximo do teto da meta de inflação estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2024. A meta é de 3% mais 1,5 ponto percentual de tolerância para baixo ou para cima.
Se a taxa estourar o teto da meta, o presidente do Banco Central é obrigado a divulgar uma carta aberta explicando os motivos do não ter cumprido o objetivo fixado para 2024.
O resultado do IPCA-15 reforça a expectativa de que o Banco Central deve acelerar o ritmo de alta da taxa Selic emdash; principal instrumento de controle de preços emdash;, com um aumento de 0,50 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária ( Copom), segundo analistas.
Alexandre Maluf, economista da XP, explica que o resultado do indicador em outubro trouxe surpresas para preços de alimentação dentro e fora do domicílio, além de alguns serviços. Chamou a atenção de analistas as altas de leites e óleo de soja, este último já incorporando efeitos do aumento do dólar, diz ele. As carnes também subiram mais que o esperado: a XP projetava aumento de 3,8%, veio 4,2%.
A alta do preço do boi, segundo ele, já se reflete no varejo com um repasse forte e rápido. Maluf projeta ainda um aumento expressivo nos preços de carne bovina ao longo do último trimestre, com efeitos secundários sobre outras proteínas, como frango, carne suína e ovos. Outra preocupação são os preços de serviços - incluindo pessoais (como manicure e costureira) e médicos (como planos de saúde) - que seguem em alta e acima do condizente para cumprimento da meta de inflação, diz.
emdash; É uma inflação consistentemente no limite de tolerância do BC, de 4,5%, o que mostra a necessidade do Banco Central perseverar na política de aperto monetário emdash; resumiu Maluf, que projeta duas altas de 0,5 ponto percentual e uma de 0,25 p.p. sobre a taxa Selic até o início de 2025. emdash; Talvez o BC tenha que ir além para garantir convergência dessa inflação para a meta emdash; afirma.
Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, explica que a alta nos preços é acompanhada de perto pelo BC porque, a depender do que aumenta a inflação a corrente, pode ter um caráter inercial. Em outras palavras, o que acontece agora pode refletir no futuro e elevar expectativas.
É o caso do aumento de preços em serviços pessoais, em atividades como cabeleireiro, por exemplo. Segundo Andréa, a alta pode ser consequência de custos como a energia mais cara, e esse aumento retroalimenta a inflação.
emdash; O resultado (do IPCA-15) não é bom e reforça que precisa aumentar a Selic (hoje em 10,75%) até 12,5% ou 13% ao ano.
Outra preocupação no radar é o dólar, que chegou ao patamar de R$ 5,70. Andréa explica que esse aumento do câmbio ainda não foi totalmente repassado aos produtos e serviços, com reflexos visíveis até agora somente do câmbio a R$ 5,55. A alta das carnes apuradas no IPCA-15 também trouxe piora às projeções, levando a Warren a revisar o IPCA de 2024, de 4,6% para 4,75%.
emdash; Os riscos de uma inflação mais alta, em torno de 5%, são reais. Talvez não mais pela energia, que tem perspectiva de melhoria com mais chuvas, mas por conta dos alimentos e serviços.
Conta de luz mais cara
Dos nove grupos pesquisados, oito registraram alta em outubro. O destaque ficou com Habitação, com alta de 1,72% no mês, puxada pelo encarecimento dos preços da conta de luz. Em seguida aparecem os grupos de Alimentação e bebidas (alta de 0,87%) e Saúde e cuidados pessoais (aumento de 0,49%).
A energia elétrica residencial subiu 5,29% na passagem de setembro para outubro e foi o subitem que mais contribuiu para a alta apresentada pelo grupo Habitação. A subida de preço do gás de botijão (alta de 2,17%) também pesou no resultado do grupo, segundo o IBGE.
Veja o resultado dos grupos do IPCA-15:
Fonte/Veículo: O Globo
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