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O governo federal arrecadou R$ 203,17 bilhões em setembro, uma alta real de 11,61% sobre o mesmo período de 2023. O desempenho é mais uma vez recorde para o mês na série histórica, iniciada em 1995.

O resultado mensal vem superando seus patamares máximos desde dezembro do ano passado.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, as receitas federais somaram R$ 1,93 trilhão, 9,68% acima do registrado no mesmo intervalo de 2023. O desempenho também é recorde.

Os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, registraram avanço real de 11,95% em setembro, a R$ 196,65 bilhões. No período de janeiro a setembro de 2024, o ganho foi de 9,67%, resultando em R$ 1,84 trilhão.

O avanço no mês contou com o impulso extraordinário de recolhimentos atrasados do Rio Grande do Sul, devido à calamidade que atingiu a região. Eles somaram R$ 3,7 bilhões.

O principal impacto desse montante não recorrente foi sobre a arrecadação de receita previdenciária, que totalizou R$ 54,49 bilhões no período emdash;um aumento real de 6,29%. O crescimento da arrecadação com o tributo também foi corroborado pelo comportamento da massa salarial, de acordo com o auditor fiscal Marcelo Gomide, coordenador de Previsão e Análise do Fisco.

Já as receitas administradas por outros órgãos avançaram 2,23% em setembro frente ao mesmo período de 2023, a R$ 6,52 bilhões. No acumulado de janeiro a setembro, esses recursos tiveram alta real de 9,92%, totalizando R$ 92,46 bilhões.

Em coletiva à imprensa, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, afirmou que o desempenho da atividade econômica em setembro explicou em parte a alta real de 11,61% da arrecadação do governo federal no mês.

Segundo Malaquias, o impulso da atividade se refletiu, por exemplo, no aumento real de 6,4% dos recolhimentos com IRPJ e CSLL no período, que somaram R$ 28,01 bilhões.

O bom desempenho dos indicadores macroeconômicos contribuiu ainda para o crescimento de 18,92% da arrecadação de PIS/Cofins em setembro, que totalizou R$ 45,68 bilhões, de acordo com Gomide. O resultado, afirmou, também foi atrelado ao retorno da tributação incidente sobre os combustíveis.

Os tributos do comércio exterior também exerceram influência positiva sobre a arrecadação federal em setembro. Os recolhimentos com imposto de importação e IPI vinculado somaram R$ 9,93 bilhões no mês, um aumento acima da inflação de 44,30%. A alta, segundo os porta-vozes, foi atrelada ao crescimento do volume de importação no período, à taxa de câmbio mais elevada e ao aumento das alíquotas médias.

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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