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O apagão na região metropolitana de São Paulo, que está no 4º dia, já causou prejuízos de ao menos R$ 1,82 bilhão aos setores do varejo e de serviços, segundo cálculos da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

Levantamento da federação mostra que só o varejo paulistano teve prejuízos de ao menos R$ 589 milhões nos dias em que parte do setor ficou sem funcionar. No caso dos serviços, as perdas somaram R$ 1,23 bilhão.

"Esses dados foram compilados levando em conta que, aos fins de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões", afirmou o órgão.

A Fecomércio afirma que é inaceitável que São Paulo sofra com constantes apagões.

"É inaceitável que a maior metrópole brasileira sofra com constantes cortes de energia, como vem acontecendo nos últimos meses. Pior do que isso, a cidade não pode ficar tanto tempo sem eletricidade em meio a esses episódios", afirma.

A federação afirma que muitas empresas estão aumentando o prejuízo a cada dia sem luz, como mercados, restaurantes, farmácias e lojas do varejo, que ficam impossibilitados de operar, já que, além da energia, estão sem acesso à internet.

"Sem contar os custos excedentes para estabelecimentos que, diante da situação alarmante, não viram outra opção que não locar geradores, contratar mão de obra extra ou comprar combustíveis para manter dispositivos operando", completou.

No quarto dia de apagão na região metropolitana de São Paulo, cerca de 158 mil imóveis continuam sem luz nesta terça-feira (15), segundo balanço divulgado pela Enel às 17h30. Na noite de segunda-feira (14), 340 mil unidades estavam nessa situação.

Segundo a concessionária, o serviço foi normalizado para pouco mais de 1,8 milhão de clientes e as equipes em campo receberam reforços do Rio de Janeiro e do Ceará, além de técnicos de outras distribuidoras.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que vai intimar a Enel para explicar os problemas. A concessionária, responsável pela distribuição de energia na Grande São Paulo, terá 60 dias para se defender depois que o processo começar.

Além disso, a Aneel afirmou que a resposta da Enel ao apagão ficou abaixo do esperado, e a companhia ainda não tem um prazo definido para restabelecer completamente o fornecimento de energia elétrica aos consumidores afetados na cidade de São Paulo e na região metropolitana.

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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