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Os preços do petróleo subiram cerca de 4% nesta quinta-feira (10) devido ao aumento no uso de combustível nos Estados Unidos antes do furacão Milton passar pela Flórida, riscos na oferta do Oriente Médio e sinais de que a demanda por energia pode crescer nos EUA e na China.

Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 2,82, ou 3,7%, para fechar a US$ 79,40 o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu US$ 2,61, ou 3,6%, a US$ 75,85.

Nos EUA, o maior produtor e consumidor de petróleo do mundo, o furacão Milton atingiu a Flórida, onde cerca de um quarto dos postos de combustível ficaram sem gasolina e a tempestade deixou mais de 3,4 milhões de residências e empresas sem energia.

"Fechamentos de vários terminais de produtos, atrasos nas entregas de caminhões-tanque e interrupção no movimento de oleodutos provavelmente afetarão o fornecimento até a próxima semana, devido às amplas quedas de energia", disseram analistas da empresa de consultoria energética Ritterbusch and Associates em nota.

"Essa vasta incerteza na infraestrutura de petróleo da Flórida geralmente tem apoiado os valores da gasolina", disse Ritterbusch. Os futuros de gasolina dos EUA estavam liderando o complexo energético, fechando com alta de cerca de 4,1% nesta quinta.

Os contratos de referência do petróleo dispararam no início deste mês depois que o Irã lançou mais de 180 mísseis contra Israel em 1º de outubro, aumentando a perspectiva de retaliação contra as instalações de petróleo iranianas. Com Israel ainda sem responder, os contratos do petróleo diminuíram mais uma vez e permaneceram relativamente estáveis durante a semana.

Mas os investidores permaneceram cautelosos, já que o Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, prometeu que qualquer ataque contra o Irã seria "letal, preciso e surpreendente".

Em uma medida que pode impulsionar a demanda por petróleo no segundo maior consumidor de petróleo do mundo, a China publicou um projeto de lei com o objetivo de promover o desenvolvimento do setor privado, a mais recente medida do país para aumentar a confiança dos investidores em meio à desaceleração econômica.

Nos EUA, os mercados ficaram mais confiantes de que o Federal Reserve cortaria as taxas de juros em novembro, depois que dados mostraram um aumento nos pedidos semanais de auxílio-desemprego e um aumento anual na inflação.

(Reuters)

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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