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Apesar do apelo ambiental dos carros eletrificados, a sustentabilidade não aparece no topo das razões de compra desses veículos, segundo pesquisas recentes.

Um estudo global realizado pela plataforma Teads enumerou as razões para a compra desses modelos em diferentes mercados. O recorte brasileiro contou com 400 pessoas com idades entre 18 e 55 anos, entrevistadas em novembro e dezembro de 2023.

Entre os pontos considerados importantes para a compra de um modelo híbrido ou puramente elétrico, o impacto ambiental aparece apenas na oitava colocação, com 88% das menções.

Na frente estão segurança (99% das menções), confiabilidade (97%), manutenção (97%), eficiência de combustível (97%), experiência ao dirigir (96%), recursos tecnológicos (96%) e preço (93%).

Outro estudo realizado no Brasil pela HSR Specialist Researchers mostra dados semelhantes. Chamado "Da Indiferença à Paixão: a Jornada do Engajamento através das Gerações", o trabalho ouviu 3.500 pessoas, incluindo proprietários de carros elétricos e híbridos plug-in de diferentes marcas, como Volvo, BYD e GWM.

De acordo com o levantamento, a sustentabilidade não foi um fator decisivo para a maior parte dos consumidores que compram carros eletrificados.

"A decisão de compra desses modelos passa por economia de combustível, segurança contra instabilidades do setor de combustíveis fósseis e pelo desejo de estar na moda, adotando tecnologias inovadoras", afirma, em nota, Wilson Molinari, sócio-diretor da Route Automotive, que faz parte da HSR.

Ainda segundo o estudo, houve diferenças significativas quando o critério se baseou na faixa etária. Apenas 14% dos entrevistados com mais de 60 anos demonstraram desejo de ter um carro 100% elétrico, enquanto 10% afirmaram ser possível investir em um modelo híbrido.

Já entre os que têm entre 42 e 60 anos, 25% disseram considerar a compra de um híbrido, enquanto 12% disse se interessar pelos elétricos.

Ainda de acordo com os dados da HSR, 35% dos entrevistados na faixa de 18 a 41 anos pretendem ter um modelo híbrido, e 17%, um puramente elétrico.

(Por Eduardo Sodré)

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo (Coluna)

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