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A Petrobras planeja revitalizar parte de suas plataformas em descomissionamento, que poderiam assim manter por mais tempo sua vida útil em outros projetos. Para isso, a empresa deve buscar priorizar fornecedores locais. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, frisou, na tarde desta quinta-feira (26/9), durante participação na Rio Oil eamp; Gás eamp; Energy (ROG.e), que fomentar a indústria nacional é benéfico para os negócios da companhia e, ao mesmo tempo, positivo para a economia do país. eldquo;Estamos trabalhando para que possamos reformar unidades como as plataformas P-19, P-35, P-47. Isso será importante para a produção da Petrobraserdquo;, disse a presidente da companhia, ao lado do presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Roberto Ardenghy, no painel Strategic Talks.

Em sua fala, Magda explicou que a prospecção em novas fronteiras, como a Margem Equatorial, é fundamental para que o Brasil não volte a depender de importações de petróleo. Estudos apontam que, caso mantenha a sua demanda de petróleo nos patamares atuais e não sejam incorporadas novas reservas, o Brasil corre o risco de se tornar um importador de petróleo já no final da década de 2030. eldquo;O Brasil tem 29 bacias sedimentares principais, nós precisamos conhecer essas bacias. Não há indústria petrolífera sem atividade de exploração. Não queremos voltar para a condição de ser um país dependente de importação de petróleoerdquo;, afirmou Chambriard.

A complementariedade das fontes fósseis e renováveis no processo de transição energética foi outro ponto analisado por Magda. A executiva frisou que a Petrobras segue empenhada em reduzir emissões e hoje já produz petróleo com a pegada de carbono inferior à média global. eldquo;Na Petrobras, estamos produzindo combustíveis cada vez mais renováveis. Ninguém no mundo tem diesel com 5% de óleo vegetal. A companhia tem uma série de projetos para captura de carbono. Quando olhamos para isso, reafirmamos nosso compromisso com o net zero em 2050. Caso a Petrobras parasse de produzir petróleo hoje, a redução de emissões seria de aproximadamente 2,1%. Mas esse petróleo, que já tem uma pegada menor de carbono que a média global, seria substituído por outro que emitiria muito mais. Isso deixaria o Brasil mais pobre. Por isso, estamos convencidos de continuar nesse ritmo, que não apresenta conflito com a transição energética, e garante emprego e renda para a sociedadeerdquo;, destacou.

Parceria com o Suriname

No início da tarde, a presidente Magda Chambriard recebeu o CEO da Staatsolie, Annand Jagesar, para assinatura de memorando de entendimento que visa avaliar oportunidades de cooperação nas áreas de exploração e produção de hidrocarbonetos, captura de carbono, novas fontes de energia, planejamento de resposta a contingências, entre outras áreas. A cooperação com Staatsolie poderá ainda resultar em melhores práticas sustentáveis de óleo e gás e contribuir para a resiliência climática na região. O acordo está alinhado à estratégia da Petrobras de desenvolver parcerias que permitam compartilhar riscos e expertise, buscando o fortalecimento da companhia como uma empresa de energia integrada e contribuindo para o sucesso da transição energética justa e responsável.

A Staatsolie é a empresa estatal de petróleo surinamesa, responsável pela exploração, produção e refino de petróleo e gás natural naquele país. Fundada em 1980, a Staatsolie, além de suas operações de petróleo, investe em projetos de energia sustentável e busca diversificar suas atividades para promover o desenvolvimento econômico e social no Suriname.

Fonte/Veículo: Agência Petrobras

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