Vibra vê transição energética com 'cautela' e puxada pela demanda do consumidor
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O etanol vai ganhar mais relevância na matriz energética brasileira nos próximos anos, com o crescimento da produção e o aumento da mistura do anidro à gasolina, na visão do CEO da Vibra Energia, Ernesto Pousada.
eldquo;Nós vamos descarbonizar o país oferecendo mais etanol a custos competitivos para outros lugareserdquo;, disse em entrevista ao estúdio eixos na ROG.e nesta quarta-feira (25/9).
Ele destacou o crescimento da produção no Brasil do etanol de milho, que está se expandindo para a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Nesse contexto, o CEO acredita que a aprovação do projeto de lei do Combustível do Futuro vai na direção correta para apoiar a descarbonização do país.
Ele destaca que as vertentes do projeto estão alinhadas à estratégia da Vibra para os próximos anos, como a intenção da empresa de ampliar investimentos em biometano e de entrar no mercado de combustível sustentável de aviação (SAF).
A Vibra já tem memorandos de entendimento e acordos de confidencialidade para fornecimento de SAF.
eldquo;Nós ainda não temos o produto, mas estamos buscando junto com parceiros para encontrar a melhor rota tecnológicaerdquo;, disse.
Ele lembrou que o SAF vai ser um produto complementar ao querosene de aviação (QAV), que é distribuído pela companhia.
eldquo;Vamos estar presentes com toda a nossa logística de distribuição e capacidade no SAFerdquo;, complementou.
Gás natural
Pousada reforçou ainda a intenção da empresa de entrar no mercado de gás natural. Uma das alternativas em análise é a distribuição de gás em pequena escala (eldquo;small scaleerdquo;).
eldquo;É um combustível fóssil, mas com uma emissão de carbono muito menor do que os demais. Então, nós vamos buscar um ângulo. Queremos ter o acesso à molécula do gás. E o papel da Vibra é, principalmente, a distribuição desse gás, é chegar no clienteerdquo;, disse.
O executivo disse que já enxerga uma demanda por gás entre os consumidores da companhia.
eldquo;É algo que tem, sim, uma demanda hoje dos nossos clientes, principalmente na área do B2B, clientes industriais, buscando essa descarbonizaçãoerdquo;, afirmou.
Energia elétrica
O CEO da Vibra disse ainda que acredita que uma entrada massiva dos carros elétricos no país deve acontecer dentro de 10 a 15 anos.
A companhia está entrando no segmento de energia elétrica com a compra da Comerc, em fase final de aquisição.
Para Pousada, a Comerc vai posicionar a empresa para capturar ganhos da abertura do mercado livre de energia elétrica.
Na visão do executivo, com essa liberalização, o mercado deve passar por uma consolidação nos próximos anos.
eldquo;Não vai haver espaço, certamente, para todo mundo. Alguns vão ocupar esses espaços. Hoje tem um crescimento exponencial da quantidade de comercializadoraserdquo;, disse.
Fonte/Veículo: Eixos
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