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As operações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), coordenadas pela Casa de Governo, contam com a participação estratégica da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com o apoio da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Essas instituições têm desempenhado um papel crucial no bloqueio das rotas logísticas que abastecem o garimpo, cortando o fluxo de combustíveis, maquinário e insumos essenciais para a exploração ilegal. O objetivo é sufocar o fornecimento de materiais que sustentam essa atividade criminosa, contribuindo para a preservação do território e garantindo a segurança das comunidades Yanomami e Yee#39;kwana.

O diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, destacou a importância da ação integrada das agências e do suporte das forças de segurança: eldquo;Estamos comprometidos em desarticular as operações de garimpo ilegal, que não só afetam o meio ambiente, como também colocam em risco a saúde e a segurança dentro do território Yanomami. O Governo Federal não medirá esforços para garantir que a proteção dessa área seja permanente.erdquo;

ANTT: bloqueios em estradas e interrupção do fluxo de suprimentos

A ANTT tem atuado principalmente nas estradas que conectam Boa Vista a municípios estratégicos, como Cantá, Alto Alegre e Vila Apiaú, regiões amplamente utilizadas para transportar combustíveis e mantimentos destinados ao garimpo. Até o dia 8 de setembro, a ANTT contabilizou 215 ações focadas no bloqueio de rotas terrestres.
Essas operações resultaram na apreensão de sete veículos e 1.080 litros de óleo diesel. As interdições visam cortar o fornecimento de combustíveis que alimentam os motores e dragas utilizados no garimpo. As operações de bloqueio terrestre têm se mostrado eficazes ao interromper as atividades logísticas do garimpo, já que as estradas são rotas cruciais para o transporte de grandes volumes de insumos.

ANP: fiscalizações intensificadas em postos de combustíveis

A ANP tem sido um dos principais agentes no combate ao fornecimento de combustível para as operações de garimpo ilegal. Até o início de setembro de 2024, a ANP já realizou 122 ações de fiscalização para coibir o desvio de grandes quantidades de óleo diesel e gasolina, combustíveis essenciais para alimentar os maquinários usados na extração ilegal de ouro.

Essas operações resultaram em 49 autuações e na aplicação de nove embargos em postos de combustíveis e distribuidoras da região, totalizando R$ 13.500 em multas. Além disso, foram apreendidos 4.914 litros de óleo diesel, que seriam destinados ao abastecimento dos garimpos, e 50 litros de gasolina interceptados em um comboio que trafegava em estradas próximas à Vila Apiaú.

A atuação da ANP tem sido crucial para impedir a capacidade logística do garimpo ilegal, uma vez que o combustível é um dos principais insumos que mantêm os equipamentos pesados em funcionamento nas áreas remotas da Terra Indígena Yanomami.

ANAC: inutilização de aeronaves e pistas de pouso clandestinas

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) desempenha um papel essencial no combate à logística aérea do garimpo ilegal. Desde o início das operações, a ANAC apreendeu duas aeronaves e inutilizou diversas pistas de pouso clandestinas, usadas para transportar suprimentos e ouro extraído da Terra Indígena Yanomami. Além disso, a agência realizou 156 ações de fiscalização aérea, nas quais monitorou 566 aeronaves, identificando voos irregulares que apoiam o garimpo ilegal. Uma das ações recentes resultou na aplicação de um embargo e em uma autuação, com multa de R$ 253.500.

O monitoramento aéreo tem sido essencial para a repressão às atividades garimpeiras, já que muitas áreas de difícil acesso dependem exclusivamente do transporte aéreo. As apreensões realizadas pela ANAC enfraqueceram significativamente a capacidade dos garimpeiros de se abastecerem e transportarem o ouro extraído para fora das áreas de exploração.

Balanço da Casa de Governo de março a setembro de 2024

As ações coordenadas pela Casa de Governo, entre março e setembro de 2024, geraram prejuízos consideráveis ao garimpo ilegal, estimados em R$ 181,8 milhões até o momento. Durante esse período, foram realizadas 1.710 operações, que resultaram na apreensão e inutilização de equipamentos e recursos fundamentais para as operações de garimpo ilegal.

Entre os principais itens destruídos estão 20 aeronaves, 86 antenas Starlink, 32 pistas de pouso, nove quadriciclos e 721 motores, todos essenciais para a logística do garimpo. Além disso, foram inutilizadas 83.330 toneladas de cassiterita, 226 geradores e 284 acampamentos clandestinos.

No que diz respeito ao combustível, foram inutilizados 91.504 litros de óleo diesel, um dos principais insumos usados para manter os maquinários em funcionamento. Essas apreensões e inutilizações representam uma interrupção significativa na capacidade logística do garimpo ilegal. Outro ponto crítico foi a apreensão de 224.607 kg de mercúrio, um elemento essencial para o processamento do ouro extraído.

Fonte/Veículo: Gov.br

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