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As vendas no varejo brasileiro recuaram mais do que o esperado em junho na comparação com maio, após cinco meses de alta, sob o impacto de uma retração no comércio de hiper e supermercados, mostraram dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (14).

A queda foi de 1% na comparação com o mês anterior, em dado livre de efeitos sazonais, na maior queda desde dezembro de 2022, quando houve redução de 1,3%. Frente a junho do ano passado, as vendas cresceram 4%. O desempenho veio abaixo do estimado por economistas em pesquisa da Reuters, de baixa de 0,2% na comparação mensal e avanço de 5,5% sobre um ano antes.

O IBGE ainda revisou a alta de maio para um crescimento de 0,9%, ante 1,2% informado há um mês.

Para o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, a tendência é que a queda em junho tenha sido pontual, sinalizando, em parte, um "efeito rebote" após um crescimento forte nas vendas nos meses anteriores. "Não dá para falar em mudança de trajetória, nesse momento a queda parece um ponto em meio a um cenário positivo", afirmou.

As vendas de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo emdash;grupo que concentra a maior parte da atividade do comércioemdash; caíram 2,1% em junho sobre maio. Considerando apenas as vendas de super e hipermercados, a queda foi de 2,7%.

Para Santos, essa retração tem relação com custos de empréstimos e inflação de alimentos elevados e foi contida pelo crescimento do emprego e da massa salarial.

Entre os destaques de alta em junho, estão as vendas de móveis e eletrodomésticos (+2,6%), equipamento e material para escritório, informática e comunicação (+1,2%)e combustíveis e lubrificantes (+0,6%).

No semestre, o volume de vendas acumulou alta de 5,2% sobre o mesmo período de 2023. Em 12 meses, a alta foi de 3,6%.

No chamado comércio varejista ampliado, que inclui veículos motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve aumento de 0,4% nas vendas em junho sobre maio, na série com ajuste sazonal.

No total, 20 unidades da federação tiveram queda nas vendas em maio.

Em nota, o diretor de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, disse esperar que o varejo siga sendo beneficiado à frente pelas transferências do governo às famílias de baixa renda, pela expansão da renda e pelo crédito, mesmo em um cenário de juros altos e níveis elevados de endividamento das família.

(Reuters)

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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