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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou ontem que, apesar de os juros no Brasil serem eldquo;absurdamente altoserdquo;, não é possível afirmar que a taxa seja eldquo;exorbitanteerdquo;. A declaração foi dada durante audiência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

eldquo;Não é possível afirmar que a gente tem uma taxa de juros exorbitante, apesar de ter uma inflação muito baixa. Na verdade, a gente tem é uma taxa Selic menor do que a média e uma inflação menor do que a média, ainda mesmo passando por um período de inflação global muito grandeerdquo;, defendeu ele.

Campos Neto disse ainda que o Brasil está num processo de convergência de inflação com custo baixo tanto para o emprego quanto para o Produto Interno Bruto (PIB), considerando as surpresas positivas do mercado de trabalho e da massa salarial nos últimos meses. eldquo;Ainda é verdade que as taxas de juros no Brasil são absurdamente altas, isso a gente não discute. O que a gente está querendo mostrar aqui é que, ao longo do tempo, a gente tem sido capaz de trabalhar com taxas de juros mais baixas comparado a outros intervalos na história, tanto na parte real quanto na parte nominalerdquo;, disse.

A política monetária seguida hoje pelo BC tem sido alvo constante de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já acusou Campos Neto de ter eldquo;lado políticoerdquo; e de eldquo;trabalhar contra o Paíserdquo;. A Selic está hoje em 10,5%, e na sua última reunião o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC afirmou que eldquo;não hesitaráerdquo; em elevar a taxa se for preciso.

Esse recado foi endossado em palestra na segunda-feira pelo diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, segundo o qual a alta dos juros está hoje eldquo;na mesaerdquo; do Copom. Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Galípolo é visto hoje no mercado como o nome mais forte para ocupar o lugar de Campos Neto, que deixará a presidência do BC no fim do ano.

Na audiência de ontem, Campos Neto repetiu que o BC terá de eldquo;perseverarerdquo; no processo de convergência do IPCA para a meta, já que o ritmo da desinflação tem arrefecido no Brasil, e destacou o caráter técnico das decisões da autarquia. eldquo;O Banco Central tem atuado de forma técnica e autônoma para cumprir as suas missõeserdquo;, disse. eldquo;Mais recentemente, as decisões têm sido todas unânimes no colegiado (do Copom).erdquo;

Questionado sobre a oscilação no câmbio, respondeu que intervirá no mercado de dólar eldquo;se precisarerdquo;, mas que até agora não encontrou nenhuma eldquo;disfuncionalidadeerdquo;. Os números mais recentes, de 2 de agosto, mostram que o BC dispõe de US$ 366,356 bilhões em reservas internacionais. No fim de 2023, eram US$ 355,034 bilhões. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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