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A Transpetro iniciou as contratações do novo programa de ampliação e revitalização da frota de navios, com a previsão de embarcações capazes de substituir o combustível marítimo, o bunker, por etanol e metanol no futuro. A licitação para as primeiras quatro unidades foi lançada na última sexta-feira (05/7) e a previsão é iniciar mais uma rodada de contratação de oito unidades, incluindo navios gaseiros, em dezembro ou janeiro.

Ao todo, o Plano de Negócios 2024-2028 da Petrobras prevê a construção de 16 navios pela subsidiária. A contratação das demais embarcações depende dos processos internos de governança da estatal, mas a previsão é lançar as próximas contratações de seis em seis meses.

eldquo;É mais barato para a Petrobras hoje construir do que afretar esses navioserdquo;, afirmou o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (8/7) na sede da companhia, no Rio de Janeiro.

As unidades em contratação em contratação são navios de cabotagem do tipo handy de 15 a 18 mil toneladas de porte bruto, as menores embarcações do projeto. A previsão é de assinatura do contrato em dezembro, com entrega estimada para junho de 2026.

Todas as quatro embarcações vão obedecer aos padrões de sustentabilidade da Organização Marítima Internacional (IMO) e serão entregues até 2028. Os motores deverão ser capazes de conversão para funcionarem com combustíveis sustentáveis no futuro.

eldquo;O Brasil tem um combustível que vai ser um competitivo chamado biocombustível. Então, nossos navios estarão prontos para rodar, por exemplo, com etanol ou metanolerdquo;, disse o diretor de Transporte Marítimo, Jones Soares.

A licitação é aberta a estaleiros nacionais e estrangeiros e não tem índices mínimos de conteúdo local.

Entretanto, há expectativa de contratação nacional, pela equalização de condições de propostas, pois a empresa vai considerar os impostos de importação ao comparar as ofertas.

Além disso, caso o estaleiro vencedor seja brasileiro, poderá acessar os recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), com taxas de juros estimadas entre 2,3% e 3,3%. As condições de financiamento do FMM melhoram de acordo com o nível de contratação nacional.

eldquo;Acredito que os estaleiros nacionais vão responder a essa demanda, porque estão há muitos anos sem receber encomendaserdquo;, disse Bacci.

O programa de ampliação e renovação da frota, batizado de TP 25 marca a retomada da contratação própria de navios pela estatal.

A previsão é que o programa seja ampliado e chegue a 25 navios já no anúncio do plano de negócios para o período de 2025 a 2029, o que deve ocorrer ao final deste ano.

O custo total das 25 unidades está estimado entre US$ 2 e US$ 2,5 bilhões e inclui a contratação de navios de cabotagem de médio porte e gaseiros.

Segundo a presidente da estatal, Magda Chambriard, essas contratações vão reduzir a exposição da companhia à oscilação dos fretes nesse momento de baixa disponibilidade mundial de navios no mercado internacional.

eldquo;Com essas embarcações que nós anunciamos hoje, ficaremos menos expostos a oscilações de preço e iremos reduzir os custos com afretamentos e reforçar a nossa capacidade logística para o transporte de petróleo e de derivadoserdquo;, afirmou Chambriard em vídeo divulgado junto ao anúncio.

A executiva assumiu o cargo em maio, com a promessa ao presidente Lula (PT) de acelerar as entregas de projetos.

eldquo;O projeto já estava maduro, mas a presidente Magda o priorizou e por isso estamos hoje aqui lançando em detalheerdquo;, disse Bacci hoje.

Fonte/Veículo: EPBR

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