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Com mais de 1,8 mil congressistas, a 17ª edição do Congresso Nacional de Bioenergia, promovido pela UDOP endash; União Nacional da Bioenergia, nos dias 2 e 3 de julho, nas dependências da UNIP em Araçatuba endash; SP, chama a atenção para o momento crucial vivido pelo etanol, citando desafios e oportunidades nesse horizonte de transição energética.

eldquo;Projeto Combustível do Futuro endash; O Papel do Etanol na Agenda de Descarbonizaçãoerdquo; foi o tema do painel magno do evento, com palestra de Plínio Nastari, presidente da DATAGRO e moderação de Jacyr Costa Filho, presidente do Cosag (Conselho Superior do Agronegócio) da Fiesp. Durante o painel, foram discutidas as tendências globais de descarbonização e a posição estratégica do etanol brasileiro nesse contexto.

Bruno Serapião, CEO da Atvos, ressaltou a relevância estratégica do etanol para o Brasil. eldquo;O Brasil é uma potência do agronegócio e precisa defender seus interesses no cenário global. Os Estados Unidos possuem 34 escritórios pelo mundo promovendo o etanol de milho americano. Precisamos nos engajar de forma semelhante, como fizemos com a Índia, e transformar isso em uma escala globalerdquo;, afirmou. Ele enfatizou a importância de investimentos em tecnologia e infraestrutura para garantir a competitividade do etanol brasileiro.

Evandro Gussi, CEO da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), destacou a economia gerada pelo setor. eldquo;De 2003 a 2024, a opção entre etanol e gasolina economizou cerca de R$ 110 bilhões, além de evitar a emissão de 660 milhões de toneladas de CO2. Economizamos descarbonizando, através de um sistema integrado de alimentação e energiaerdquo;, enfatizou. Gussi ainda apontou que o etanol é um exemplo de como a sustentabilidade pode andar de mãos dadas com a economia, trazendo benefícios ambientais e financeiros significativos.

Para Mário Campos, presidente da Bioenergia Brasil e Siamig Bioenergia, o setor vive um momento decisivo. eldquo;Estamos em um ponto crucial para definir nosso futuro como provedor de biocombustíveis e bioenergia no contexto da descarbonização. O PL Combustível do Futuro reflete esse processo e destaca a necessidade de um diferencial tributário na regulamentação da reforma tributáriaerdquo;, afirmou Campos. Ele também mencionou que o apoio governamental e a colaboração entre os setores público e privado são essenciais para o sucesso do etanol como combustível sustentável.

Marlon Arraes Jardim, diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), sublinhou a importância da transparência na transição energética. eldquo;Sem recursos para subsidiar a transição e sem aderir a modismos como o carro elétrico, precisamos ser criativos e transparentes, utilizando análises do ciclo de vida para que a sociedade compreenda os custos da transição. Produzimos o etanol, o biocombustível mais versátil do mundo, aplicável não apenas no setor rodoviário, mas também no marítimo e aéreoerdquo;, destacou. O diretor acrescentou que a diversificação do uso do etanol pode abrir novos mercados e aumentar a demanda pelo biocombustível.

O Capitão da Marinha do Brasil, Fernando Alberto Gomes da Costa, também participou do painel, enfatizando que o transporte marítimo responde por 3% das emissões globais e movimenta 80% das cargas mundiais. eldquo;O setor de biocombustíveis precisa transformar desafios em oportunidadeserdquo;, afirmou Costa. Ele destacou a importância do etanol como uma solução potencial para reduzir as emissões no transporte marítimo, um setor crucial para o comércio global.

O congresso marcou a recondução de Hugo Cagno Filho, da Usina Vertente, à presidência da UDOP, com mandato até julho de 2026. A ocasião foi marcada pela posse da nova Diretoria, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal da UDOP para o biênio 2024-2026.

Em seu discurso de posse, Cagno destacou o futuro promissor do setor. eldquo;Temos a melhor alternativa energética aos combustíveis fósseis do mundo. Nossa expansão não apenas melhora a qualidade do ar, mas também promete um futuro melhor para toda a humanidadeerdquo;, disse. Cagno enfatizou a necessidade de políticas públicas que incentivem o crescimento sustentável do setor e a importância de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento.

Durante o painel também foram assinados convênios e parcerias estratégicas com instituições de renome como a UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), Esalq (Escola Superior de Agricultura eldquo;Luiz de Queirozerdquo; da USP), Bonsucro, Senai/Fiesp e Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

eldquo;Estes convênios e parcerias estratégicas da UDOP não só fortalecem o networking de valor, mas também promovem um ambiente propício para crescimento sustentável. Juntos, estamos construindo um futuro em que cada conquista compartilhada é um passo adiante rumo à liderança brasileira no setor de bioenergiaerdquo;, ressalta Antonio Cesar Salibe, CEO da UDOP.

Além das palestras e painéis, o congresso contou com diversas sessões técnicas e workshops, abordando temas como inovação tecnológica, sustentabilidade, e políticas públicas. Os participantes tiveram a oportunidade de trocar experiências, estabelecer parcerias e discutir as melhores práticas para o desenvolvimento do setor de bioenergia. O evento também incluiu uma exposição de empresas e startups que apresentaram suas inovações e soluções para o mercado de bioenergia, mostrando que o setor está em constante evolução e pronto para enfrentar os desafios do futuro.

eldquo;Com imenso orgulho, encerramos mais uma edição do Congresso Nacional da Bioenergia, solidificando a UDOP como líder na qualificação profissional. Este evento de sucesso traçou um caminho promissor para o setor bioenergético com temas de relevância e alta aplicabilidade, reafirmando o nosso compromisso com a inovação técnicaerdquo;, concluiu Hugo Cagno Filho, presidente da UDOP.

Fonte/Veículo: Jornal Cana

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