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Os impactos da greve de trabalhadores do Ibama na produção de petróleo do Brasil se ampliaram, e o país registra perda de 200 mil barris por dia (bpd), causando uma queda de arrecadação de milhões de dólares, afirmou Júlio Moreira, diretor do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), nesta sexta-feira (28).

O número representa crescimento expressivo ante os cerca de 80 mil barris por dia de impactos relatados em 17 de junho pelo órgão que representa as petroleiras no Brasil, como Petrobras, Shell e TotalEnergies.

Desde janeiro, o Ibama vem atrasando a emissão de licenças no Brasil como parte de uma disputa contínua com o governo sobre salários e condições de trabalho. Neste mês, os trabalhadores do instituto convocaram uma greve a partir da última segunda-feira (24), que foi aprovada em pelo menos 14 Estados.

"Estamos falando em uma perda de arrecadação de milhões de dólares por mês", disse Moreira. "Você tem de um lado o Estado que precisa arrecadar e de outro uma greve de seis meses do Ibama", adicionou em evento do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças).

Os impactos da greve alcançam o desenvolvimento de importantes campos do Brasil, como Mero e Búzios, que estão entre os três maiores produtores, perdendo apenas para o campo de Tupi, segundo a Reuters publicou nesta semana com informações da Petrobras, operadora dos ativos. Mero e Búzios, ambos no pré-sal da Bacia de Santos, receberam novas plataformas no ano passado e dependem de avais do Ibama para avançar.

"Somente em Mero são três poços para serem conectados para produzir 120 mil barris dia", disse Moreira nesta sexta-feira, que apontou também impactos para petroleiras independentes. Considerando petróleo e gás, o campo de Búzios produziu, em abril, uma média de 837 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), ante 732 mil boed no mesmo mês de 2023, enquanto Mero produziu 220 mil boe/d em abril, ante 185 mil boe/d na mesma comparação, segundo os dados mais recentes da reguladora ANP. (Reuters)

Fonte/Veículo: Folha de S.Paulo

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