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Os acionistas das petroleiras brasileiras 3R Petroleum e Enauta aprovaram hoje a fusão das duas companhias, em um negócio que marca uma nova fase de consolidação no setor de petróleo no país. A informação foi comunicada pela 3R ao mercado em fato relevante no noite de hoje.

Juntas, segundo estimativas de analistas do setor, as duas empresas terão potencial de produzir cerca de 100 mil barris de óleo equivalente (boe, que inclui óleo e gás) por dia, o que torna a nova companhia uma das maiores produtoras de campos em terra do país. Seria a segunda nacional do setor, depois da Petrobras.

As ações da Enauta foram incorporadas pela 3R. O negócio foi aprovado em assembleias gerais extraordinárias realizadas pelas duas companhias e pela Maha holding, que também foi incorporada à 3R. O Conselho de Administração da 3R será renovado, refletido no novo quadro acionário.

Quando foi anunciado, o negócio foi avaliado em US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões). Analistas de mercado avaliam que a transação pode abrir espaço para que outras operadoras independentes de petróleo e gás também buscassem alianças, acelerando o movimento de fusões e aquisições das eldquo;junior oilserdquo; do país.

Pelos termos do acordo divulgado na época, a 3R deterá 53% da nova empresa, enquanto os acionistas da Enauta ficarão com os 47% restantes.

As duas empresas assinaram um memorando de entendimento em abril para criar uma única entidade maior. A 3R também considerou uma possível combinação com a PetroReconcavo, outra produtora de petróleo brasileira, mas suspendeu esses esforços quando a Enauta propôs sua oferta.

Consolidação das e#39;junior oilse#39;

As três empresas fazem parte de um grupo de petrolíferas brasileiras que conseguiram se expandir adquirindo ativos da estatal Petrobras. No entanto, sob a administração de Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras reverteu o rumo e não está mais vendendo campos de petróleo para arrecadar dinheiro, levando os pequenos produtores a se consolidarem.

Fonte/Veículo: O Globo

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