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Magda Chambriard ainda não foi empossada no cargo de presidente da Petrobras, mas já está dando expediente na sede da petroleira, no Rio de Janeiro, segundo integrantes da empresa. A executiva compareceu na companhia nesta semana para iniciar conversas com a equipe e se ambientar.

Nesta sexta-feira, ela já terá de tomar as primeiras decisões no novo cargo. A previsão é que, uma vez confirmada no comando pelos demais conselheiros, Chambriard já participe normalmente da reunião do conselho de administração.

A reunião seguirá o seguinte roteiro: começará com a votação do nome de Chambriard como conselheira, depois haverá votação sobre se ela é membro independente do conselho, e então será deliberada a indicação de seu nome para a presidência. Com isso, ela já se tornará presidente de fato da petroleira.

O governo Lula tem pressa. Além de ter uma visão mais "nacionalista" no comanda da empresa, o governo quer que a nova presidente acelere investimentos em diversas áreas, como refinarias, fertilizantes e na indústria naval.

Chambriard será cobrada a melhorar nos próximos meses o percentual de execução do plano de investimento. Hoje, ele está em 73% frente ao que deveria ter sido implementado, segundo fontes a par dos números. O dado é alvo de críticas dentro do governo. Segundo um auxiliar de Lula, isso significa que a Petrobras está deixando de desembolsar recursos e gerar empregos.

A expectativa é que Chambriard promova mudanças na diretoria da empresa enquanto encurta prazos para a tramitação de projetos. É o caso dos prazos para estudos e aprovação interna da reativação de fábricas de fertilizantes. Além disso, o governo espera que editais sejam revistos para aumentar o percentual de conteúdo local nas novas contratações de equipamentos adquiridos pela petroleira.

Em entrevista ao GLOBO, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que espera de Chambriard eldquo;coragem para fazer acontecererdquo;. Ele disse ainda que a nova presidente da Petrobras tem de entender que quem manda é o presidente da República e que ela deve se preocupar pouco em eldquo;falar para foraerdquo; e muito em se relacionar bem com o acionista controlador.

A demissão de Jean Paul Prates do comando da Petrobras encerrou semanas de especulação sobre o comando da petroleira. Prates entrou em rota de colisão com Silveira e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Fonte/Veículo: O Globo

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