ANP aprova mudança para evitar novo choque na tarifa da NTS
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A arrecadação do governo federal em abril foi de R$ 228,8 bilhões, alta de 8,26% em relação ao mês do ano anterior, informou a Receita Federal nesta terça-feira (21). É o quinto mês consecutivo que a arrecadação bate recorde.
No acumulado de janeiro a abril, a quantia obtida pelo governo teve alta real de 8,33%, a R$ 886,6 bilhões, também um recorde na série para o primeiro quadrimestre.
Segundo a Receita, o desempenho positivo do mês foi influenciado pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, com altas significativas da massa salarial e valor em dólar das importações, embora tenham sido observados recuos na produção industrial e nas vendas de bens e serviços.
O fisco atribuiu o desempenho recorde ao retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, ao crescimento da arrecadação previdenciária e de Imposto de Renda dos trabalhadores, além de ganhos com IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e imposto de importação.
Em abril, os recursos administrados pela Receita, que englobam impostos de competência da União, avançaram 9,08% em valor ajustado pela inflação frente ao ano anterior, a R$ 213,3 bilhões.
No período de janeiro a abril de 2024, o ganho foi de 8,36%, totalizando R$ 838,1 bilhões.
Já receitas administradas por outros órgãos recuaram 1,88% em abril frente ao mesmo período de 2023, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, a R$ 15,6 bilhões. No acumulado do primeiro quadrimestre, esses recursos tiveram alta real de 7,90%, totalizando R$ 48,5 bilhões.
Os recordes de arrecadação ajudam o governo na busca pelo déficit primário zero neste ano. A equipe econômica tem contado essencialmente com ganhos de receita para melhorar a trajetória fiscal.
A arrecadação acima do esperado afasta riscos de contingencionamento do governo para assegurar o cumprimento da meta fiscal, embora também haja um teto para as despesas, o que gerou um bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento em março. A nova revisão das contas do governo, quando esses parâmetros são reavaliados, será anunciada nesta quarta-feira (21).
(Reuters)
Fonte/Veículo: Folha de São Paulo
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