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A CNT (Confederação Nacional do Transporte) reuniu-se, nesta semana, com a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) para dialogar sobre os impactos da produção do biodiesel de base éster. Na ocasião, foram abordados os problemas advindos da utilização de insumos de origem vegetal e animal e a consequente concorrência para o setor alimentício.

As indústrias do setor têm sentido o impacto da menor oferta de óleos de origem vegetal e animal para consumo próprio e do aumento de preços desses insumos. Essa situação acarreta elevação dos preços dos seus respectivos produtos para o consumidor final. Entram nessa lista sabão, sabonete, óleo de cozinha entre outros gêneros da cesta básica.

A intenção dos associados da ABIHPEC é se juntar ao setor transportador para alertar a sociedade sobre os impactos negativos advindos da produção do biodiesel de base éster.

eldquo;Ao colocar essa biomassa no mercado de energia para abastecer o setor de transporte, gera-se uma competição com o setor alimentício. Internacionalmente, há países que questionam o quanto se deve avançar nesse sentido, tendo em vista o impacto no preço dos alimentoserdquo;, observa a gerente executiva Ambiental da CNT, Erica Marcos.

A CNT aproveitou o encontro para levar ao conhecimento da ABIHPEC os problemas técnicos e mecânicos que os transportadores têm enfrentado com o aumento do teor do biodiesel no diesel. Foram apresentados casos de maior consumo de combustível e de mais emissão de poluentes.

A ABIHPEC acompanha a legislação e as normas aplicáveis ao setor e ficou de levar a questão aos associados para ver a possibilidade engajamento, bem como verificar se eles estão sentindo encarecimento dos preços em decorrência da competição de insumos para a produção do biodiesel.

A ideia é estruturar um estudo de impacto na cesta básica e de perda de mercado em função do aumento de preços dos produtos. Integram a associação empresas como a Natura, 3M do Brasil, Faber Castell, Avon e Colgate, entre outros.

(Agência Brasil)

Fonte/Veículo: Agência CNT Transporte Atual

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