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A GWM confirmou a chegada do SUV Tank 400 ao mercado brasileiro. O modelo utiliza a mesma plataforma da picape Poer, que será produzida no Brasil. Dessa forma, a montadora chinesa terá rivais para a dupla SW4 e Hilux, da Toyota.
A diferença está nas motorizações. Enquanto os utilitários da marca japonesa são movidos a diesel, a nova concorrente vai apostar em conjuntos híbridos com opções a gasolina ou flex.
Os lançamentos foram confirmados durante a apresentação dos produtos na pista de testes da GWM, em Baoding (China). O Tank 400 chega ao país no início de 2025.
Com 4,99 metros de comprimento (20 cm a mais que o Toyota SW4), o SUV é equipado com um motor 2.0 turbo a gasolina conciliado ao conjunto elétrico de 163 cv. A combinação resulta em 408 cv, sendo possível rodar cerca de 100 km sem queimar combustível.
Como o nome faz supor, a aparência é de tanque de guerra, com linhas retas e parafusos aparentes nas molduras dos para-lamas. O estilo da carroceria contrasta com o interior luxuoso.
O híbrido plug-in (que pode ser recarregado na tomada) tem câmbio automático de nove marchas e central multimídia com tela gigante. Os bancos dianteiros trazem ajustes elétricos, e quem viaja atrás dispõem de regulagem automática da temperatura do ar-condicionado.
Esses luxos também são encontrados na picape Poer, cuja produção nacional já está confirmada, embora sem data definida. Seu motor será o mesmo do Tank 400, mas com a vantagem de também consumir etanol.
O modelo disponível na pista de testes da GWM ainda não traz o desenho da versão brasileira. A enorme grade frontal cromada, por exemplo, certamente irá mudar para comercialização no mercado nacional.
O porte também é avantajado, com 5,37 metros de comprimento na versão apresentada em Baoding. A Hilux vendida no Brasil mede 5,33 metros.
Alguns itens chamam a atenção na Poer, como os bancos traseiros com ajuste elétrico de distância. É um equipamento presente apenas em picapes grandes americanas com preços na faixa de R$ 500 mil, como Ford F-150 e Chevrolet Silverado.
Mas a estratégia da GWM será oferecer produtos com preços mais competitivos endash;na faixa entre R$ 250 mil e R$ 350 mil, aproximadamenteendash; para conquistar clientes de picapes médias a diesel, concentrados no agronegócio.
Trata-se de um público que privilegia a autonomia e a robustez. O desafio será mostrar as qualidades de produtos estreantes, embora os modelos das linhas Haval e Ora estejam indo bem nas vendas.
Hoje, a Toyota Hilux mais em conta com câmbio automático parte de R$ 272.190. Já o SW4 tem preço inicial de R$ 379.990. Ambos são líderes de venda em seus segmentos no Brasil.
O jornalista viajou a convite da GWM do Brasil.
(Coluna por Eduardo Sodré)
Fonte/Veículo: Folha de São Paulo (Coluna)
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