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As importações de diesel pelo Brasil em fevereiro recuaram 16,8% ante o mesmo mês do ano passado, diante de um aumento de oferta por refinarias nacionais e da elevação da mistura de biodiesel no combustível vendido nos postos, informou a consultoria StoneX nesta quinta-feira, após a publicação de dados oficiais pelo governo.

No segundo mês do ano, o Brasil importou 869 milhões de litros de diesel, sendo 62% da Rússia, seguido por Emirados Árabes Unidos (30%) e Estados Unidos (8%), conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior, compilados pela StoneX.

A Rússia se tornou a principal fornecedora de diesel do Brasil em 2023, já que seu produto tem sido ofertado, por alguns períodos, com desconto em relação a outras origens, conforme o país se mobiliza para garantir uma maior diversificação de compradores diante de sanções por conta da guerra da Ucrânia.

O volume total importado de diesel em fevereiro pelo país também recuou 18,1% na comparação com janeiro, apontaram os dados.

A StoneX destacou que as refinarias domésticas produziram 3,92 bilhões de litros de diesel A (puro, sem adição de biodiesel) em janeiro, alta de 5,9% ante o mesmo mês do ano passado.

A Petrobras, maior produtora nacional de diesel, tem elevado a taxa de utilização de suas refinarias para reduzir a dependência do produto importado.

Também contribuiu com a redução da dependência do importado o aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel vendido nos postos do país, pelo governo, de 12% para 14% a partir de 1º de março.

A StoneX projeta que as importações de diesel A pelo Brasil em 2024 devem alcançar 13,8 bilhões de litros, queda de 4,9% ante 2023, justamente pelo cenário de ampliação da oferta nacional e redução da participação do diesel puro no combustível comercializado nas bombas.

Em contrapartida, a StoneX estima atualmente uma demanda anual recorde de 66 bilhões de litros de diesel B (com biodiesel) em 2024 no Brasil, com ligeira alta ante a máxima do ano passado.

No acumulado entre janeiro e fevereiro, porém, as importações de diesel subiram 7,6% ante o mesmo período de 2023, para 1,93 bilhão de litros, segundo a consultoria. A Rússia se mantém no principal posto, com 70% do mercado, com EUA e Emirados Árabes Unidos disputando o segundo e terceiro lugar no fornecimento ao Brasil, disse a StoneX.

(Reuters)

Fonte/Veículo: Forbes

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