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Bancos como Citi e Goldman Sachs preveem dividendos ordinários entre US$ 7 bilhões (cerca de R$ 34,5 bilhões levando em conta o câmbio de R$ 4,94) e US$ 8 bilhões (R$ 39,5 bilhões).
A companhia distribui como dividendos a seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre (valor que sobra do caixa gerado com a operação depois de descontados os investimentos). Mas, na semana passada, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, deixou investidores inseguros sobre a política de dividendos.
Ele defendeu, em entrevista à agência Bloomberg, que a petroleira deve ser mais cautelosa em relação à distribuição de dividendos bilionários à medida em que busca se tornar uma potência em energia renovável, mobilizando mais recursos para investimentos. As ações despencaram mais de 5% num só dia. A estatal então divulgou comunicado afirmando que não havia decisão tomada sobre o tema.
As previsões compiladas pela Bloomberg apontam para um lucro líquido em torno de R$ 127 bilhões em 2023. Se confirmado, o ganho vai representar uma queda de 47% em relação aos R$ 188,3 bilhões registrados em 2022.
Os analistas preveem também ganhos entre R$ 34 bilhões e R$ 36 bilhões para o quarto trimestre de 2023. É menor que os R$ 43 bilhões do último trimestre de 2022.
Segundo agentes de mercado, o lucro será influenciado, sobretudo, pela suspensão da política da venda de ativos com a chegada do PT ao poder, que reduz a entrada de recursos no caixa da estatal.
Mas o que os investidores vão estar de olho mesmo é no sinal que a empresa dará sobre o pagamento de dividendos neste ano. A expectativa é que a estatal anuncie a distribuição de dividendos ordinários relativos ao resultado do quarto trimestre, além de dividendos extraordinários relativos ao ano de 2023.
Os dividendos pagos pela Petrobras nos últimos cinco anos:
Em relação aos dividendos extraordinários, o Itaú BBA prevê, em relatório, que a estatal tenha espaço para distribuir em dividendos extraordinários uma quantia entre US$ 4,7 bilhões (R$ 23,2 bilhões) e US$ 8,6 bilhões (R$ 42,4 bilhões).No mês passado, a Petrobras informou aumento de 3,5% em sua produção comercial de petróleo e gás em 2023, para 2,4 milhões de barris de óleo equivalente diários (Boe/d), no ano de 2023. A alta foi puxada pelo pré-sal, que registrou avanço de 10,5%.
Porém, a Petrobras deve alocar cerca de metade dos dividendos extraordinários para a "reserva estatutária". Essa reserva tem como objetivo garantir a sustentabilidade econômica da empresa. Mas, para especialistas, é uma forma de a estatal aumentar os investimentos, principalmente, em fontes renovável.
O total operado pela estatal chegou a 3,8 mil barris por dia, crescimento de 6,2%. O valor inclui a participação de outras petroleiras em blocos. A companhia atribuiu o crescimento à entrada de três novas plataformas de produção.
O volume de vendas de combustíveis no mercado interno teve uma queda de 0,5% no ano passado, para 1,744 milhão de barris por dia. O diesel teve recuo de 1,2% com o aumento da mistura obrigatória de biodiesel de 10% para 12% ocorrido em abril do ano passado e a venda da refinaria de Manaus, no fim de 2022.
Fonte/Veículo: O Globo
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