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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) deve acelerar no segundo mês de 2024 emdash; o dado será divulgado nesta terça-feira (27), às 9h, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo especialistas, passagens aéreas, combustíveis, educação e transportes justificam a freada esperada para fevereiro.

A Warren Investimentos projeta uma alta de 0,85% no IPCA-15 de fevereiro e variação de 4,56% em 12 meses. A projeção de 2024 é de 4%, considerando um balanço de riscos baixista. Para 2025, a corretora aposta em 3,5%.

A estrategista de inflação da Warren, Andréa Angelo, destaca que as pressões mais relevantes devem vir de educação e transportes emdash; devido, principalmente, ao novo valor da alíquota da gasolina. Com isso, ela projeta uma alta de quase 1,5%, já esperada, nesse grupo.

No grupo de educação, Angelo aponta uma incidência do reajuste dos cursos regulares, trazendo ao índice uma estimativa de alta de 5,55% emdash; contribuindo com 0,25 p.p entre as leituras do IPCA-15 de janeiro e fevereiro.

Para o analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, os dados podem vir eldquo;qualitativamente pioreserdquo;, o que é visto como um problema em meio ao ciclo de flexibilização da política monetária, eldquo;diante do que se pressupõem, antes, um processo de desinflação contínuaerdquo;.

Spiess aponta também que, em caso de o índice vir maior do que o esperado e com dados de serviços ruins, por exemplo, o mercado poderá ter um eldquo;estresseerdquo; com a prévia de inflação.

IPCA-15: O que esperar dos dados de inflação de fevereiro?

Andréa Angelo enxerga um cenário de desaceleração no segmento de alimentação no domicílio entre janeiro e fevereiro, especialmente pelos alimentos in natura. No entanto, o grupo ainda mostrará inflação elevada de 1,40%, segundo as projeções.

eldquo;Se estivermos corretos, em apenas dois meses do ano acumulará alta de mais de 3%. No entanto, este é um grupo que vemos simetria baixista em relação à nossa projeção do ano, que é de alta de 6%erdquo;, afirma.

Para a estrategista, o balanço de riscos deste número é altista em razão do grupo de despesas pessoais e educação.

eldquo;Na avaliação qualitativa, as principais medidas de núcleos deverão apontar variação média de +0,48%, acelerando em razão ao dado anterior (0,35%), ou 4% em 12 meseserdquo;, diz.

Outro ponto de atenção é o grupo de serviços subjacentes, ou seja, a desagregação que acopla serviços que excluem restaurante, empregado doméstico, avião e educação. Angelo estima que esse grupo poderá atingir +0,52%.

eldquo;No entanto, a inflação de serviços subjacentes poderá atingir +0,58%, desacelerando em relação ao IPCA-15 de janeiro (0,68%) e ficando estável em 4,9% em 12 meseserdquo;, afirma.

Para o ano, é esperada uma alta de 5% para esse segmento emdash; o que o leva a permanecer como risco altista, e a corretora aponta ser um fator importante desde a leitura do IPCA-15 de dezembro.

Fonte/Veículo: Money Times

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