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As principais entidades ligadas ao setor do biodiesel no Brasil apresentaram dados que confirmam a capacidade imediata da indústria em atender à mistura de 20% de biodiesel no diesel comercial. A divulgação foi feita com base em estudos técnicos e números fornecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), evidenciando uma infraestrutura pronta para suportar a demanda crescente por biocombustíveis.

Segundo as análises realizadas pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) e a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel do Congresso Nacional (FPBio), a capacidade autorizada de produção, atualmente em 14,7 bilhões de litros, é mais que suficiente para suprir a demanda projetada de 13,2 bilhões de litros para a mistura de B20.

As associações ressaltaram ainda que o setor está preparado para atender às demandas futuras, inclusive as estabelecidas pelo Projeto de Lei Combustível do Futuro, que pode elevar os tetos da mistura para até 25%. O presidente da FPBio, deputado federal Alceu Moreira, enfatizou a importância da estabilidade regulatória para o crescimento do setor, destacando a necessidade de aprovação do referido projeto no Congresso Nacional.

Além disso, foi evidenciada a expansão do parque industrial, que atualmente conta com 60 usinas, das quais 10 estão em processo de ampliação e oito em construção. Com isso, a capacidade instalada poderá chegar a 16,25 bilhões de litros, possibilitando a produção de até 25% da mistura de biodiesel, caso necessário.

A produção estimada de biodiesel para os próximos anos também foi discutida, prevendo-se um aumento gradual de 7,5 bilhões de litros em 2023 para 10,1 bilhões de litros em 2025. O diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, Daniel Amaral, salientou a importância do óleo de soja como principal matéria-prima e a necessidade de aumentar sua produção para atender à crescente demanda do setor.

Outras fontes de matéria-prima, como gorduras animais e óleo de cozinha usado, também foram destacadas pela Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), ressaltando a importância desses insumos na produção sustentável de biodiesel e na redução das emissões de gases de efeito estufa.

Diante desses avanços e potenciais, o setor do biodiesel se apresenta como um protagonista na transição energética do país, contribuindo significativamente para as metas de descarbonização do setor de transportes e para um futuro mais sustentável.

Fonte/Veículo: Agrolink

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