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A subvenção a fontes renováveis de energia elétrica no Brasil vai superar o da conta de combustíveis fósseis para termelétricas em 2024 e virar o principal subsídio a pesar sobre a tarifa paga pelos consumidores brasileiros, afirmou à Reuters o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (9).

Segundo Sandoval Feitosa, os descontos que projetos eólicos e solares recebem para usar os sistemas de transmissão e distribuição vão chegar a R$ 11,5 bilhões neste ano, acima dos R$ 10,7 bilhões orçados para a chamada "CCC", de combustíveis fósseis, tradicionalmente o maior subsídio da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), bancada pela conta de luz.

A CCC subsidia os combustíveis fósseis utilizados para gerar energia nos sistemas isolados do Brasil que não recebem energia da rede do SIN (Sistema Interligado Nacional). Localizados no Norte e em regiões amazônicas, esses sistemas dependem de geração local de termelétricas mais caras e poluentes.

Quando somado aos incentivos de até 8,5 bilhões de reais previstos para a geração distribuída de energia, o valor dos descontos aos grandes e pequenos projetos renováveis chegariam a R$ 20 bilhões, quase o dobro da CCC.

Essa tendência deve se manter para os próximos anos, uma vez que as renováveis seguem em trajetória de forte expansão, ao passo que a CCC tende a diminuir progressivamente com mais interligação ao SIN dos sistemas isolados.

"Entre 2022 e 2023, a Aneel aprovou 142 gigawatts de usinas solares e eólicas, praticamente todas essas têm direito aos descontos, desde que entrem em operação de fato", disse o diretor-geral, ao exemplificar a possibilidade de disparada dos subsídios na conta de luz.

(Reuters)

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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