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FMI vê contas do País no azul no ano, mas projeta volta de déficit em 2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o Brasil deve apresentar superávit primário de 0,8% neste ano. A informação consta no relatório Monitor Fiscal do organismo, publicado ontem. Por sua vez, a dívida total do governo brasileiro deve cair. O FMI espera que a relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB) endash; um dos principais indicadores de solvência de um país e avaliado de perto pelas agências de classificação de risco endash; do Brasil diminua para 88,2% neste ano (ante 93% em 2021). Caso o cenário traçado pelo Fundo se materialize, seria o melhor resultado desde 2016. Ainda assim, a dívida continuará entre as maiores comparadas às dos pares emergentes, atrás apenas da do Egito. A melhoria nas projeções do FMI tem, contudo, vida curta. O Fundo vê o Brasil com aumento da dívida bruta e no vermelho pelos próximos dois anos, retomando o equilíbrio das contas apenas em 2025. Um das razões é o aumento dos gastos por parte do governo de Jair Bolsonaro às vésperas das eleições, dentre eles a elevação do Auxílio Brasil para R$ 600. eldquo;As projeções fiscais para 2022 refletem o último anúncio de política (do governo brasileiro)erdquo;, afirma o FMI, no relatório, sem dar mais detalhes. Para o organismo, o impacto fiscal começará a aparecer já no primeiro ano do futuro governo. O Fundo espera que o déficit primário do País alcance 0,8% em 2023 e caia para 0,3% no ano seguinte. O FMI também melhorou suas projeções para a economia brasileira e passou a prever crescimento de 2,8% em 2022. A estimativa anterior era de avanço de 1,7%. Ainda assim, o País deve crescer abaixo da média global e de seus pares emergentes. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a mudança foi uma eldquo;boa notíciaerdquo;, mas criticou as projeções do Fundo. eldquo;Estão sempre errando e vão errar de novoerdquo;, disse ele, a jornalistas. ebull;

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'Novo pré-sal' vai turbinar plano de investimentos da Petrobras até 2027

Plano Estratégico 2023-2027 da Petrobras virá mais forte que o anterior, turbinado pela a incorporação dos investimentos necessários à exploração da Margem Equatorial, fronteira tratada como um possível eldquo;novo pré-salerdquo;. Essa é a principal aposta da estatal para aumentar suas reservas de petróleo. Além da nova fronteira, o plano deve contemplar a modernização de refinarias e ter um olhar mais atento para energia limpa. Com isso, a estatal planeja adaptar suas refinarias à produção de biocombustíveis de alto valor agregado, tipo o bioqueresene de aviação, e também reforçar investimentos na descarbonização da produção e em estudos para projetos em energia eólica offshore destinada à produção de hidrogênio verde. eldquo;Do ponto de vista de transição energética, a gente pretende prosseguir consistente com aquilo que já fizemos: olhar projetos de descarbonização com o objetivo de desenvolver produtos renováveis e obviamente buscando a transição por meio da diversificação rentável, ou seja, quais novos negócios ou atividades a Petrobras pretende priorizar com vistas a um universo de longo prazoerdquo;, afirmou recentemente o diretor de Governança e Conformidade da estatal, Salvador Dahan, sobre o novo plano. Para o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e professor da UFRRJ, Maurício Tolmasquim, uma maior atenção da Petrobras a fontes renováveis é bem-vinda, sobretudo se direcionada à eólica offshore, já que a companhia domina boa parte da infraestrutura logística para atuar em alto mar. eldquo;Mas não adianta ser uma previsão simbólica, tem de ser um montante que permita à Petrobras recuperar o tempo perdido. Ela já está atrás na corrida pela energia renovável no Brasil, sendo a grande ausência na notificação de interesse por áreas (no mar) para eólica offshore ao Ibamaerdquo;, observa Tolmasquin. O especialista lembra que, motivadas pela transição energética, grandes petroleiras como Shell, Total e Equinor têm feito esforços para se converter em empresas de energia limpa no longo prazo, meta que a Petrobras já teve fortemente associada a biocombustíveis, mas que ficou em segundo plano nos últimos anos. Foi por causa do pré-sal que os investimentos da estatal deram um salto na década passada, para mais de US$ 200 bilhões, encolhendo posteriormente para menos da metade deste valor no plano formulado em 2016, devido ao alto endividamento da companhia. Nos últimos sete anos, o total investido nunca ultrapassou os US$ 100 bilhões. As projeções indicam que os aportes devem continuar abaixo desse patamar, apesar de tenderem a ser maiores em comparação com o plano anterior, avaliam especialistas. No plano anterior (2022-2026) a previsão era de investimentos de US$ 68 bilhões. Desse montante, U$ 57,3 bilhões estavam previstos para exploração e produção (EeP), dos quais menos de 10%, US$ 5,5 bilhões para exploração, a maior parte nas bacias do Sudeste (58%), mas também da Margem Equatorial (38%). Essa frente deve ser reforçada este ano, puxando o investimento total para cima. O Estadão/Broadcast apurou que o plano 2023-2027 da estatal também deve deixar para trás a previsão de apenas uma nova plataforma de exploração e produção em 2022 (FPSO Guanabara), para inserir mais unidades até 2027, o que vai elevar o valor dos investimentos. O número final, no entanto, ainda não foi finalizado, e continua em discussões técnicas antes de ser apresentado ao Conselho de Administração da companhia. Fontes da companhia confirmaram que a exploração da Margem Equatorial vai receber atenção especial. A licença para perfuração do primeiro poço é esperada para novembro, após teste de simulação para provar ao Ibama que a empresa tem condições de conter eventual derramamento de petróleo. Hoje o investimento reservado para a nova conquista até 2026 é de US$ 2 bilhões, volume que tende a ser incrementado no próximo plano. A empresa planeja, assim como em outros locais nos quais atua, desenvolver projetos sócio-ambientais na região, que também deverão constar no plano, como informou ao Broadcast o gerente executivo responsável pela área, Mario Carminatti. Na exploração e produção da nova fronteira serão adotadas tecnologias que utilizam algoritmos de última geração; inteligência de dados e computadores de alto desempenho (HPC); ampliação da operação remota, que prometem reduzir riscos ambientais, o que pode elevar os investimentos da estatal nos próximos anos. Iniciativas de baixo carbono Os esforços de descarbonização devem ser reforçados, mas sem grandes mudanças na ordem de prioridade. No plano divulgado no fim do ano passado, essa eldquo;frente de baixo carbonoerdquo; teria investimento de US$ 2,8 bilhões em cinco anos, sendo pouco mais de R$ 2 bilhões, para a descarbonização das operações atuais, e apenas R$ 730 milhões para desenvolvimento de biocombustíveis e pesquisa e desenvolvimento em energias renováveis com vistas à eldquo;diversificação rentávelerdquo; em novos negócios. Fontes da companhia e agentes de mercado esperam que essa última frente seja reforçada, ainda que não a ponto de ocupar papel de destaque nas finanças da Petrobras. Segundo um consultor que presta serviço à Petrobras, a companhia deve preparar um plano eldquo;resiliente e flexívelerdquo; ao resultado das eleições. A estratégia da companhia, diz ele, deve sofrer ajustes finos a depender do próximo presidente, mas não mudará no essencial, que é o enfoque crescente em exploração e produção, negócio principal da estatal. A fonte confirma o aumento de investimento para fazer frente à campanha na Margem Equatorial, mas, também, para aumentar o rendimento do pré-sal. Em paralelo, diz o consultor, a companhia deve perseguir papel relevante na transição energética, mais centrada na descarbonização da cadeia que já domina, em vez de investimentos decisivos em energia renovável. Estes projetos devem aparecer no plano, mas ainda na condição de estudos. eldquo;Não vamos ver a Petrobras investindo em (energia) solar e eólica como faz a Shell. O core vai continuar a ser petróleo e gás e seu processamento. Então a política ESG (governança ambiental, social e corporativa, em inglês) ainda deve observar mais esse universoerdquo;, afirma uma fonte. A empresa, porém, deve indicar no PE 2023-2027 os primeiros passos para uma possível parceria com a norueguesa Equinor para gerar energia eólica offshore, avaliou. De fato, segundo o diretor Relacionamento Institucional e de Sustentabilidade, Rafael Chaves, os pilares do novo plano estratégico já têm norteado anúncios recentes da companhia. eldquo;O anúncio (de comercialização) do diesel R5 (5% renovável) mostra que o biorrefino é estratégico para a Petrobras, área em que a gente vai continuar investindoerdquo;, disse. eldquo;A gente já tem declarado que vai fazer uma planta dedicada para explorar o mercado de querosene de aviação baseado em conteúdo renovável.erdquo; Segundo Chaves, não há hierarquia na frente de sustentabilidade do plano, mas eldquo;três dimensões diferenteserdquo; que se equivalem: descarbonização do barril, o biorrefino, e a preservação de florestas e reflorestamento como apoio à essa agenda. eldquo;O biorrefino está mais maduro, mas todas (essas dimensões) são promissoras, seria prematuro dizer que uma virá em detrimento da outraerdquo;, afirmou. Um ponto de estresse da preparação do plano é a estratégia para o tamanho e nem tanto a natureza do parque de refino. Isso porque há clara polarização entre os dois candidatos à presidência: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tende à manutenção e até recompra de refinarias, enquanto o governo atual indica preferência pela venda desses ativos.

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Pix: limite para transferência poderá ser definido de acordo com perfil do cliente

O Banco Central (BC) está avaliando melhorias para a segurança do sistema de pagamento instantâneo Pix. Dois dos principais pontos são deixar a definição de limite para as transferências a cargo de cada instituição financeira e ampliar as fases de bloqueio de contas em caso de fraude reportada. As sugestões foram apresentadas pelo grupo de trabalho que acompanha a segurança do sistema de pagamentos. Como eldquo;donoerdquo; do produto, é o BC que determina as regras de operação e fiscaliza a operação do Pix. A preocupação com segurança é grande por duas razões principais: evitar que o sistema perda credibilidade por causa de vazamento de chaves e o aumento de golpes que usam da engenharia social para solicitar transferências Pix. Engenharia social é uma técnica empregada pelos criminosos na qual vítimas são induzidas a enviar dinheiro para o criminoso, sem a necessidade de invasão do sistema. Limite para transferência No último fórum Pix, em setembro, o BC apresentou um conjunto de medidas que já foram avaliadas e recebeu novas sugestões. Uma dessas medidas é a alteração de regra para que cada instituição financeira determine o limite de transferência Pix de cada cliente. Inicialmente, o BC não estabeleceu um limite geral para o Pix, cabendo a cada cliente estabelecer suas próprias regras. Mais recentemente, foi estabelecida uma limitação para transferências noturnas em R$ 1 mil, que pode ser ajustada pelos clientes. O que está em análise agora é que as instituições financeiras atribuam o limite, partindo da avaliação do perfil do cliente. Ainda que seja estabelecido um valor, o cliente que desejar poderia pedir elevação do mesmo. A avaliação é que os golpes envolvendo engenharia social emdash; como quando a pessoa recebe mensagens com pedidos de ajuda por mensagem de criminosos que se fazem passar por parentes ou amigos pedindo dinheiro emdash; ocorrem a qualquer horário, o que torna os clientes mais vulneráveis. Com cada instituição podendo definir os limites, seria possível analisar o perfil do cliente emdash; se é uma pessoa que faz transferência de grandes valores com frequência, por exemplo. A sugestão do grupo de trabalho é promover um congelamento para análise das transações de até cinco contas, com um mecanismo específico para o desbloqueio. Nesse mesmo encontro, a autoridade monetária já informou que vai acatar, por exemplo, um refinamento do questionário de autoavaliação de segurança e também permitir a marcação de CPFs e CNPJs por casos de suspeita de fraude, como o caso de laranjas e aluguel de contas. Esse seria um processo não relacionado diretamente ao Pix, mas permitiria eldquo;sinalizarerdquo; os donos de contas com movimentações suspeitas.

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ICL reforça o combate ao mercado de combustível irregular no Brasil

Combater a fraude seja na qualidade, quantidade ou mesmo na sonegação de impostos de produtos por parte das empresas é um desafio cada vez maior e no setor de combustíveis não é diferente. O setor de combustíveis representa 9% do PIB Nacional. No entanto, nos dois últimos anos, o Instituto Combustível Legal (ICL) conseguiu superar a marca de 600 milhões de litros de combustíveis retirados da irregularidade do mercado nacional como qualidade, quantidade, roubo de cargas e dutos, sonegação e não pagamento dos tributos. Além do instituto, as parceiras ANP, as Secretarias de Fazenda, a Receita Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Secretaria de Justiça e Cidadania, além de órgãos de defesa do consumidor, como Ipem, Procon e Ministério Público contribuíram para o resultado alcançado. A capacitação dos órgãos, associado ao trabalho de inteligência integrado e a criação de forças tarefas especificas, contribuíram para fortalecer o combate ao transporte, armazenamento e descaminho de produtos irregulares, além de garantir o correto recolhimento dos tributos para a União e Estados. eldquo;Estes esforços contribuem para o desenvolvimento econômico e social do paíserdquo;, comenta Carlo Faccio, diretor executivo do Instituto Combustível Legal.

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Gasolina caiu 31,54% em 3 meses e foi fundamental para deflação do IPCA, diz IBGE

A queda nos preços da gasolina, decorrente tanto do decreto de redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) quanto de cortes sucessivos nos preços das refinarias pela Petrobras, foi fundamental para a deflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos três meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA caiu 0,29% em setembro, após já ter recuado em agosto (0,36%) e julho (0,68%). O índice acumulou uma deflação de 1,32% em três meses de quedas, a maior queda trimestral da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. A última sequência de três deflações seguidas pelo IPCA ocorreu em 1998. eldquo;Foi o mesmo trimestre, julho, agosto e setembro de 1998, teve deflaçãoerdquo;, disse Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. No período, a queda acumulada nos três meses foi de 0,85%. Segundo o pesquisador, o que pesou mais para o recuo de preços foi a queda nos combustíveis, mas também houve contribuição das reduções na energia elétrica e no grupo comunicação, ambos também sob influência do decreto de redução de alíquota de ICMS. eldquo;Individualmente, o item que mais contribuiu para a deflação dos últimos três meses foi a gasolinaerdquo;, frisou Kislanov. A gasolina acumulou uma queda de 31,54% de julho a setembro, uma contribuição negativa de 2,13 pontos porcentuais para o IPCA do período. Ou seja, se o preço da gasolina tivesse permanecido estável, o IPCA teria subido, confirmou André Almeida, analista do Sistema de Índices de Preços do IBGE. Se retirada a gasolina da conta do IPCA, o índice teia aumentado 0,15% em setembro (em vez de -0,29%), calculou o IBGE. O resultado de agosto teria sido de alta de 0,32% (em vez de -0,36%), e o de julho, de aumento de 0,39% (em vez de -0,68%). eldquo;O efeito da gasolina acabou realmente provocando queda em setembro. Isso muito provavelmente ocorreu também em julho e agostoerdquo;, disse Kislanov. eldquo;Teve redução da alíquota máxima de ICMS. Além disso, a gente teve a Petrobras reduzindo o preço médio do litro do combustível nas refinarias de forma subsequentes.erdquo; No caso da conta de luz, Kislanov informou que o IPCA-15 de outubro sofrerá um ajuste para aprimorar a real incorporação de decretos estaduais retirando a cobrança do ICMS sobre serviços de transmissão e distribuição de energia elétrica. O instituto já tinha considerado legislações locais sobre o assunto para o cálculo do custo da energia elétrica, mas também considera nas contas as informações de concessionárias. Algumas concessionárias informaram ao instituto terem decidido voluntariamente não cobrar mais o ICMS sobre a transmissão, mas outras empresas permanecem cobrando o imposto, contrariando o determinado em decretos locais, portanto será necessário um ajuste no cálculo para refletir quanto o consumidor está de fato pagando pelo serviço. eldquo;Quando a gente viu que esse ICMS continuava a ser cobrado dos consumidores, vamos fazer ajustes para reincorporar esse efeito da cobrança do ICMS sobre transmissão e distribuiçãoerdquo;, explicou Kislanov. eldquo;A gente vai ter que fazer alguns ajustes no IPCA-15 de outubro.erdquo; Essa calibragem deve impactar o IPCA de outubro, assim como o reajuste de planos de saúde antigos autorizados pela ANS, que representam eldquo;11% desse mercado de planos individuaiserdquo;, contou Kislanov. Quanto à inflação mais branda nos últimos meses, o gerente do IBGE afirmou que faz parte também de uma tendência sazonal tanto para o IPCA quando para os preços dos alimentos. eldquo;O IPCA em geral costuma ter variações gerais menores no meio do ano do que no começo e no final do anoerdquo;, lembrou ele. Os preços do grupo Alimentação e bebidas caíram 0,51% em setembro, maior recuo desde maio de 2019, quando diminuiu 0,56%. eldquo;Tem efeito sazonal bastante significativo, porque você começa a ter no meio do ano uma redução maior no preço dos alimentoserdquo;, disse ele. O leite, que vinha subindo de forma acentuada, deu trégua em setembro com a aproximação do fim do período de entressafra, assim como o óleo de soja, acompanhando a redução na cotação do grão no mercado internacional. Os alimentos em geral vinham com pressão de custos, refletindo efeitos como o da guerra da Rússia na Ucrânia. eldquo;Teve inflação de custos para o setor agrícola em geral. O que ocorre agora é que os preços ficaram mais estáveis. Em inflação, os preços sobem num período, depois ficam mais estáveis. Você pode ter acomodação dos preços, mas acomodação em patamar altoerdquo;, explicou.

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Opep corta previsão de crescimento de demanda de petróleo para 2022 e 2023

A Opep cortou nesta quarta-feira (12) sua previsão de crescimento da demanda de petróleo para 2022 pela quarta vez seguida desde abril e também reduziu os números do próximo ano, citando economias em desaceleração, a retomada de medidas de contenção de Covid-19 na China e a alta inflação. A demanda por petróleo subirá em 2,65 milhões de barris por dia, ou 2,7%, em 2022, disse a Organização dos Países Exportadores de Petróleo em relatório mensal, uma queda de 460 mil barris por dia em relação à previsão anterior. "A economia mundial entrou em um período de incerteza elevada e desafios cada vez maiores, com altos patamares de inflação, aperto monetário de grandes bancos centrais, níveis altos de dívida soberana em muitas regiões, além de problemas contínuos de fornecimento", disse a Opep no relatório. O cenário de demanda menor dá mais contexto para a decisão da semana passada da Opep e seus aliados, conhecidos como Opep+, de realizar seu maior corte em produção desde 2020 para apoiar o mercado. Os Estados Unidos criticaram a medida. Mesmo depois da redução, a Opep ainda espera que o crescimento da demanda seja maior este ano e no próximo do que a Agência Internacional de Energia, que emitiu suas últimas previsões na quinta-feira. Para o próximo ano, a Opep vê a demanda por petróleo subindo em 2,34 milhões de barris por dia, 360 mil barris a menos que a previsão anterior, para 102 milhões de barris. A Opep ainda espera que a demanda em 2023 exceda os níveis pré-pandemia. A Opep cortou sua previsão de crescimento econômico global para 2022 de 3,1% para 2,7%, reduziu a previsão do próximo ano para 2,5% e citou potencial de enfraquecimento ainda maior. As cotações do petróleo, que vêm enfraquecendo em resposta a temores sobre a economia, caíram depois que o relatório foi divulgado, negociados abaixo de 94 dólares o barril. Durante a maior parte do ano, a Opep+ tem aumentado a produção de petróleo para desfazer cortes recordes colocados em vigor em 2020 após a pandemia cortar a demanda. O relatório mostrou que a produção da Opep cresceu em 146 mil barris por dia, para 29,77 milhões de barris em setembro, liderada por Arábia Saudita e Nigéria. Ainda assim, a Opep está bombeando muito menos do que o exigido pelo acordo da Opep+ devido ao subinvestimento em campos de petróleo de alguns membros. A Opep espera que a demanda mundial pelo seu óleo tenha uma média de 29,4 milhões de barris por dia no próximo ano, uma queda de 300 mil barris ante o mês passado, o que implica um superávit de 370 mil barris por dia se a produção continuar no nível de setembro e outras coisas permanecerem iguais. Ainda assim, o corte de produção da Opep+ acertado semana passada vale para 2023 inteiro e é muito maior, em dois milhões de barris por dia. (Reuters)

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