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Preço médio do etanol sobe 1,22% no país, diz ANP

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 20 estados, caíram em 4 estados e no Distrito Federal e ficaram estáveis em 2 estados na semana entre 30 de abril e 6 de maio. O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol subiu 1,22% na semana em relação à anterior, de R$ 4,10 para R$ 4,15 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 0,25% na semana, de R$ 4,04 para R$ 4,05. A maior alta porcentual na semana ocorreu no Paraná, onde o litro do etanol, que custava em média R$ 4,10, passou a custar R$ 4,37 (+6,59%). A maior queda porcentual ocorreu no estado do Amapá, de 2,91%, de R$ 5,50 para R$ 5,34 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,99 o litro, em São Paulo. O maior preço estadual, de R$ 6,50, foi registrado em Alagoas. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,81, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,34 o litro. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país subiu 6,68%, de R$ 3,89 para R$ 4,15 o litro. O estado com maior alta porcentual no período foi o Amazonas, com 12,16% de aumento no período, de R$ 4,36 para R$ 4,89 o litro. Já o estado com maior queda porcentual no mês foi o Rio Grande do Norte, com -1,75%, de R$ 4,58 para R$ 4,50 o litro. Competitividade O etanol ficou competitivo em relação à gasolina somente em Mato Grosso na semana entre 30 de abril e 6 de maio. No restante dos estados e no Distrito Federal, continuava mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. No período, na média dos postos pesquisados no país, o etanol está com paridade de 75,18% ante a gasolina, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo. Em Mato Grosso, a paridade estava em 68,77%. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

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Braskem se recupera no 1º tri, mas foco é a venda da companhia

Os resultados da Braskem no primeiro trimestre mostraram recuperação frente aos três últimos meses do ano passado, mas ainda refletiram spreads petroquímicos mais fracos e taxas de operação contidas, diante da demanda morna. Os números do intervalo, que vieram todos em terreno positivo, contudo, chamaram menos atenção do que a potencial venda da companhia, na esteira da oferta não vinculante feita em conjunto por Apollo e Adnoc (Abu Dhabi National Oil Company). Para continuar lendo, clique aqui.

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Petróleo sobe com planos dos EUA de reabastecer reserva estratégica

Os preços do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, revertendo uma queda de mais de 2% no início da sessão, diante de planos do governo dos Estados Unidos para reabastecer a reserva emergencial de petróleo do país e antecipando uma demanda sazonal mais alta. O petróleo Brent subiu 0,43 dólar, ou 0,6%, a 77,44 dólares o barril, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) avançou 0,55 dólar, ou 0,8%, a 73,71 dólares. Ambos os contratos de referência caíram cerca de 2,5% no início da sessão, após dois dias de ganhos. Os planos do governo do presidente Joe Biden de começar a comprar petróleo para reabastecer a Reserva Estratégica de Petróleo ajudaram a cobrir posições vendidas especulativas, disse Robert Yawger, diretor executivo de futuros de energia da Mizuho. A secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, disse que o governo poderia começar a comprar de volta o petróleo bruto para a Reserva Estratégica de Petróleo no final deste ano, depois que Biden no ano passado determinou a maior venda até agora do estoque. Um relatório da Energy Information Administration (EIA) apontando para uma maior demanda sazonal e uma produção menor do que o esperado também apoiou os preços.

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IBP discute transição energética na Câmara dos Deputados

O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, participou nesta terça-feira (09/5) de audiência pública na Comissão de Minas e Energia, da Câmara dos Deputados, que discutiu as oportunidades e desafios da implementação da transição energética no Brasil. Para Ardenghy, o processo de transição energética é uma realidade e o Brasil se encontra em posição privilegiada. eldquo;Para se ter ideia, no mundo o setor de óleo e gás representa 76% das emissões globais e no Brasil apenas 18%. Nós praticamente já atingimos algumas metas do acordo de Pariserdquo;. O executivo lembrou que a demanda por energia continuará crescendo, com a sociedade demandando um petróleo cada vez mais descarbonizado. eldquo;Até 2050, o consumo de energia mundial aumentará em 50%. Somos capazes de produzir petróleo com fator de emissão muito abaixo da média mundial, comparado com Rússia, Canadá, por exemplo. No futuro, o cliente vai exigir um produto cada vez mais descarbonizadoerdquo;, disse Ardenghy. Na visão do presidente do IBP, a transição enérgica congregará diversas tecnologias e soluções simultaneamente, escalando até atingir uma energia totalmente renovável. Ardenghy reforça que o gás natural é o energético para realizar a transição em todo o mundo e acredita que o biorrefino é uma opção para o futuro do setor de combustíveis. eldquo;O Brasil é um grande produtor de biocombustíveis derivados de biomassa. Temos o HVO, de origem vegetal, por exemploerdquo;, lembrou. O executivo reforçou ainda o pleito do setor para diversificar o portfólio de combustíveis ofertados com a produção de novas rotas tecnológicas. eldquo;Pedimos ao governo que nos autorize a produzir esse diesel verde, com a vantagem do Renovabio, que podemos utilizar na produção do SAF (combustível de aviação). Temos muitas alternativas, queremos dar um futuro ao refino brasileiro para continuarmos gerando emprego e rentabilidade para o setorerdquo;, concluiu Ardenghy.

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Petrobras nega parceria com Mubadala para trocar ações da refinaria de Mataripe por Braskem

A Petrobras informou que eldquo;não são verídicas as informações que a companhia está discutindo parceria com o fundo Mubadala, o fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, para trocar as ações da refinaria de Mataripe, na Bahia, por ações da Braskemerdquo;. A estatal ainda nega conduzir estruturação de operação de venda no mercado privado e afirma que não participa de negociações citadas pela imprensa local. Segundo a Petrobras, eldquo;todas as ações relacionadas à sua participação na Braskem exigem análise cuidadosa sob a perspectiva de gestão de portfólio e devem ser conduzidas com observância das práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveiserdquo;. O Mubadala anunciou no mês passado o investimento de R$ 12 bilhões, nos próximos dez anos, na refinaria de Mataripe. A expectativa é produzir anualmente 1 bilhão de litros de eldquo;diesel verdeerdquo; ou HVO (Hydrotreated Vegetable Oil), o que vai reduzir em até 80% as emissões de COe#8322; com a substituição do combustível fóssil. A nova planta vai utilizar a infraestrutura da Refinaria de Mataripe, como água, energia, vapor e o Terminal Madre de Deus (Temadre), adquirido com a unidade. Será construída uma unidade de geração de hidrogênio sustentável, para o hidrotratamento dos combustíveis. A previsão é iniciar as obras já em janeiro de 2024.

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Impostos explicam altos preços dos carros no País

Surpreso com os preços dos carros no País, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu transformar a questão em pauta de governo, para permitir que os mais pobres possam comprar o seu carrinho. Nada mais justo. Afinal, com os carros mais baratos à venda no mercado custando quase R$ 70 mil, o equivalente a 27 vezes a renda média mensal dos brasileiros, de cerca de R$ 2.800, segundo o IBGE, ficou difícil, quase impossível, para um contingente significativo da população, conseguir comprar um carro zero. Agora, como ex-metalúrgico e presidente da República pela terceira vez, Lula deveria saber endash; se é que não sabe endash; que o alto custo dos veículos aqui se deve principalmente a um único fator: IMPOSTOS, IMPOSTOS E IMPOSTOS. Se quiser realmente baixar os preços dos automóveis, em especial os mais eldquo;populareserdquo;, Lula não precisaria eldquo;quebrar a cabeçaerdquo; nem realizar reuniões de ministros e seus assessores com executivos das montadoras e dos bancos, para encontrar uma solução para a questão. Bastaria propor um corte de impostos que os preços dos carros cairiam quase pela metade, ampliando da noite para o dia o acesso da população ao produto. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), os impostos representam 42% dos preços dos veículos no País endash; 30% relativos a tributos federais e 12%, estaduais. Um carro de R$ 70 mil, por exemplo, custaria R$ 40,6 mil (US$ 8,1 mil ao câmbio atual) sem os tributos, aproximando-se dos preços dos veículos no exterior. Considerando só os impostos federais, o preço cairia para R$ 49 mil (US$ 9,8 mil). Em uma pesquisa com 13 países que realizei 2010, para uma reportagem que produzi sobre o tema para a revista Época, onde trabalhava na ocasião, o Brasil tinha o preço mais caro de carro. Um Corolla XEI 2.0 com câmbio automático, por exemplo, que custava R$ 75 mil no Brasil, saía por R$ 32, 8 mil nos Estados Unidos, R$ 37,2 mil no México, R$ 46,8 mil na Argentina, R$ 50,3 mil na Índia e R$ 50,7 mil na Alemanha. Embora os preços obviamente tenham subido desde então e tenham sido afetados em reais pela variação cambial registrada no período, pouca coisa mudou de lá pra cá na área tributária. Resta saber se, com as contas públicas no vermelho e as incertezas sobre o equilíbrio fiscal do País em alta, faz sentido o governo cortar impostos incidentes sobre os automóveis e abrir mão de uma arrecadação considerável, para turbinar as vendas. De acordo com informações do setor, a indústria automobilística recolhe perto de R$ 70 bilhões por ano só em impostos diretos, o equivalente a cerca de 30% do déficit público de 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto) previsto no Orçamento federal em 2023. Fica a dúvida também se um governo que está propondo uma reforma tributária para acabar com privilégios setoriais e um ajuste fiscal pelo aumento da receita, apesar de a carga de impostos já ser equivalente a 35% do PIB, estaria disposto a seguir por esse caminho, depois de criticar e rever o corte de tributos sobre os combustíveis adotado no governo Bolsonaro. A solução para o problema, porém, está ao alcance de suas mãos.

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