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Bolsonaro diz que preço da gasolina continuará baixo ano que vem

O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse a prefeitos mineiros durante evento de campanha realizado em Belo Horizonte que o preço da gasolina continuará baixo no ano que vem. "Eu abri mão de todo imposto federal e o preço da gasolina despencou. E é uma política definitiva, fixada em lei. O preço da gasolina continuará baixo no ano que vem", afirmou Bolsonaro. O candidato voltou a dizer que o Bolsa Família era "uma miséria", e que seu governo criou o Auxílio Brasil de R$ 600, o triplo do valor do antigo programa criado pelo PT. Bolsonaro citou outras ações feitas na sua gestão, como a criação do Pronampe, do Pix, e a entrega de 420 mil títulos de terra a assentados. O candidato chegou em Belo Horizonte por volta das 13h30, no avião presidencial. Após o evento, a previsão era de que ele daria entrevista por Instagram para Bella Falconi. Pedágio para motociclistas Em Belo Horizonte, Bolsonaro também destacou como um de seus feitos cumprir a promessa de isentar motociclistas de pagar pedágio em rodovias federais. A medida é válida apenas nas rodovias federais administradas pelo poder público. Bolsonaro também disse que o governo decidiu manter a cota mínima de 762 metros acima do nível do mar para o Lago de Furnas, na Bacia Hidrográfica do Rio Grande. A cota permite o uso das águas para atividades além da geração de energia, como turismo e piscicultura. Nos últimos anos, o lago ficou abaixo desse nível porque foi aumentada a vazão para geração de energia. Isso afetou as atividades turísticas na região. Bolsonaro comemorou ainda o início da produção de lítio no Vale do Jequitinhonha. O presidente também informou que eldquo;na semana que vem deve ser anunciado que no Brasil o número de mortes por 100 mil habitantes ficou abaixo de 20erdquo;. eldquo;É o Brasil saindo da chacina, das mortes comparadas a guerra civil. É o Brasil que está dando certo", disse Bolsonaro.

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E se taxarmos os lucros das petroleiras para financiar a transição energética?

A humanidade enfrenta um momento decisivo, apesar de vastos setores da classe dominante continuarem negando. É necessário avançar com a transição e parar de acumular ativos que aumentem o risco financeiro tradicional (ou de transição), ao mesmo tempo em que aumenta o risco de transbordamento associado ao escasso peso que temos no mercado energético global. Certamente não sobram divisas suficientes para desperdiçar receitas, nem recursos fiscais para dar rendas. A transição energética requer financiamento, e nesse sentido existem diversos instrumentos que poderiam ser utilizados, ou seja, ferramentas que estão no poder do soberano para autofinanciar a transição. Uma delas é o imposto sobre lucros extraordinários. Neste marco, vale destacar uma série de declarações de diferentes líderes políticos que permitem vislumbrar o futuro da transição, além dos discursos que surgem em relação à emergência climática. O discurso do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na 77ª sessão plenária, destacou a "avareza grotesca" das empresas petrolíferas à custa dos mais pobres do mundo "enquanto destroem nosso único lar". Se a Guerra da Ucrânia permitiu o crescimento de seus patrimônios, a necessidade de aprofundar a transição clama pela imposição de um imposto extraordinário. A persistência do conflito bélico, no fim, desatou uma crise energética e alimentícia. Fruto da escalada dos preços, o governo alemão de Olaf Scholz decidiu impor um imposto extraordinário aos geradores de eletricidade (não alimentados por gás) para evitar que acumulem lucros extraordinários dissociados de seus custos de produção. Atitude similar foi adotada na Espanha por Pedro Sánchez, que impôs uma taxa extraordinária às empresas energéticas. Outra parece ser a atitude adotada pela nova primeira-ministra da Grã-Bretanha, Liz Truss, que promete voltar às políticas de redução de impostos defendidas pelo neoliberalismo nos anos 1990, um desafio com aumentos tarifários que asfixia a maioria dos lares britânicos. Truss se apresenta como agente de mudança, apesar de suas decisões políticas não passarem de dogmatismo neoliberal: mais desregulamentação, menos Estado e uma esperança de transbordamento que se repete desde a década de 1980, sem outro êxito que o aumento da desigualdade. Não há relação alguma entre uma redução de impostos e o desenvolvimento econômico. Em um contexto de emergência climática, é necessário mais investimento tanto em mitigação quanto em adaptação. Todo governo deveria priorizá-lo. Mais preocupante, porém, é seu ceticismo em matéria climática, o que geraria um forte retrocesso na transição. Isso explica a recente decisão do governo de reverter a proibição do "fracking", mesmo que qualquer alternativa limpa seja mais rentável, apesar dos altos custos que atualmente afetam o setor. Vale ressaltar que, no primeiro quadrimestre, o excedente também alcançou as empresas operando na região com fortes lucros. Receitas extraordinárias beneficiaram Ecopetrol, Petrobras, Pemex e YPF, embora só esta última tenha aumentado sua produção no período. Na verdade, os resultados estão impulsionando novos investimentos e incentivando os governos a avançar com novas infraestruturas. O presidente Alberto Fernández, da Argentina, por exemplo, disse a um grupo de empresários do petróleo em Houston sobre o interesse do governo argentino em novos investimentos na Vaca Muerta. E, como tem ocorrido desde os anos 1990, ele lhes prometeu garantias especiais, proteção aos seus investimentos, garantia de livre disponibilidade de divisas e regimes fiscais especiais. Mas não há necessidade de olhar para trás para destacar os problemas que o Tratado Energético gera ao soberano: o excesso de garantias concedidas por esse marco legal desafia toda política de transição. Segundo Fernández, "temos uma abundância não só de petróleo, que continuará sendo utilizado por mais alguns anos, mas também de gás, e vendo o que está acontecendo na crise entre a Rússia e a Ucrânia, sinto que a Argentina tem uma enorme oportunidade". A isso acrescentou que "temos que construí-la juntos: o Estado e os empresários". Um discurso com matiz neodesenvolvimentista que desconhece a natureza efêmera do momento e os riscos envolvidos na transição. Por outro lado, felizmente, estão surgindo outras vozes na região. O governo de Gustavo Petro, na Colômbia, tem como objetivo descontinuar a produção de petróleo e proibir toda atividade de exploração, enquanto a legislatura iniciou um novo debate sobre a proibição de "fracking" que tem o apoio da ministra do Meio Ambiente, Susana Muhamad. Enquanto isso, o ministro da Fazenda e do Crédito Público, José Antonio Ocampo, defendeu perante o Congresso a sanção de um imposto extraordinário sobre o carvão e o petróleo. Em suma, todo um conjunto de iniciativas destinadas a iniciar a transição. Essas medidas propostas pelo novo governo colombiano expõem a natureza obsoleta de muitos dos discursos ainda ouvidos na América Latina.

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Membros da Opep+ se alinham para endossar corte na produção de petróleo após alegação dos EUA

Os Estados membros da Opep+ se alinharam neste domingo (16) para endossar um forte corte na produção de petróleo acordado neste mês depois que a Casa Branca, intensificando uma guerra de palavras, afirmou que a Arábia Saudita havia pressionado outras nações a se aliarem à medida. O Iraque, segundo maior exportador da Opep, disse que a decisão foi baseada em indicadores econômicos e tomada por unanimidade. "Há total consenso entre os países da Opep+ de que a melhor abordagem para lidar com as condições do mercado de petróleo durante o atual período de incerteza e falta de clareza é uma abordagem preventiva que apoie a estabilidade do mercado e forneça ao futuro a orientação necessária", disse a empresa estatal de petróleo do Iraque SOMO em comunicado. Omã e Bahrein também disseram em declarações separadas que a Opep+ endash;que inclui outros grandes produtores, principalmente a Rússiaendash; foi unânime em decidir sobre a redução de dois milhões de barris de petróleo por dia. O ministro de Energia da Argélia chamou a decisão de 5 de outubro de "histórica". Ele e o secretário-geral da Opep, Haitham Al Ghais, atualmente visitando a Argélia, expressaram sua total confiança na proposta, segundo a TV Ennahar da Argélia. O corte ocorre apesar dos mercados de petróleo estarem apertados, com os estoques de importantes economias em níveis mais baixos do que quando a Opep cortou a produção no passado. (Reuters)

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Diesel: Defasagem sobe 16% e para atingir paridade aumento deve ser de R$ 0,97 por litro, diz Abicom

A defasagem do diesel no mercado interno disparou 16% em relação ao mercado internacional, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Para alinhar o preço praticado nas refinarias brasileiras, o aumento do combustível deveria ser de R$ 0,97 por litro. O aumento da defasagem está sendo verificado em praticamente todos os portos brasileiros dedicados aos combustíveis, com exceção da Bahia, onde funciona a refinaria privatizada pela Petrobras no final do ano passado, a Refinaria de Mataripe. No porto baiano de Aratu, a defasagem é de 11%, segundo a Abicom. A demanda pelo diesel vem sendo pressionada pelo início do tempo frio no Hemisfério Norte e deve se agravar no final do ano, segundo especialistas. Já o preço da gasolina está com defasagem de 12%, com possível aumento de R$ 0,43 por litro para atingir a paridade com o mercado internacional. A maior diferença está sendo registrada no porto de Araucária, no Paraná, cujos preços estão 16% abaixo do praticado fora do País. Ao contrário da Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, que reajusta seus preços semanalmente para garantir a paridade com a importação, a Petrobras não reajusta o diesel há 24 dias e a gasolina há 42 dias. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, existe pressão por parte do governo para que nenhum aumento seja concedido até o fim do segundo turno das eleições presidenciais, marcado para o próximo dia 30.

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Petrobras (PETR4) inicia divulgação de venda de fatia na POSA; confira

A Petrobras (PETR4) informou nesta sexta-feira (14) que iniciou a etapa de divulgação da oportunidade (teaser), referente à venda de 100% de sua participação acionária na Petrobras Operaciones S.A. (POSA), subsidiária integral da estatal na Argentina e detentora de participação de 33,6% no Campo de Rio Neuquén. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que a operação está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor e maior retorno à sociedade. A POSA é uma empresa constituída na Argentina e tem como único ativo o campo de Rio Neuquén. A Petrobras possui participação na POSA por meio de suas subsidiárias PIB BV (Petrobras International Braspetro B.V.), com 95%, e PVIE (Petrobras Valores Internacionais de España), com 5%. Junto com a POSA, no ativo de Rio Neuquén, também são sócios a YPF S.A (YPF), operadora do campo, com 33,3% de participação, e a Pampa Energia (Pampa), com 33,1%. A produção de Rio Neuquén é majoritariamente oriunda de reservatórios não convencionais (tight gas) das formações Punta Rosada e Lajas. Em setembro de 2022, a produção da POSA foi de 1,52 MM m³/d de gás natural e 0,7 mil bpd de óleo, condensado e gasolina. O teaser, que contém as principais informações sobre a oportunidade, bem como os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes, está disponível no site da Petrobras: https://investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-e- comunicados/teasers.

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Petróleo fecha em queda de mais de 3%, influenciado por dólar forte e demanda

O petróleo fechou em queda de mais de 3% nesta sexta-feira, 14, influenciado pelo dólar forte, com investidores também atentos a riscos para a demanda da commodity. Perto das 16h30, o dólar à vista subia 1,14%, aos R$ 5,3332. O contrato do WTI para novembro fechou em baixa de 3,93% (US$ 3,50), em US$ 85,61 o barril, na Nymex, e o Brent para dezembro recuou 3,11% (US$ 2,94), a US$ 91,63 o barril, na ICE. Na comparação semanal, o WTI caiu 7,59% e o Brent recuou 6,42%. A queda forte na semana deve ser colocada em perspectiva, já que na semana anterior os contratos haviam registrado altas de 16,64% e 15,01%, respectivamente, apoiados pelo corte na produção anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Nesta sexta, o quadro foi piorando ao longo da sessão, conforme o dólar se fortalecia. Esse movimento no câmbio torna o petróleo mais caro para os detentores de outras divisas, o que contém o apetite dos investidores. Além disso, dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reforçaram expectativa de aperto monetário, diante da inflação, o que tende a ser negativo para a atividade. A Capital Economics vê o mercado de trabalho entre duas forças conflitantes. De um lado, a oferta está eldquo;apertadaerdquo;, mas de outro a demanda eldquo;se deterioraerdquo;. De qualquer modo consultoria acredita que o déficit no mercado de petróleo no quarto trimestre deste ano tende a levar os preços um pouco para cima. A Oxford Economics, em linha similar, acredita que os preços do petróleo eldquo;devem seguir elevadoserdquo;, apoiados pelo recente corte na produção da Opep+. Também no noticiário, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que ainda não há uma decisão sobre o nível de preço para o teto que Washington e aliados desejam impor para o petróleo da Rússia.

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