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Etanol está mais competitivo em relação à gasolina apenas no estado do Mato Grosso

O etanol ficou competitivo em relação à gasolina somente em Mato Grosso na semana entre 9 e 15 de abril. No restante dos Estados e no Distrito Federal, continuava mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. Conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas, no período, na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 70,78% ante a gasolina, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo. Em Mato Grosso, a paridade estava em 65,04%. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.(Estadão Conteúdo)

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SIM lança primeiro marketplace B2B de combustíveis

A rede gaúcha SIM avança em direção ao mundo online com o lançamento da SIM Digital, primeira plataforma de marketplace B2B do país voltada exclusivamente ao segmento de combustíveis e derivados no país. A iniciativa conta com site e aplicativo nas plataformas Apple e Android. O marketplace foi desenvolvido para atuar com foco em diversos segmentos como agricultura, transportes, grupos geradores de energia, construção civil e centros automotivos. Mas, neste momento, começará introduzindo ao mercado digital os produtos das empresas SIM, como o SIM Rede de Postos, SIM Distribuidora, SIM Lubrificantes, Querodiesel e Distribuidora Charrua. Com o passar do tempo, irá operar como um marketplace tradicional, incorporando diversos parceiros. Responsável por desenvolver e implementar o negócio, Luiz Henrique Abrantes Escobar possui mais de 30 anos de experiência no varejo e e-commerce e explica que essa plataforma é importante para que parceiros comerciais possam oferecer seus produtos e serviços com facilidade. "Dentro do nosso ambiente e usando a nossa marca simdigital.com.br ou nosso aplicativo SIM Digital que vai estar à disposição das empresas para terem seus clientes e poderem fazer suas compras direto com eles, essas companhias vão podemos oferecer seus produtos e serviços para atingir esse público", afirma o executivo. Escobar destaca que o potencial do B2B digital ainda é pouco explorado no Brasil, e a SIM busca preencher essa lacuna no mercado. "Nos Estados Unidos, o mercado B2B digital é o dobro do mercado B2C, ou seja, o mercado entre empresas é o dobro do mercado para o consumidor final, e nós estamos falando de um país que tem a Amazon. No Brasil, o B2B é muito pequeno no digital", diz. A perspectiva é que, com a tecnologia e com o approach certo das empresas, a tendência é um desenvolvimento muito rápido do B2B digital no Brasil. "Essa iniciativa de uma rede com a robustez da SIM, com o tamanho e alcance em uma região importante do Brasil vai fazer com que o mercado olhe mais para isso do que olhou até agora", acredita.

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Reforma tributária tem condição inédita de avançar, diz CNI

Armando Monteiro, conselheiro emérito da CNI (Confederação Nacional da Indústria), faz previsão de que a reforma tributária tem chance de avançar desta vez porque o país reuniu condições que nunca teve antes. "Acompanho esse tema há 25 anos. A sociedade viu que o sistema está esgotado, há um raro consenso na esfera federativa com apoio à PEC 45, a convergência sobre o IVA, a iniciativa do Congresso com as duas PECs e o compromisso do governo", afirma. Na opinião do ex-senador, o conflito entre os diferentes setores na reforma tributária deve ser superado conforme avançar o esclarecimento das propostas e a adoção de alíquotas diferenciadas para neutralizar o impacto sobre os segmentos mais sensíveis. Sobre a avaliação do setor de serviços de que pode acabar prejudicado, Monteiro afirma que a economia é um sistema de vasos comunicantes. "A indústria é muito demandante de serviços. Não tem essa ideia de que um setor ganha isoladamente. Quando a indústria cresce, serviços crescem. A indústria dá suporte ao agro. Há muitas situações no setor terciário em que não há qualquer prejuízo", diz. Monteiro ressalva que as áreas de serviços mais afetadas são aqueles prestados ao consumidor final. "Aí o projeto prevê, na PEC 110, para tratar de forma diferenciada alguns setores mais sensíveis, o que significa a possibilidade de ter alíquotas mais baixas para serviços como educação, saúde, transporte público. Nessas áreas que afetam de forma mais direta o consumidor final e que são essenciais, a própria proposta já prevê a possibilidade de definir um tratamento favorecido diferenciado a esses setores", afirma.

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Sem ativos da Petrobras, consolidação é opção de expansão para petroleiras

As empresas independentes do setor de petróleo e gás podem se tornar alvo de um movimento bilionário de fusões e aquisições (MeA, na sigla em inglês), em um momento em que as companhias do setor começam a direcionar o foco para novas estratégias de crescimento futuro. A busca por alternativas que garantam a expansão ocorre diante da expectativa de interrupção na venda de poços já maduros pela Petrobras na atual gestão petista. Com isso, essas companhias estão atentas atrás de possibilidades para seguirem entregando crescimento aos seus acionistas. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Shell planeja produzir etanol a partir de planta da tequila

A Shell assinou na quinta-feira uma parceria com o Senai Cimatec para iniciar a segunda fase do programa BRAVE (desenvolvimento de agave no Brasil, na sigla em inglês). A iniciativa pretende usar a planta que serve de matériaprima para a produção de tequila como fonte de biomassa para a produção de etanol, biogás e outros produtos no sertão nordestino. A assinatura do acordo ocorreu em Conceição do Coité, município baiano produtor de sisal, fibra natural produzida a partir do agave. Segundo a petroleira, serão construídas plantas-piloto para validar o escalonamento dos processos dentro do Senai Cimatec Park, em Salvador. eldquo;A nova etapa do BRAVE prevê o desenvolvimento de tecnologias de mecanização para o plantio e a colheita e de processamento de diferentes espécies de agave. Ambas as frentes de atuação vão correr simultaneamente, ao longo de cinco anoserdquo;, afirmou a Shell em seu comunicado. O programa BRAVE Mec, de mecanização do plantio e da colheita, vai gerar soluções tecnológicas para processos que são executados atualmente de forma manual ou utilizando implementos de baixo nível eldquo;O BRAVE consegue entregar resultados em todos os pilares. É um projeto realmente diferenciado, inovador e transformacionalerdquo; Alexandre Breda Gerente de Tecnologia de Baixo Carbono da Shell Brasil eldquo;Nossa intenção é usar 100% do potencial do agave para obter etanol, visando a uma nova cadeia de negócioserdquo; André Oliveira Gerente executivo do Senai Cimatec tecnológico, enquanto o BRAVE Ind, que se refere ao processamento das espécies, prevê desenvolver a rota de processamento do agave para obtenção do etanol de primeira e segunda gerações, biogás, além de coprodutos. CUSTOS. Com investimento de aproximadamente de R$ 100 milhões, o BRAVE é financiado pela Shell Brasil com recursos da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na primeira fase de pesquisas de desenvolvimento, a Shell teve parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e conta também com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). eldquo;Dentro da estratégia da Shell elsquo;Impulsionando o Progressoersquo; temos quatro pilares: gerar valor para acionistas, impulsionar vidas, respeitar a natureza e zerar emissões líquidas de carbono, e o BRAVE consegue entregar resultados em todos os pilares. É um projeto realmente diferenciado, inovador e transformacionalerdquo;, disse Alexandre Breda, gerente de Tecnologia de Baixo Carbono da Shell Brasil. TRANSIÇÃO ENERGÉTICA. Atualmente, a Shell Brasil investe cerca de R$ 600 milhões em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento no País, sendo 30% dessa verba destinada a iniciativas para a transição energética, como é o caso do programa BRAVE, informou a companhia. eldquo;A nossa intenção é utilizar 100% do potencial do agave, não só a fibra do sisal, para obter etanol de primeira e segunda gerações, visando à implantação de uma nova cadeia de negócioserdquo;, explica André Oliveira, gerente executivo do Senai Cimatec. ebull;

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Como a mudança nas regras do ICMS vai impactar o preço da gasolina

Entre as dezenas de impostos cobrados no Brasil, o ICMS talvez seja o mais conhecido pela população, ou, ao menos, o mais comentado nos últimos meses. Até o ano passado, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços era a maior fonte de arrecadação dos estados, mas foi reduzido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em uma medida tributária para baixar o valor do combustível. A validade da medida acabaria em dezembro de 2022, mas foi mantida por Lula até março deste ano, quando o preço da gasolina e do etanol voltou a aumentar no país. Atualmente, cada estado brasileiro define a alíquota do ICMS que será cobrada por litro de combustível. Além disso, o imposto é cobrado em diversas fases da comercialização do produto, desde a refinaria até a bomba. No entanto, um acordo entre os governos estaduais e o STF vai mudar o cenário: foi definido que os estados devem cobrar um valor único nacional em reais por litro de combustível, e apenas em uma fase, a de produção. Na prática, no entanto, a alteração será indigesta para os consumidores da maioria dos estados. Em todo o Brasil, a alíquota de ICMS incidente sobre a gasolina passará a ser de R$ 1,22, o valor é menor do que os R$ 1,45 que os estados pretendiam cobrar, mas está acima da alíquota atual na maior parte do país. Para se ter uma ideia, de acordo com dados da Federação Nacional de Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), na primeira quinzena de abril, em São Paulo, foi cobrado R$ 0,96 referente ao imposto de cada litro de gasolina. Com a nova regra, a gasolina ficará R$ 0,26 mais cara. Entre todos os estados brasileiros, haverá redução apenas no Amazonas e no Piauí, onde é cobrado, respectivamente, R$ 1,33 e R$ 1,24 de ICMS atualmente. A nova regra passa a valer a partir de 1º de junho. Até lá, os governos seguirão cobrando o ICMS com base em um percentual sobre preço estimado de venda do produto, que é recalculado a cada 15 dias. Para o diesel, o novo ICMS entra em vigor a partir de 1º de maio, a tarifa única foi definida em no máximo R$ 0,9424 por litro, maior do que é cobrada atualmente na maior parte do país. Somente Amazonas, Alagoas, Amapá, Ceará, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe teriam queda no preço final, já que cobram uma tarifa mais alta atualmente. Os secretários de Fazenda dos estados e Distrito Federal, por meio da COMSEFAZ, afirmaram ao UOL Carros que aprovaram a norma, que determina que a alíquota deverá ser monofásica e uniforme em todo território nacional. No entanto, afirmam que "é inerente ao processo de uniformizar as alíquotas indistinguir as diversas realidades locais. Não há caminho possível que evite efeitos iniciais diferentes dos observados hoje, onde as alíquotas se adaptam à diversidade de realidades brasileiras". Eles também afirmam que a percepção da mudança por parte dos cidadãos nessa mudança será diversa, já que, para eles, a redução tributária dos combustíveis também causa transtornos à população. "Com a redução da tributação desses poluentes, as finanças estaduais foram de tal forma impactadas que o ICMS deixou de ocupar o posto de tributo de maior arrecadação do país, posição que passou a ser ocupada pelo Imposto de Renda. A redução do financiamento público será sentida principalmente pelas classes sociais menos favorecidas que dependem mais dos serviços públicos estaduais (e municipais, também afetados) que precisarão ser apequenados na nova realidade orçamentária", disse o COMSEFAZ, conselho que reúne os secretários de Fazenda dos estados. O que esperar do preço da gasolina Além da nova alíquota de ICMS, que a partir de junho vai aumentar a tributação sobre a gasolina, outros fatores devem impactar o preço do combustível. Se a Petrobras continuar seguindo a política de preços por paridade de importação, que leva em consideração o custo de produção internacional do combustível, o preço vai aumentar ainda mais, explica o economista Igor Lucena. Isso acontecerá devido à decisão da Opep+, grupo de 23 países produtores e exportadores de petróleo que se reúne para decidir quanto petróleo bruto vender no mercado mundial, de reduzir a quantidade de barris disponíveis. "A Opep+ começou a cortar um milhão de barris de petróleo por dia. Com menor oferta, é natural que o preço suba. O que vai definir como isso vai impactar na bomba é a decisão do governo: respeitar a política de preços vigente ou usar reduzir a margem de lucro da Petrobras para subsidiar o preço da gasolina. Ele já afirmou que é contra a paridade internacional, mas ainda não há uma proposta de mudança", explica o especialista.

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