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Etanol: hidratado sobe 1,56% e anidro valoriza 1,28% na semana

Os etanóis anidro e hidratado fecharam em alta na semana de 27 de fevereiro a 3 de março pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A maior valorização ocorreu no etanol hidratado, usado nos carros flex ou originalmente a álcool, que subiu 1,56% comercializado a R$ 2,7548 o litro contra R$ 2,7126 o litro da semana anterior. Esta foi a terceira semana seguida de alta do indicador do hidratado. Já o anidro, usado na mistura com a gasolina, subiu na última semana 1,28%, comercializado a R$ 3,1572 contra R$ 3,1173 da semana de 20 a 24 de fevereiro. Esta foi a segunda semana consecutiva de alta do indicador do anidro. Indicador Diário Paulínia Pelo Indicador Diário Paulínia a sexta-feira foi de queda nas cotações do etanol hidratado, após três dias seguidos em alta. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.886,50 o m³, contra R$ 2.902,00 o m³ praticado na quinta-feira, desvalorização de 0,53% no comparativo.

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Governadores priorizam acordo para recompor perdas com ICMS antes de discutir reforma tributária

Enquanto o Congresso concentra esforços para viabilizar a reforma tributária, o foco dos governadores é garantir a recomposição pelas perdas nas arrecadações após as mudanças nos cálculos do ICMS. O governo federal admite ajustes nos textos da reforma para garantir apoio dos líderes locais e de diferentes setores. O modelo de unificação de tributos que prevê alíquotas diferentes entre os impostos federais e os adotados em estados e municípios, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, é um dos acenos do governo para facilitar a aprovação da reforma. Integrantes da equipe econômica sustentam que o IVA único (que congrega todas as alíquotas) seria uma opção mais vantajosa para o contribuinte. O próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já declarou que o IVA dual é mais viável para garantir aprovação no Congresso, mas admitiu que não haverá consenso em relação à proposta. O governo trabalha para juntar as duas matérias que tramitam no Legislativo: a proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/2019, da Câmara, e a PEC 110/2019, que tramita no Senado. Os governadores apoiam a PEC 110, que traz a proposta do IVA dual. No entanto, a partir da emenda 192, os gestores admitem apoio à PEC 45, que propõe o imposto único para substituir os federais (IPI, PIS, Cofins), estadual (ICMS) e municipal (ISS). A emenda prevê a criação de um fundo de desenvolvimento regional para diminuir desigualdades entre estados e evitar perdas de arrecadação. "Se for nesta linha, os estados irão apoiar. Se houver alteração, nós temos que chamar a atenção dos pontos e ver o que cada região e estado quer alterar. Precisamos saber qual é o texto que vai a discussão", disse ao R7 o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), membro do Fórum dos Governadores, que trata sobre o tema tributário junto às demais instâncias dos Três Poderes. Prioridade Antes de discutir a reforma tributária, os estados querem garantir o pagamento, por parte da União, da recomposição das perdas causadas após a mudança no cálculo do ICMS. Com a fixação da alíquota entre 17 e 18%, os secretários estaduais calculam que deixaram de arrecadar R$ 45 bilhões, valor inicialmente cobrado do governo federal. Agora, o montante negociado, segundo Fonteles, está entre R$ 24 bilhões e R$ 30 bilhões, valor que ainda precisa ser alinhado com os governadores dos estados e do Distrito Federal. "É preciso resolver a questão de curto prazo relativo às perdas de 2022. A reforma tributária é uma questão de longo prazo", sinalizou o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT). Uma indicação semelhante também foi dada pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). "A reforma tributária é importante, mas tem um problema anterior que precisa ser resolvido e que é urgente na conta dos estados", disse o tucano. O governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) reforçou que "sem a corda no pescoço, os estados vão entrar com muito mais fôlego financeiro em uma discussão". No entanto, ele tem dito que não acredita em uma aprovação rápida e fácil. A expectativa é que o valor da recomposição esteja fechado ainda em março, e a contrapartida prometida pelos governadores é de não repassar as despesas ao consumidor emdash; sem, portanto, aumentar os tributos.

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ALE aposta em rede de postos da marca e em grande cliente

Desde o fim de fevereiro uma empresa 100% Glencore, a ALE Combustíveis mantém a aposta na expansão da rede de postos da marca e na ampliação da carteira de grandes consumidores, com contratos de exclusividade, para acelerar o ritmo de expansão dos negócios em 2023. Quarta maior do país, a distribuidora de combustíveis prevê faturar cerca de R$ 20 bilhões neste ano, com expansão de 25% frente aos R$ 15,9 bilhões registrados em 2022. Para tanto, pretende fechar 330 novos contratos, entre grandes consumidores e novos postos para a rede ALE, em um mercado cada vez mais concorrido e que ainda sofre com elevadas taxas de sonegação fiscal e adulteração. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Cresce o peso do milho na produção de etanol

O início da operação de novas usinas que processam milho turbinará a oferta nacional de etanol e levará a um salto de 36% na fabricação na safra 2023/24, que começará em abril, alcançando a marca dos 6 bilhões de litros. Esse volume deverá corresponder a 19% de toda a produção esperada para o Centro-Sul do país. A estimativa, da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), supera projeções de mercado, que apostavam em uma produção de pouco mais de 5 bilhões de litros na próxima temporada. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Governo não tem base para aprovar reforma tributária, diz Lira

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou ontem que o governo Lula ainda não tem base no Congresso Nacional para aprovar matérias que exigem votos para a alterar a Constituição, como é o caso da reforma tributária. O deputado também disse que, nos próximos dias, após o Congresso instalar as comissões, haverá um eldquo;testeerdquo; da dinâmica entre um governo de centroesquerda e um Legislativo mais reformista e liberal. eldquo;Temos uma vontade conjunta do governo eleito, através do seu ministro da Economia (Fazenda), através de quem faz a parte econômica do governo em dialogar com o Congresso para tentarmos votar a reforma tão falada, tão difícil, tão angustiante e que vai causar tantas discussões, que é a reforma tributáriaerdquo;, disse Lira, durante reunião do Conselho Político e Social (Cops) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A uma plateia de empresários, o presidente da Câmara disse que haverá um esforço eldquo;incansávelerdquo; para aprovar a reforma tributária eldquo;possívelerdquo;. Lira afirmou ainda que a reforma não terá eldquo;preconceitoerdquo; em revisitar todos os temas e ouvir os atores envolvidos na mudança do modelo de tributação do País. eldquo;Teremos um tempo, também, para que o governo se estabilize internamente, porque hoje o governo ainda não tem uma base consistente, nem na Câmara nem no Senado, para matérias de maioria simples, quanto mais matérias de quórum constitucionalerdquo;, afirmou o presidente da Câmara. DIVERGÊNCIA. Lira defendeu a criação do grupo de trabalho para analisar a reforma tributária, o que é criticado por parlamentares que defendem a análise em comissão especial. O GT criado por Lira é composto por 12 deputados, que representam os principais partidos. As reuniões começaram na semana passada. A interlocutores, Lira tem dito que a reforma poderia ser aprovada no plenário já em maio, quando o GT deve apresentar seu parecer final, que será uma fusão entre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/19, da Câmara, e a PEC 110/19, do Senado, que simplificam o sistema tributário ao criar um imposto único para substituir uma série de tributos sobre o consumo. Na reunião do Conselho Político e Social da ACSP, o deputado ressaltou que a população escolheu um governo de centro-esquerda, mas, em contraposição, um Congresso mais liberal e reformista. eldquo;Vamos testar isso nesses próximos dias. Estamos numa fase ainda de acomodação, de confecção de acordos para as comissões, que deveremos estar resolvendo nesta semanaerdquo;, declarou. O presidente da Câmara já afirmou também que só colocará em votação a regra fiscal que deve substituir o teto de gastos quando o governo conseguir apoio equivalente ao necessário para se aprovar uma PEC, que exige 308 votos na Câmara e 49 no Senado. Segundo ele, essa proporção é para que haja mais consenso, apesar de a nova âncora estar sendo formulada em um projeto de lei complementar, que exige menos votos. elsquo;EQUILIBRADAersquo;. Na PEC da Transição, que permitiu o cumprimento de promessas de campanha do agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao abrir espaço no Orçamento e no teto de gastos, havia a previsão de que a nova regra fiscal fosse enviada ao Congresso por meio de projeto de lei complementar. Segundo Lira, houve acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para que o texto seja eldquo;médioerdquo;, com o objetivo de reunir apoio maior. eldquo;Quando eu digo médio, prudente, responsável, equilibradoerdquo;, disse o deputado. Em 15 de fevereiro, durante evento do BTG Pactual, o presidente da Câmara já havia dito que um texto eldquo;radicalerdquo; sobre o novo arcabouço fiscal não teria sucesso no plenário do Congresso. Na ocasião, o deputado disse que a âncora para substituir o teto de gastos deveria ser eldquo;razoávelerdquo;, eldquo;equilibradaerdquo; e eldquo;moderadaerdquo;. De acordo com Haddad, o governo deve finalizar logo a proposta da nova âncora para que o texto comece a tramitar no Congresso. ebull;

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Analistas reduzem projeção de inflação com reoneração

A Rico Investimentos reduziu sua projeção de inflação para o ano depois da reoneração dos combustíveis anunciada dia 28 pelo governo federal. A medida, que determina que voltem a incidir PIS/Cofins e Cide sobre gasolina e etanol endash; impostos que estavam zerados desde julho de 2022 endash; impacta em R$ 0,22 o preço na bomba, segundo cálculo dos seus analistas. A projeção de inflação menor pode ser explicada porque era esperada retomada integral dos impostos. Por mais estranho que pareça, a decisão levou a uma redução da nossa projeção de inflação para o ano, diz análise. eldquo;Considerávamos que os impostos seriam retomados completamente, e não apenas de maneira parcial, explica.Assim, como a retomada dos impostos vigentes antes de julho de 2022 será apenas parcial, a inflação esperada para esse ano se reduz levemente. A projeção é que o IPCA encerre o ano de 2023 com alta de 5,5% (de 5,7% antes da reoneração). CONTAS PÚBLICAS A reversão apenas parcial da desoneração de impostos representa uma perda de arrecadação de cerca de R$ 11,4 bilhões no ano e R$ 4,6 bilhões em quatro meses, segundo estimativas da Rico. Para compensar esta perda, o governo estabeleceu uma nova taxação sobre as exportações de petróleo bruto (não refinado)ou seja, um novo imposto sobre o petróleo exportado pelo Brasil. Por ora, a taxação ficará vigente entre março e junho deste ano, com alíquota de 9,2%. De acordo com os cálculos dos analistas, essa medida deve levar a uma receita adicional por parte do governo de aproximadamente R$ 16,8 bilhões em 2023 (dez meses remanescentes) ou R$ 6,7 bilhões em quatro meses endash; mais do que suficiente para cobrir a perda. eldquo;Em outras palavras: o efeito final nas contas públicas da desoneração parcial somada à nova taxação poderia ser positivoerdquo;, ponderam. eldquo;Porém, de maneira relevante, os dividendos da Petrobras podem cair justamente por conta da nova taxação. Nesse caso, essa perda compensaria qualquer ganho real para os cofres públicos.erdquo; O setor de óleo e gás, no entanto, já sente os impactos: logo após o anúncio da reoneração, as ações de Petrobras, PetroReconcavo, 3R e PetroRio tiveram forte liquidação (entre 3,5 e 9%) em um dia. Desde então, caíram: PETR4 -5,8%, RECV3 -6,0%, RRRP3 -20,1%, PRIO3 -8,3%. A Petrobras (PETR4) não é uma grande exportadora de petróleo bruto, já que a maior parte é consumida internamente em suas refinarias. Por isso, diz a Rico, outras empresas brasileiras e internacionais de óleo e gás pagarão, proporcionalmente, uma fatia maior dessa conta. eldquo;A PetroRio (PRIO3) provavelmente sofrerá mais, seguida pela Petrobras e com impactos moderados para 3R (RRRP3) ou PetroReconcavo (RECV3).erdquo; eldquo;Mas não é um trimestre de impostos que mexe o ponteiro para os investidores: é a percepção dos riscos que estão por virerdquo;, analisa. Os analistas esperam reação das empresas contra a proposta nos debates que ocorrerão no Congresso nos próximos meses. Ainda que a percepção de risco para investir em petróleo de gás tenha aumentado depois do evento, grande parte dos efeitos de uma permanência do imposto de exportação já foi precificada na queda das empresas ao longo dos últimos dias, segundo analisou a Rico. Ganham força, ainda, discussões no palco político sobre a implementação de algum tipo de controle de preços ou de mudança na política de preços de combustíveis. O vai e vem de propostas de mudanças de legislação no Congresso desde meados do ano passado tende a impulsionar a volatilidade nos mercados, especialmente em ativos ligados ao setor de óleo e gás. A respeito do imposto sobre o Petróleo cru na tentativa de compensar a reoneração , a Levante Investimentos diz que o governo está tornando o combustível mais caro.erdquo;O petróleo exportado voltará como gasolina mais cara, devido ao novo imposto. diz Ou seja: as decisões sobre os combustíveis adotadas nos últimos dias pareceram ser uma solução razoável entre a disciplina fiscal e a orientação política. No entanto, essa é uma aparência enganosa. Ao esticar novamente a corda com relação à Petrobras e aproveitar a deixa para sacar do bolso um imposto sobre exportações, o governo recoloca em pauta as ideias erradas que tanto mal causaram no passado recente aos donos da Petrobras também conhecidos como sociedade brasileira. Uma parceria entre Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e Veloe, o Panorama Veloe de Indices de Mobilidade, mostra que o preço da gasolina comum teve uma média de acréscimo de R 0,41. A comparação é com o dia 28.

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