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Governo avalia obrigar postos a informar preços dos combustíveis todo dia à ANP

O governo Lula avalia obrigar postos de combustíveis a informar diariamente o preço de seus produtos à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Uma das possibilidades em estudo é que o governo publique as informações em um aplicativo público destinado aos consumidores. A medida tem sido analisada por autoridades da agência reguladora e da Secretaria Nacional do Consumidor, no Ministério da Justiça, que se reunirão nos próximos dias. O governo estima que o país tenha cerca de 40 mil postos, o que dificulta acompanhar a evolução dos preços e evitar aumentos abusivos. Nas pesquisas periódicas de média de preços, a ANP coleta informações em 440 municípios, cerca de 8% das cidades brasileiras. Com o aplicativo mostrando preços diários de todos os postos, o ministério espera aumentar a concorrência no setor e reduzir o preço final dos combustíveis. O sistema poderia ser operado pelo ministério, pela ANP ou pelos dois órgãos juntos. Mesmo com uma nova política de preços da Petrobras e reduções no custo repassado às distribuidoras neste ano, postos de combustíveis em diversos estados têm aumentado os preços. A discrepância fez com que o ministério notificasse as empresas. Em maio, a Petrobras deixou de adotar a paridade de preços de petróleo e combustíveis derivados, como gasolina e diesel, usado em veículos de grande porte, como caminhões. Essa regra começou a ser adotada em 2016, na gestão Michel Temer, e previa que o preço dos combustíveis seria automaticamente ajustado ao preço do petróleo internacional. Desde que anunciou a mudança, a Petrobras fez pelo menos três reduções no preço dos combustíveis, em maio e junho. Em maio, a redução da gasolina bateu R$ 0,40 por litro. No mês passado, a gasolina atingiu o menor preço desde 2021. Nos últimos dias, encher o tanque ficou mais caro com a volta da cobrança integral de impostos federais. Esses impostos sobre a gasolina e o etanol haviam sido zerados em junho de 2022 pelo governo Bolsonaro, quando o então presidente buscava a reeleição.

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Preços do petróleo caem 2% com realização de lucros, mas ainda registram ganhos na semana

Os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira (14), com o dólar se fortalecendo e os traders de petróleo embolsando lucros de um forte rali, com os barris de petróleo de referência registrando seu terceiro ganho semanal consecutivo. Os contratos futuros de petróleo Brent fecharam esta sexta a US$ 79,87 por barril, queda de 1,8%, enquanto os do West Texas Intermediate caíram 1,9%, para US$ 75,42 o barril. eldquo;Parece apenas haver alguma realização de lucros, com algumas preocupações sobre a demanda voltando à tona com a recuperação do dólarerdquo;, disse John Kilduff, sócio da Again Capital. O índice do dólar DXY subiu depois de atingir uma mínima de 15 meses durante a sessão. Um dólar mais forte reduz a demanda por petróleo, tornando o petróleo mais caro para os investidores que possuem outras moedas. Na próxima semana, no entanto, o rali pode ser retomado com o noticiário sobre desaceleração da inflação e os planos dos EUA de reabastecer a reserva estratégica, além de cortes de oferta e interrupções podendo apoiar o mercado, disse Rob Haworth, estrategista sênior de investimentos da U.S. Bank Wealth Management. Apesar da queda na sessão, os preços do petróleo subiram quase 2% semanalmente, depois que as interrupções na oferta na Líbia e na Nigéria aumentaram as preocupações de que os mercados ficarão mais apertados nos próximos meses. A interrupção na Líbia está represando cerca de 370.000 barris por dia (bpd), enquanto a interrupção na Nigéria está estimada em 225.000 bpd, disse o analista da PVM, John Evans. As exportações de petróleo da Rússia também diminuíram significativamente e, se essa tendência continuar na próxima semana, provavelmente aumentaria ainda mais os preços, já que as exportações de petróleo da Rússia devem ser reduzidas em 500.000 bpd em agosto, apontaram os analistas do Commerzbank. Os traders acompanharão de perto o próximo movimento do Federal Reserve nas taxas de juros, bem como uma possível resposta entre os formuladores de políticas do G-7 depois que os preços do petróleo russo subiram acima de seu limite, disse Arne Lohmann Rasmussen, chefe de pesquisa da A/S Global Risk. (com Reuters e Bloomberg)

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Instalação de sensores de monitoramento vale para postos com viabilidade técnica

De acordo com a Portaria 427/2021 do Ministério do Trabalho, a partir de 21 de setembro deste ano, a instalação de sensores de monitoramento de estoque dos combustíveis, em tanques subterrâneos de armazenamento, passa a ser obrigatória. A medida vale para os postos cujos tanques tenham viabilidade técnica para instalação, sem a necessidade de obras de infraestrutura. Assim, a regra vale para aqueles que possuem boca de visita, câmara de contenção de monitoramento eletrônico e linhas de conexão já instaladas precisam dos sensores de monitoramento. Tanques sem tais características, ou instalações que demandam obras de infraestrutura, deverão passar pela modernização quando houver necessidade de renovação da licença ambiental e, consequentemente, fazer a troca de tanques.

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Alckmin defende desoneração completa do investimento e exportação

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu nesta terça-feira (13) que, sendo o comércio o setor que mais emprega, o país precisa desonerar eldquo;completamenteerdquo; as tributações que incidem sobre investimento e exportação. eldquo;O comércio é o grande empregador. Não tem agricultura sem comércio; não tem indústria sem comércio; não tem emprego sem comércio. E o setor de serviços é o que melhor distribui renda. É o que mais emprega e mais gera postoserdquo;, disse o vice-presidente em encontro com sindicatos empresariais do terceiro setor, em evento promovido pela Confederação Nacional de Comércio (CNC). Alckmin ressaltou também a relevância do comércio voltado ao mercado externo, e a necessidade de medidas que favoreçam a competitividade e a redução do Custo Brasil. eldquo;Sempre ouvi que três fatores são fundamentais: juros, imposto e câmbio. O câmbio está bom. Entre R$ 4,80 e R$ 4,90, é um câmbio competitivo. No caso do imposto, a carga tributária brasileira é elevada para o nível de desenvolvimento brasileiro. O que se pode fazer nesse momento é simplificarerdquo;, disse. Segundo ele, com a simplificação se pode reduzir o Custo Brasil e a judicialização. eldquo;[Precisamos] Desonerar completamente o investimento e desonerar completamente a exportação, porque o comércio exterior é cada vez mais relevanteerdquo;. Alckmin lembrou que o comércio, atualmente, tem características intraregionais, e que, nesse sentido, o Brasil precisa buscar, em especial nos países vizinhos, ampliar seus mercados. eldquo;Se pegarmos Estados Unidos e México, 50% do comércio é entre eles. Nos 27 países da União Europeia, 60% é entre eles. Já na América Latina é 26%. Temos de reconquistar os vizinhos. Eles estão mais perto e é para onde podemos exportar maior valor agregadoerdquo;, argumentou.

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Temos que fortalecer o comércio entre a América Latina, diz Alckmin

O vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu ampliar as exportações brasileiras para a América Latina. Segundo ele, comércio intraarregional entre os países latinos corresponde a só 26% do total de transações. Alckmin deu a declaração no evento Sicomércio, realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) nesta 5ª feira (13.jul.2023). Ele disse também que os países vizinhos são responsáveis por comprar a maior fatia de produtos brasileiros com valor agregado. Os produtos primários são o carro-chefe da exportação brasileira, com destaque para soja, petróleo bruto e minério de ferro. eldquo;Temos dificuldade de exportar valor agregado e acabamos exportando muito produto primário. Não tem bala de prata, mas tem um conjunto de tarefas para restabelecer uma agenda de competitividadeerdquo;, afirmou. No discurso, Alckmin elogiou o trabalho do Congresso na aprovação da reforma tributária e do marco fiscal. Também defendeu a necessidade de uma reforma política para reduzir o número de partidos. eldquo;A lógica da reforma tributária, à medida que desonera completamente a exportação, incentiva a exportação e traz investimentos para o Brasilerdquo;, afirmou. A desoneração das exportações já está prevista no texto da reforma tributária. A reforma tributária foi aprovada na Câmara e começará a ser analisada no Senado em agosto. Já a nova regra fiscal foi aprovada pelos senadores, mas sofreu alterações e precisa ser analisada novamente pelos deputados.

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Etanol: Usinas acendem alerta e miram exportações em meio à incertezas e açúcar 'salgado'

A produção de etanol nas usinas brasileiras tem caído de forma considerável nos últimos dias, e o principal fator para o recuo se deve a safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil totalizou 43 milhões de toneladas na segunda quinzena de junho, alta de 2,2% na comparação com o volume processado em igual período do ciclo passado. Assim, a produção de açúcar na segunda quinzena de junho totalizou 2,7 milhões de toneladas, crescimento de 7,5% quando comparado ao volume registrado na safra 22/23 de 2,51 milhões de toneladas. Por outro lado, quando olhamos para o biocombustível, a entidade informou que o volume na segunda metade de junho foi de 1,9 bilhão de litros, queda de 5,6% em relação ao mesmo período de 2022. As ações do Assaí (ASAI3) já caíram -31% no ano: A atacadista vai conseguir elsquo;dar a volta por cimaersquo; no 2º semestre? Veja a recomendação para a ação no Giro do Mercado de hoje (13). Aproveite para se inscrever no nosso canal e fique ligado nas próximas lives, de segunda a sexta-feira, às 12h. Preços do etanol e do açúcar Desde 1º de janeiro de 2023, o preços do açúcar no mercado internacional acumulam altas acima de 21%, enquanto no acumulado anual, desde até 6 de janeiro até 7 de julho, o indicador do etanol hidratado do Cepea/Esalq conta com uma desvalorização na casa de 20,27%, passando de R$ 2,8092 por litro para R$ 2,2398 por litro. Mesmo com um mix açucareiro acumulado em 47,7% na segunda quinta de junho, o maior volume de cana continua aumentando a oferta de etanol hidratado endash; que teve crescimento quinzenal de 3,6%. Apenas na semana passada, o indicador semanal do hidratado do Cepea reportou queda de 11%, e nesta semana, o mercado tem visto novas quedas. Análise do mercado para as Usinas Para entender os fatores que impactam os usineiros, o Agro Times conversou com Marcelo Di Bonifácio, analista de açúcar e etanol na StoneX. eldquo;As usinas que só produzem etanol não tiverem nenhum tipo de proteção, diversificação na produção, vão vender os em patamares mais baratos e perder margem de lucro. O cenário não é de preços abaixo dos custos de produção, mas a receita está mais próxima da margem. Esse é um fato consumado, se ela (usina) não tem proteção contra essas quedas, ela vai apresentar perdas no mercado internoerdquo;, explica. Na visão de Di Bonifácio, a exportação pode ser um caminho para uma melhor rentabilidade, eldquo;já que em alguns momentos esse preço pode estar muito baixo no mercado interno e mais atrativo para exportação, o que foi uma alternativa na safra passada e pode ser uma alternativa no atual ciclo, ainda que seja algo incertoerdquo;. De acordo com o analista da StoneX, essa incerteza parte por conta da entrada da nova safra no mercado, o que resulta nessa tendência de queda nos preços. No entanto, o grande ponto de atenção fica para as usinas que produzem açúcar e etanol, já que o açúcar eldquo;paga a contaerdquo; dessa baixa do etanol, com essas indústrias optando por um maior mix de produção voltado ao açúcar. eldquo;Em resumo, a usina produtora de etanol está perdendo lucro. Assim, as destilarias terão de ceder e optar por exportar esse etanol ou estocar esse volume para buscar melhores preços à frente. Com a entrada de uma maior oferta pela nova safra, dos dois derivados da cana, a tendência é de que os preços se mantenham em tom mais baixista no curto prazo, o que deve manter o cenário descritoerdquo;, analisa.

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