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Petróleo fecha em alta, mas longe das máximas

Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira (5), depois que a Arábia Saudita, maior exportadora da commodity, prometeu cortar a produção em mais 1 milhão de barris por dia (bpd) a partir de julho para conter os ventos macroeconômicos contrários que deprimiram os mercados. Contudo, ficaram bem longe das máximas do dia. Os futuros de petróleo Brent com vencimento em agosto subiram 0,76%, para US$ 76,71 o barril. Já o preço do petróleo nos EUA teve avanço de 0,57% para US$ 72,15, depois de chegar a subir para US$ 75,06. Ambos os contratos chegaram a ter ganhos de mais de 2%, depois que o Ministério da Energia saudita disse que a produção do reino cairia para 9 milhões de bpd em julho, de cerca de 10 milhões de bpd em maio. O corte é o maior da Arábia Saudita em anos. O corte voluntário está no topo de um acordo mais amplo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia, para limitar a oferta até 2024, enquanto o grupo de produtores da Opep+ busca aumentar os preços do petróleo. A Opep+ bombeia cerca de 40% do petróleo mundial e cortou sua meta de produção em um total de 3,66 milhões de bpd, totalizando 3,6% da demanda global. eldquo;A Arábia Saudita continua mais interessada do que a maioria dos outros membros em termos de garantir preços do petróleo acima de 80 por barril, o que é essencial para equilibrar seu próprio orçamento fiscal para o anoerdquo;, disse Suvro Sarkar, líder da equipe do setor de energia do DBS Bank. O analista do SEB, Bjarne Schieldrop, disse que a reação do mercado na segunda-feira foi relativamente silenciosa depois que o corte anterior da Opep+ não conseguiu sustentar os preços por muito tempo. eldquo;O preço do petróleo está subindo cuidadosamente hoje, já que os investidores estão cautelosos depois de terem queimado os dedos no rali (anterior) para (quase) US$ 90 o barril, que mais tarde vacilou.erdquo; A consultoria Rystad Energy disse que o corte saudita adicional provavelmente aprofundará o déficit do mercado para mais de 3 milhões de bpd em julho, o que pode elevar os preços nas próximas semanas. Analistas do Goldman Sachs disseram que a reunião foi eldquo;moderadamente altistaerdquo; para os mercados de petróleo e pode aumentar os preços do Brent até dezembro de 2023 entre 1 e 6 dólares o barril, dependendo de quanto tempo a Arábia Saudita mantiver a produção em 9 milhões de bpd nos próximos seis meses. Mais tarde, dados mais fracos da economia dos EUA fizeram o petróleo desacelerar os ganhos. O crescimento do setor de serviços dos Estados Unidos perdeu força em maio com a desaceleração de novos pedidos, levando uma medida dos preços pagos pelas empresas por insumos a uma mínima de três anos, o que pode ajudar o Federal Reserve na luta contra a inflação. O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) disse nesta segunda-feira que seu PMI não manufatureiro caiu para 50,3 no mês passado, de 51,9 em abril. Leitura acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia. Economistas consultados pela Reuters previam que o PMI não manufatureiro subiria para 52,2. (com Reuters)

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Petrobras vai retirar sonda de perfuração de petróleo da Foz do Amazonas

A Petrobras vai retirar nesta semana a sonda que está mobilizada na bacia da Foz do Rio Amazonas, no litoral do Amapá. O equipamento só será mantido na região se o Ibama reverter a decisão de maio que negou a licença para perfurar um bloco na área. A empresa apresentou recurso contra a decisão do órgão ambiental, mas não há data para uma nova análise. A sonda será deslocada para bacias do Sudeste do país, como a bacia de Campos, num processo que demora cerca de duas semanas. A Petrobras estima um gasto diário de R$ 3,4 milhões para manter a sonda e outras estruturas na região. Desde dezembro, foram gastos de R$ 500 milhões. Para explorar reservas da chamada Margem Equatorial, a Petrobras quer perfurar poços em um bloco a cerca de 160 quilômetros da costa do Oiapoque (AP) e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas com o objetivo de comprovar a viabilidade econômica da produção de petróleo na região. Essa região é considerada uma nova fronteira do petróleo com potencial parecido com o pré-sal. Há uma grande expectativa de petróleo nessa região por conta das descobertas nos vizinhos Suriname e Guiana O plano, no entanto, sofre oposição de ambientalistas por causa do risco ao meio ambiente. O Ibama negou a licença de perfuração. O caso repercutiu politicamente, com senadores e deputados do Amapá criticado duramente a decisão do Ibama e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O Ibama negou a licença alegando, entre outros fatores, que o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna fica em Belém, a cerca de 500 quilômetros do campo. Esse centro é usado em caso de vazamento no poço, situação considerada extrema e que nunca ocorreu no país, de acordo com a Petrobras. No pedido de reconsideração, a Petrobras se compromete a a ampliar a base de estabilização de fauna no município de Oiapoque, mais próximo do bloco de petróleo. Outro problema apontado pelo Ibama é o plano de comunicação com comunidades indígenas e ruídos das aeronaves. A Petrobras afirma que ajustou rotas e que as aeronaves passarão a 13 quilômetros de distância da aldeia indígena mais próxima. Além disso, o Ibama afirma que a Petrobras não apresentou uma avaliação ambiental de área sedimentar (AAAS). Essa avaliação permite identificar áreas em que não seria possível realizar atividades de extração e produção de petróleo e gás em razão dos graves riscos e impactos ambientais associados. A Petrobras rebate e afirma que a competência de realização desse plano é do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério de Minas e Energia. O Ibama também tem dúvidas sobre a modelagem feita pela Petrobras que afasta o risco de o óleo chegar à costa em caso de vazamento no poço. A empresa diz que os estudos comprovam que o petróleo vai para o mar. Além disso, diz que foram oferecidas 12 embarcações, sendo duas de prontidão ao lado da sonda para atuação em resposta à emergência e outras duas embarcações para atendimento de fauna, com profissionais veterinários e equipadas com contêineres climatizados e equipamentos para estabilização de animais, todas permanentemente dedicadas à operação, que está prevista para durar cinco meses. O processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59 foi iniciado em 4 de abril de 2014, a pedido da BP Energy do Brasil, empresa originalmente responsável pelo projeto. Em dezembro de 2020, os direitos de exploração de petróleo no bloco foram transferidos para a Petrobras. Ao seguir o parecer e indeferir o pedido, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, disse que não faltaram oportunidades para a empresa sanar pontos críticos do projeto.

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Etanol: anidro volta a subir após cinco semanas em queda

O etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, voltou a subir pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, na semana de 29 de maio a 2 de julho, revertendo uma sequência de cinco semanas em queda. O litro do anidro foi comercializado pelas usinas na semana passada a R$ 2,9644 contra R$ 2,9204 da semana anterior, valorização de 1,51% no comparativo. A última alta do indicador tinha ocorrido na semana de 17 a 20 de abril. Já o etanol hidratado, usado nos carros flex ou originalmente a álcool, registrou a segunda semana seguida de valorização pelo mesmo indicador. Na semana passada o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2,5710 o litro contra R$ 2,5282 o litro da semana anterior, valorização de 1,69% no comparativo entre as semanas. Indicador Diário Paulínia O Indicador Diário Paulínia para o etanol hidratado voltou a cair na sexta-feira (2) interrompendo a sequência de quatro altas seguidas. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.696,00 o m³, contra R$ 2.709,00 o m³ praticado na véspera, desvalorização de 0,48% no comparativo.

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Gás Verde compra ENC Energy e chega a dois terços do mercado de biometano

A Gás Verde, produtora biometano da Urca Energia, adquiriu as operações brasileiras da empresa portuguesa ENC Energy, iniciando atuação em cinco Estados brasileiros. A operação permitirá à companhia elevar a participação no mercado de biometano, cada vez mais crescente no país. Com a aquisição, a participação de mercado da Gás Verde passa dos atuais 50% para 70%, mais de dois terços do mercado, e a capacidade total de processamento pode chegar a até 1 milhão de metros cúbicos por dia (m³/dia). Com base e atuação no Rio de Janeiro, a Gás Verde passa a produzir biometano nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Maranhão.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Impostos sobre etanol e gasolina voltam em julho, confirma governo

A partir de julho, será retomada a cobrança integral de tributos federais sobre a gasolina e o etanol. De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o governo não tem intenção de prorrogar a desoneração. Em fevereiro, através de Medida Provisória (MP), o governo federal prorrogou por quatro meses a desoneração parcial sobre os combustíveis, prevendo que ela terminasse em 30 de junho. "Findo o prazo da transição, passa a vigorar a alíquota integral de reoneração", disse Ceron, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (30). Minimizando o impacto no bolso dos consumidores, o secretário disse que o efeito nas bombas de combustíveis será "marginal". "A conjuntura permite que essa reoneração seja pouco perceptível por parte do consumidor, ela já era prevista e legítima, pois são combustíveis fósseis que precisam ter sua parcela de contribuição do ponto de vista arrecadatório. É uma contribuição importante. Retomar o efeito tende a ser marginal nas bombas", declarou. A volta dos impostos sobre combustíveis pode gerar reforço de R$ 22,3 bilhões ao caixa do governo. Entenda No início do seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) renovou por dois meses a desoneração de impostos federais sobre combustíveis, medida adotada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT). No final de fevereiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi pressionado a manter a desoneração por mais tempo. A decisão foi, então, um meio termo, e o etanol e a gasolina foram parcialmente reonerados por mais quatro meses, prazo que termina no fim de junho. Passado esse prazo, os impostos serão cobrados integralmente.

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Plano de imposto único deve ficar de fora de relatório da reforma tributária

O relatório do grupo de trabalho (GT) da reforma tributária, previsto para ser apresentado na Câmara na terça-feira, vai propor a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, com uma cobrança pela União e outra por Estados e municípios. A informação foi confirmada ao Estadão/Broadcast por membros do GT. O IVA simples, arrecadado pela União, chegou a ser defendido pelo relator, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), mas foi descartado em uma reunião na quarta-feira. Os deputados também vão propor alíquotas diferenciadas para determinados setores da economia, mas sem especificar no relatório quantas serão. O parecer do grupo terá as principais diretrizes para a reforma, mas ainda não será a versão do plenário, que só deve ser fechada no final do mês. Até lá, o relator deve se reunir com as bancadas partidárias na Câmara e com outros atores importantes, como os governadores. Na segunda-feira, um dia antes da apresentação do relatório, haverá uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, em 2 de maio, o secretário extraordinário para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que não faz sentido ter alíquota diferenciada por setor. eldquo;Esquece setor, a tributação não é sobre setor, é sobre bens e serviços que são consumidos pelo consumidor finalerdquo;, afirmou. No entanto, o GT da Câmara entende que é inviável politicamente ter apenas uma alíquota. Já foi discutido tratamento diferenciado para serviços, como saúde e educação, combustíveis, construção civil, transporte coletivo e agronegócio. ALÍQUOTA. Membro do GT, o deputado Mauro Benevides (PDT-CE) disse à reportagem em 11 de abril que o grupo estudava definir três alíquotas na reforma, uma padrão, de referência, e duas diferenciadas. eldquo;Nós vamos ver que setores se adaptam numa (alíquota )e que setores se adaptam em outra. Vai depender do custo que cada um tem hojeerdquo;, disse na ocasião. Mas o martelo não foi batido sobre quantas alíquotas serão necessárias. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/19, discutida no GT, prevê uma alíquota padrão de 25%, mas esse valor também não estará especificado no relatório do grupo de trabalho. O valor será definido no primeiro ano de implementação da reforma, com base no tempo de transição do regime tributário. Segundo uma pessoa que acompanha o debate, no primeiro ano, vai ser aplicado um porcentual e calculada uma alíquota padrão. O objetivo é uma carga neutra, sem aumento de impostos, disse. RESISTÊNCIAS. A decisão pelo IVA dual também é uma forma de reduzir as resistências dos Estados, que temem perder autonomia de arrecadação. A reforma tributária substitui impostos federais (IPI, PIS e Cofins), estaduais (ICMS) e municipais (ISS) sobre consumo por um único tributo, com o objetivo de simplificar a legislação e diminuir a burocracia. Durante uma reunião do Fórum de Governadores no último dia 19, em Brasília, os chefes do Executivo estaduais cobraram uma proposta concreta para se posicionar. O relatório do GT vai prever também a criação de um Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), que vai compensar Estados e municípios por perdas na arrecadação, que terá aporte de recursos da União. A ideia inicial da equipe econômica era que o fundo fosse abastecido pela própria redistribuição de receitas dos entes, a partir da mudança na cobrança da origem (onde é produzido) para o destino (onde o produto é consumido). ebull;

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