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Aneel mantém bandeira verde na conta de luz em outubro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a continuidade da bandeira verde na tarifa de energia elétrica na última sexta-feira (30/9). A definição implica em custo adicional zero para os consumidores e reflete um nível satisfatório dos reservatórios, no momento em que o país se aproxima do fim do período seco. O sistema de bandeiras tarifárias, criado pela Aneel, sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica, especialmente quando as condições de geração não são favoráveis, de acordo com a própria agência. A opção pela bandeira verde, portanto, aponta para um bom andamento do sistema energético até o fim do ano, uma vez que as projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para outubro apontam que a carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) será de 71.476 MWmed (Carga Própria de Energia), índice 3,9% superior ao aferido no mesmo mês em 2021. O diretor-geral da ANEEL, Sandoval Feitosa, disse que as condições de geração de energia no País estão boas, sem necessidade de acionar usinas que geram energia mais cara. eldquo;Trata-se de excelente notíciaerdquo;, reforçou o diretor-geral. ONS Três subsistemas apresentam aumento na projeção de carga em outubro. No Norte há indicação de alta de 14,3% (7.144 MWmed), reflexo da retomada gradativa de demanda por consumidor livre. Para o Sudeste/Centro-Oeste, a projeção é de aumento de 4,5% (40.769 MWmed) e para o subsistema Sul é de 4,6% (11.990 MWmed). O Nordeste tem projeção de desaceleração de 4,2% (11.573 MWmed). Em agosto, o Operador Nacional já apontava "um pleno atendimento" na geração de energia até o fim do ano, mesmo com o cenário distante da escassez hídrica enfrentada nos últimos anos.

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Costa Rica isenta Brasil de sobretaxa de açúcar e zera imposto sobre etanol

A Costa Rica comprometeu-se a isentar de sobretaxa uma cota de 4,437 mil toneladas de açúcar do Brasil até 19 de agosto de 2023 e a zerar o imposto de importação do etanol do País durante o primeiro ano de execução do projeto de mistura do biocombustível à gasolina, informou nota conjunta dos Ministérios das Relações Exteriores, Economia e da Agricultura. Segundo o comunicado, os países acordaram as compensações no dia 30 de setembro. Em agosto de 2020 a Costa Rica havia imposto uma sobretaxa adicional de 34,27% ao açúcar do Brasil, após investigação de salvaguardas iniciada em 2019. No período, o governo brasileiro havia alegado que a taxa adicional era eldquo;injustificadaerdquo; e, em novembro de 2020, dada a ausência de acordo, suspendeu a importação de certos produtos agrícolas originários da Costa Rica. Na nota, o governo brasileiro afirma que as concessões para a importação de açúcar consideram o período restante da salvaguarda (até 19 de agosto de 2023) e, para o etanol, o intervalo de vigência do projeto de mistura, ainda a ser implementado naquele país. eldquo;O entendimento resulta do empenho dos dois países em construir solução negociada e orientada ao fortalecimento e ampliação dos laços comerciais bilateraiserdquo;, afirma o comunicado. Em 2021, as exportações brasileiras de açúcar com destino à Costa Rica alcançaram cerca de US$ 2,6 milhões. Contra distorções O acordo estabelecido entre Brasil e Costa Rica para a venda de açúcar e etanol não deve alterar o balanço do mercado sucroenergético nacional, dado o baixo volume dos embarques, mas reforça a posição brasileira diante das interferências no mercado global, diz o diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Eduardo Leão. eldquo;É um importante sinal de que o Brasil está atento e pronto para se posicionar com relação a políticas que distorcem o comércio internacionalerdquo;, disse ele. Desde 2020, a Costa Rica aplica uma sobretaxa adicional de 34,27% no açúcar importado, após investigação de salvaguardas iniciada em 2019. eldquo;Na época, nós fomos procurados pelo Itamaraty e colocamos nosso posicionamento de que, embora fosse um mercado muito pequeno (com 5 a 7 mil toneladas exportadas ao ano pelo Brasil), era importante dar um sinal de que o Brasil estava atento a medidas que distorcem o comércio internacionalerdquo;, explicou o diretor executivo da Unica. Nos últimos anos, o País também já se colocou contrário a subsídios e salvaguardas adotados nos mercados de açúcar da Tailândia, China e Índia. Embora a sobretaxa imposta pela Costa Rica estivesse ligada especificamente ao mercado do adoçante, a proposta de acordo elaborada em 2020 pelo Brasil incluía também o etanol. eldquo;Foi uma estratégia bastante inteligente incluir o etanol na negociação, já que temos um grande interesse na expansão do mercadoerdquo;, avaliou Leão. Segundo ele, agora deve-se observar se haverá uma expansão, de fato, do biocombustível na Costa Rica. eldquo;Um primeiro passo foi dado, com a abertura do mercado de etanol pelo menos no primeiro ano de implantação da mistura, e um segundo passo será, efetivamente, a implantação da misturaerdquo;, concluiu.

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Refinaria da Petrobras em Cubatão registra recorde de produção de diesel S10 em setembro

A Petrobras informou que a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão (SP), registrou um recorde de produção de diesel S10 (com menor teor de enxofre) de 1,82 milhão de barris em setembro, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira. A petroleira disse que o recorde anterior de produção desse derivado na refinaria havia sido de 1,72 milhão de barris, em fevereiro deste ano. O diesel produzido pela refinaria abastece principalmente os mercados da Baixada Santista e Grande São Paulo. "O mercado nacional vem ampliando a demanda pelo derivado, que, por seu baixo teor de enxofre, traz melhores resultados ambientais", disse a Petrobras, no comunicado.

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Defasagem da gasolina e do diesel volta a pressionar preços internos, diz Abicom

Após algumas de semanas de alívio, o que permitiu à Petrobras reduzir o preço dos seus principais combustíveis antes do primeiro turno das eleições presidenciais, o petróleo e derivados voltaram a subir no mercado internacional, e podem tomar proporções ainda maiores dependendo do resultado da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) nesta quarta-feira, 5. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, se a Opep decidir por um novo corte, será difícil segurar os preços internos, apesar da proximidade do segundo turno das eleições. "Se confirmado o corte pela Opep, os preços devem continuar subindo", avaliou nesta manhã ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Segundo levantamento da entidade, a defasagem média do preço do diesel atingiu 3% e da gasolina 8% na terça-feira, 4. Para voltar à paridade, os preços deveriam ser elevados em R$ 0,17 e R$ 0,28 por litro, respectivamente. A diferença no caso do diesel, porém, é bem mais alta no porto de Aratu, na Bahia, cuja defasagem chega a 5%. Já no porto de Araucária, no Paraná, a gasolina era negociada a um valor 12% abaixo do verificado no mercado internacional. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Governo quer trocar diretores da Petrobras para segurar preço dos combustíveis

Na tentativa de segurar e até reduzir os preços dos combustíveis em meio à corrida eleitoral do segundo turno das eleições neste mês, o governo federal está tentando trocar três diretores da Petrobras. O movimento ocorre em um momento em que os combustíveis vendidos no Brasil estão mais baratos que os comercializados no exterior, aumentando a pressão do mercado por um aumento nos preços. A defasagem em relação ao mercado internacional está em 8%, no caso da gasolina, e em 3%, no do diesel. De acordo com fontes ligadas ao alto escalão da companhia, a intenção do governo é mudar os diretores que fazem parte do comitê responsável por decidir os movimentos de alta e queda nos preços dos combustíveis. Esse comitê é formado pelo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade; e os diretores de Finanças e Relacionamento com Investidores, Rodrigo Araujo Alves; e de Comercialização e Logística, Cláudio Mastella. Na lista está ainda a mudança da diretoria de Governança e Conformidade, que tem o poder de vetar as decisões do comitê. Essa fonte explicou que a estratégia do governo é acabar com as barreiras para o momento em que se desejar reduzir os preços dos combustíveis. Nos corredores da Petrobras, o nome mais cotado para assumir a diretoria de Finanças é o de Esteves Colnago, atual secretário especial do Tesouro e Orçamento. Na área de Governança, dois nomes são cotados, segundo fontes: Fernando Antônio Ribeiro Soares, atual assessor da presidência da Petrobras e ex-secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, e Wagner Rosário, atual ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU). elsquo;Invasão de governançaersquo; Mas o próprio governo sabe que trocar o diretor de Governança pode ser mais complexo, já que o nome precisa ser escolhido por meio de uma lista tríplice. Fontes afirmam que a estratégia do governo é tentar as diversas alternativas para ter em mãos o poder de reduzir os preços com mais facilidade. Um dos argumentos que devem ser usados é a chegada do diesel russo ao Brasil. Especialistas dizem, porém, que o volume é pequeno se comparado ao total da demanda. As fontes destacam que a Petrobras vem sofrendo com uma eldquo;invasão de governançaerdquo;. Uma das pessoas a par do assunto afirmou que o movimento de troca de diretores eldquo;já está em andamentoerdquo;. Desde a chegada de Caio à estatal, apenas um novo diretor foi nomeado: Paulo Palaia, na área de Transformação Digital e Inovação. A indicação gerou críticas dos membros independentes do Conselho de Administração da estatal, de acordo com ata divulgada pela empresa. Há uma resistência do corpo técnico da Petrobras em reduzir os preços sem ter como parâmetro indicadores econômicos como a cotação do dólar e do petróleo. Isso porque os diretores temem ser responsabilizados juridicamente pelos acionistas. Procurada, a Petrobras não quis comentar a possível mudança na diretoria. Apesar do movimento de eldquo;força totalerdquo; para reduzir os preços, a diretoria da estatal vem pedindo cautela ao governo. Foi solicitado um prazo de duas semanas para saber como os preços do mercado internacional vão se comportar. Ontem, na primeira reunião presencial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) desde a pandemia, os membros, liderado pela Arábia Saudita, decidiram cortar a produção em dois milhões de barris diários para manter os preços. Sergio Araujo, presidente da Abicom, que reúne as empresas importadoras de combustíveis, diz que há uma expectativa de que o preço do petróleo se mantenha em patamar elevado por conta da decisão da Opep+. Segundo dados da Abicom, o preço da gasolina no Brasil está 8% menor que no exterior, e o do diesel, 3%. Com isso, diz Araujo, a Petrobras deveria elevar os preços dos combustíveis para manter a paridade internacional: emdash; Há uma expectativa técnica de que a Petrobras aumente os preços para manter a coerência com sua política de preços. O volume de diesel oriundo da Rússia, por exemplo, é muito pequeno, de 30 a 35 mil metros cúbicos, e o consumo mensal é de cinco milhões de metros cúbicos. Então, isso não deve alterar o cenário. Barril sobe após Opep+ Pouco depois do anúncio da Opep+, o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, e o principal conselheiro econômico de Joe Biden, Brian Deese, afirmaram, em comunicado, que o presidente americano eldquo;estava decepcionado com a decisão de curto prazo da Opep+erdquo;. Depois do anúncio, o preço do barril do tipo Brent subiu 1,7%, para US$ 93,97. No Brasil, o Ibovespa fechou em alta de 0,83%, a 117.197 pontos, com a ajuda da Petrobras. Os papéis ordinários (ON, com direito a voto) da estatal subiram 3,54% (para R$ 36,55) e os preferenciais (PN, sem direito voto) ganharam 3,76% (R$ 32,55). Já o dólar terminou o dia a R$ 5,18. Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, destaca que o setor como um todo acaba se beneficiando da alta do petróleo: emdash; A defasagem, tanto da gasolina, quanto do diesel, é muito pequena. Mas não tem espaço para cortes. Com o petróleo subindo, fica difícil saber o poder de manobra. Fernando Siqueira, head de research da Guide, concorda. Para ele, o mercado só vai refletir as pressões na redução dos combustíveis se elas realmente se efetivarem, ou seja, se novos cortes acontecerem este mês.

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Produção industrial recua 0,6% em agosto, diz IBGE

A indústria brasileira voltou a ficar no vermelho em agosto. A produção do setor encolheu 0,6% em relação a julho, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na passagem de julho para agosto, houve redução em oito dos 26 ramos pesquisados, com destaque para as perdas em derivados de petróleo e biocombustíveis (-4,2%), produtos alimentícios (-2,6%), indústrias extrativas (-3,6%) e produtos têxteis (-4,6%). Na direção oposta, das 18 atividades com expansão, os destaques foram veículos (10,8%), máquinas e equipamentos (12,4%) e outros produtos químicos (9,4%). Pela pesquisa do IBGE, em agosto o setor industrial estava 1,5% abaixo de fevereiro de 2020, período anterior à pandemia, e 17,9% aquém do nível recorde alcançado em maio de 2011. eldquo;De modo geral, a indústria vem andando de lado desde meados de 2021. Um mês sobe um pouco; no outro, cai. Não consegue atingir uma tendência de altaerdquo;, apontou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em nota. eldquo;Daqui para a frente, nossa previsão é de que o setor continue andando de lado ou até caia, como ocorreu agora em agosto. Isso deve acontecer porque a indústria, assim como o restante da economia, passa a sentir mais fortemente os efeitos da elevação da taxa de juros neste segundo semestre, além de continuar sendo afetada pela desaceleração da economia global e pela queda de preços de commodities.erdquo; Segundo André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, as medidas de incremento de renda implementadas pelo governo impulsionaram a demanda por bens industriais, especialmente de fevereiro a maio. No entanto, elementos desfavoráveis ao consumo das famílias permanecem presentes, atuando como obstáculos para uma melhora no fôlego da produção. Segundo Macedo, os principais fatores seriam a alta da inflação de alimentos, o aumento dos juros e o mercado de trabalho com contingente ainda importante de desempregados e geração de empregos mais precários. ebull;

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