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Distribuidoras de gás de cozinha lucram mais e famílias sofrem

É um absurdo que os preços do gás de cozinha (GLP) não tenham caído consistentemente mesmo com as reduções feitas pelas Petrobras. Embora não haja controle de preços neste segmento econômico, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), em seu artigo 39, estabelece como uma das práticas abusivas, vedadas ao fornecedor de produtos e serviços, "elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços". É um absurdo que os preços do gás de cozinha (GLP) não tenham caído consistentemente mesmo com as reduções feitas pelas Petrobras. Embora não haja controle de preços neste segmento econômico, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), em seu artigo 39, estabelece como uma das práticas abusivas, vedadas ao fornecedor de produtos e serviços, "elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços".

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Tramitação de reforma tributária dificultará emendas

O modelo escolhido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para fazer a discussão da reforma tributária deve dificultar o acréscimo de dispositivos legais à proposta de emenda constitucional (PEC).O parecer do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) será apresentado direto no plenário da Câmara. O rito, inusual, torna mais complicado aprovar emendas. Ribeiro apresentou um relatório sobre a proposta na terça-feira passada, após três meses de debates por um grupo de trabalho. Ainda não é o texto da PEC em si, que só será conhecido cerca de dez dias antes da votação em plenário, prometida para a primeira semana de julho. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Cepea: Etanol anidro sobe 0,99% e hidratado cai 1,56% nas usinas paulistas na semana

Nas usinas paulistas, o etanol hidratado caiu 1,56% nesta semana, de R$ 2,5710 o litro para R$ 2,5309/litro, em média, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq). O valor do anidro avançou 0,99% no período, de R$ 2,9644 o litro para R$ 2,9936/litro, em média.

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Presidente da Shell prevê que Brasil deve desativar 50 plataformas até 2030

O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, disse em uma rede social que o Brasil precisa estar pronto para o início do descomissionamento de plataformas (processo que prevê desde a desativação até a desmontagem do equipamento) no País, que serão mais de 50 até 2030 e tem previsão de investimentos da ordem de R$ 45 bilhões entre 2023 e 2026. O tema foi um dos assuntos de um seminário fechado organizado no início de junho pelo Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Natural (IBP). No encontro, além da Shell estiveram presentes representantes da Petrobras, da Transpetro, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Congresso Nacional, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros, informou o executivo. eldquo;Com muita gente de peso ao redor da mesa, levantamos os caminhos para a retomada e o fortalecimento do mercado de fornecedores da área naval brasileira, imprescindível para o segmento de upstream (exploração e produção)erdquo;, disse Costa. No caso da Shell Brasil, ele informou que, no momento, a empresa está descomissionando o FPSO Fluminense, navio-plataforma que há anos opera nos campos de Bijupirá e Salema, na bacia de Campos. eldquo;No meu entendimento, algumas questões ainda precisam ser melhoradas para que o Brasil possa ser mais competitivo nesta atividade, como maior simplificação regulatória, mais previsibilidade e melhor dimensionamento dos recursos humanos dedicados a esta atividadeerdquo;, avaliou Costa. Segundo ele, na ocasião, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que todos precisam estar juntos nesse processo de descomissionamento: governo, operadoras e fornecedores.

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Um dia após ser privatizada, refinaria Clara Camarão aumenta preços, diz Sindipostos - RN

Um dia após ser privatizada, a refinaria Clara Camarão, localizada em Guamaré, na Costa Branca potiguar, aumentou o preço da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras de combustíveis do Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada ao g1 pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no estado (Sindipostos RN). O aumento chega a R$ 0,51 no preço do óleo diesel AS500 vendido às distribuidoras. No caso da gasolina tipo A, a alta é de R$ 0,23. A comparação foi feita por empresários e distribuidoras com base nos dados de preços dos produtos disponibilizados pela Petrobras no dia 1º de junho e os preços disponibilizados nesta quinta (8) no site da 3R Petroleum, que assumiu as operações da refinaria. No dia 1º, a gasolina era vendida pela Petrobras à distribuidoras por R$ 2,68. O novo preço disponibilizado no site da 3R Petroleum é de R$ 2,91. No caso do diesel, o preço passou de R$ 2,85 para R$ 3,36. Segundo o Sindipostos, por causa do feriado na quinta (8), as compras de combustíveis ficaram concentradas nesta sexta-feira (9). "O Sindipostos não estima quanto deste aumento será repassado às bombas porque esta é uma decisão de cada revenda, que leva em conta detalhes particulares, incluindo a relação de cada postos com a distribuidora parceira, no caso dos postos bandeirados", disse a entidade. 3R diz que e#39;ajustese#39; podem ser recorrentes Procurada pelo g1, a 3R Petroleum afirmou, em nota, que "os preços dos produtos derivados produzidos pela companhia seguem parâmetros de mercado - tais como o dólar, o valor de referência internacional do petróleo, custos logísticos para recebimento de derivados na região Nordeste, entre outros". "Vale destacar que ajustes nos preços podem ocorrer de forma recorrente, amparados por critérios técnicos e condições de mercado", informou, ainda, a empresa. Adaptação de mercado Diretor de uma empresa especializada em consultoria de postos de combustíveis, Nélio Wanderley ressalta que a refinaria Clara Camarão atende a praticamente 100% do mercado do Rio Grande do Norte, porém, considerou que os postos podem buscar alternativas como refinarias de estados vizinhos. "Atualmente, o frete pago pelo transporte de Cabedelo (Paraíba) para o Rio Grande do Norte é menor do que essa alta registrada", ressalta o representante da Posto Seguro. Por outro lado, o especialista considera que o estado vizinho não suportaria uma alta demanda de compras por muitos dias. Ele ainda ressaltou que a nova administradora da refinaria pode estar considerando os custos atuais de produção e poderá se adaptar para adequar os preços ao mercado local, a médio e longo prazo. A refinaria A refinaria de Clara Camarão tem capacidade instalada para refino de 39,6 mil barris de óleo por dia. A estrutura atende os mercados de gasolina, diesel, bunker e querosene de aviação do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. Ela faz parte do ativo industrial da Guamaré e do Polo Potiguar, que pertencia à Petrobras e foi vendido para a 3R Petroleum. O contrato de venda aconteceu em 2022 e a transição foi encerrada à meia-noite desta quinta (8), quando a nova empresa assumiu a gestão do polo. Venda do Polo Potiguar A Petrobras concluiu nesta quarta-feira (7) as operações próprias e o processo de transição do Polo Potiguar. O polo concentra três subpolos de exploração de petróleo e gás, além de toda a estrutura do ativo industrial de Guamaré. Segundo fato relevante publicado pela 3R - comunicado a investidores e ao mercado - a transação foi concluída com o pagamento de R$ 5,408 bilhões, que se somam à parcela de R$ 591,95 milhões pagos na assinatura do contrato. Ainda resta pagamento de US$ 235 milhões que deverá ser feito em quatro parcelas anuais de US$ 58,75 milhões, sendo a primeira em março de 2024.

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Luz no fim do túnel inflacionário

O IPCA de maio, de 0,23%, abaixo do piso (0,24%) das estimativas do Projeções Broadcast, é mais uma boa notícia econômica conjuntural. Não só o PIB recentemente surpreendeu para cima, como a inflação começou a trazer surpresas positivas para baixo. Na verdade, como explica Anna Reis, sócia e economista-chefe da Gap Asset, o IPCA fechado de maio confirmou, na sua análise, uma significativa melhora qualitativa na inflação que já pôde ser notada no IPCA-15 de maio. Tomando termômetros importantes como a média dos núcleos e a inflação subjacente de serviços, desenhou-se uma trajetória de queda gradual desde níveis muito altos (acima de dois dígitos na média trimestral dessazonalizada e anualizada) no primeiro trimestre do ano passado. Em abril, porém, houve um repique, que alimentou o temor de que o processo de desinflação estivesse estacionando ou mesmo em reversão. Os dados do IPCA-15 de maio, e agora do índice fechado do mês, entretanto, dissiparam por ora esses temores. No índice de maio, em particular, Reis aponta que houve surpresa baixista, para ela, em componentes externos aos núcleos, como alimentação e preços administrados. Outra surpresa positiva foi uma difusão menor da inflação. Já o vestuário, que teve inflação forte até o final de 2022, voltou ao padrão histórico e, em maio, foi abaixo dele, assim como alguns serviços ligados à mão de obra. Os alimentos, em especial, surgem como um significativo fator baixista para a inflação deste ano. Fábio Romão, economista da consultoria LCA, nota que a alimentação no domicílio subiu 13,2% no IPCA do ano passado e, devido a ventos bem mais favoráveis no setor, sua projeção era de alta de 2,5 Em 2023. Mas novas pressões baixistas fizeram agora com que ele reduzisse ainda mais a previsão, para 1%. Diversos fatores contribuem para a desinflação da comida. Há a supersafra que, como nota Reis, levou a produção colhida sem espaço de armazenamento que tem jogado o preço de soja e milho, em algumas circunstâncias, abaixo da paridade internacional no mercado interno. O ciclo da pecuária está favorável, a carne de frango recuou em maio, e a alta dos fertilizantes no ano passado por causa da guerra na Ucrânia, que teve impacto altista nos alimentos in natura, foi revertida. A economista aponta que vinha sendo esperada uma transmissão do recuo das commodities e dos alimentos no atacado para o varejo, e o IPCA de maio é um sinal de que esse efeito está vindo e talvez até numa intensidade mais forte do que a projetada pelo mercado. Carlos Thadeu, economista-sênior da gestora Asset1, nota que as commodities caíram sem que o real se depreciasse, o que ele atribui em parte ao fato de o Banco Central ter sido firme em manter elevadas as taxas de juros. Aquela combinação (commodity caindo, real fortalecido), por sua vez, é fortemente desinflacionária para os alimentos. A redução do preço dos combustíveis e, agora, dos automóveis, em função de medidas do governo, também contribui para derrubar as expectativas inflacionárias para este ano. Romão reduziu a projeção de inflação de carros novos este ano de 4,5% para -0,1% (e há efeito adicional nos carros usados). Já os bens industriais, que subiram 9,5% em 2022, tinham projeção da LCA de 4,3% para este ano, que foi baixada para 3,2%, em boa medida pelo impacto das medidas de redução do preço de carros novos. O resultado é que as projeções de inflação para 2023, e também para 2024, estão caindo significativamente. Se, há alguns meses, chegou-se a prever IPCA acima de 6% este ano, agora se recua em direção a 5%, e há até quem preveja menos do que isso. Reis está revisando sua projeção do IPCA em 2023 de 5,1% para 4,9%, e Thadeu prevê 4,7%. Romão reviu sua projeção de 6% na semana passada para 5,5%, e hoje para 5,4%, mas fala de um IPCA este ano que poderia ficar entre 5% e 5,4%. Para 2024, a projeção de Reis é de 3,8%, a de Thadeu de 3,9% e a de Romão de 4%, todas bastante próximas, portanto, e já com boa parte do caminho em direção à meta de 3% (se Lula não mudar) percorrido. Em termos de Selic, uma expressiva corrente de mercado considera que as boas novas no front inflacionário podem fazer com que o Copom faça o primeiro corte na reunião de agosto, e não na de setembro (a próxima reunião é em 20 e 21 deste mês, quando o terreno seria preparado). A inflação de junho pode ser próxima de zero, como também a de julho e agosto, na projeção de Thadeu.

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