Ano:
Mês:
article

Por que a Petrobras (PETR4) precisa elevar os preços dos combustíveis

Nos últimos dias, o preço do petróleo subiu por causa do corte de 2 milhões de barris por dia na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) a partir de novembro. Com isso, os preços do petróleo tipo Brent (referência internacional) atingiram a máxima em três semanas e podem ultrapassar os US$ 100/barril. A Petrobras (PETR3; PETR4) precisa aumentar o preço dos combustíveis para acompanhar os valores internacionais. Mas a empresa enfrenta resistência do governo de Jair Bolsonaro, que quer segurar os preços baixos até o segundo turno. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem no preço da gasolina, em relação ao valor praticado no mercado internacional; a diferença no diesel é de -8%. Na conta dos importadores Caso a estatal opte por segurar o reajuste, quem deve ser mais impactado são as importadoras, destaca Rafael Passos, analista da Ajax Capital. eldquo;É importante monitorar essa questão, considerando que essa defasagem tem impacto relevante aos importadores, que suprem em torno de 30% da demanda nacional por combustívelerdquo;, afirma. Basicamente, a conta não fecha: se os preços lá fora estiverem mais altos do que no Brasil, as companhias deixam de importar. Afinal, elas vão pagar mais caro para comprar e não vão ter o retorno na venda. Isso coloca em risco o abastecimento do país. Histórico de reajustes A última vez que a empresa subiu os preços foi no dia 18 de junho endash; na época, o litro da gasolina nas distribuidoras passou a valer R$ 4,06 e o diesel R$ 5,61. A política de preços da estatal sempre foi criticada por Bolsonaro, tanto que ele trocou o CEO da empresa quatro vezes. Caio Mário Paes de Andrade assumiu o cargo em 28 de junho e, desde então, a Petrobras anunciou reduções de preços nove vezes endash; respaldadas na queda do petróleo. A última queda no preço da gasolina foi anunciada há pouco mais de um mês, no dia 1º de setembro, quando o litro passou de R$ 3,53 para R$ 3,28. O reajuste do diesel, por outro lado, é mais recente. O anúncio foi feito no dia 19 de setembro e o preço passou de R$ 5,19 para R$ 4,89.

article

Aprovadas consulta e audiência públicas sobre revisão do cálculo do Preço de Referência do Petróleo

A Diretoria Colegiada da ANP aprovou hoje (6/10) consulta e audiência públicas para revisar a Resolução ANP nº 874/2022, que estabelece os critérios para fixação do preço de referência do petróleo, adotado no cálculo das participações governamentais (royalties e participação especial). O objetivo é aprimorar a regulação e tornar os preços de referência do petróleo estabelecidos pela ANP mais aderentes aos preços atualmente praticados no mercado internacional. Os preços de referência do petróleo e do gás natural são adotados pela ANP para calcular as participações devidas à União, estados e municípios pelos produtores de petróleo e gás, junto com outras variáveis, como a produção dos campos petrolíferos e o câmbio do momento. Para mais informações sobre esse cálculo, acesse https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/royalties-e-outras-participacoes/preco-de-referencia-do-petroleo. O Decreto nº 11.175/2022 alterou o Decreto nº 2.705/1998 para permitir a revisão da metodologia de cálculo dos preços de referência utilizados para calcular as participações governamentais aplicáveis às atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural (EeP). A proposta de revisão foi motivada pela atual conjuntura geopolítica global, com destaque para os efeitos do recente conflito no leste europeu sobre o mercado internacional de petróleo e da alteração da especificação dos combustíveis marítimos no âmbito da Organização Marítima Internacional (IMO), que determinou novos limites máximos de teor de enxofre dos produtos. Saiba mais sobre royalties e outras participações: https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/royalties-e-outras-participacoes.

article

Petróleo fecha em alta, apoiado em corte da Opep+ e EUA no radar

O petróleo fechou com ganhos, nesta quinta-feira, estendendo o movimento do dia anterior. O corte de ontem na oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) ainda influía, com analistas em geral prevendo que a commodity siga apoiada no curto prazo, embora os Estados Unidos ameacem adotar medidas para contrabalançar a ação do grupo de produtores. O contrato do petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,79% (US$ 0,69), em US$ 88,45 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro subiu 1,12% (US$ 1,05), a US$ 94,42 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). O governo dos Estados Unidos voltou a criticar hoje a decisão da Opep+, no momento em que o país trabalha para reduzir a inflação. Além disso, o preço mais alto do óleo é fator positivo para a Rússia, que continua a travar uma guerra na Ucrânia, resistindo a sanções. O presidente americano, Joe Biden, declarou estar eldquo;desapontadoerdquo; com a decisão da Opep+ e que seu governo avalia alternativas. Questionado sobre se relaxar sanções com a Venezuela seriam uma alternativa, ele disse que há eldquo;várias alternativaserdquo;, mas que não houve uma decisão. Por outro lado, o presidente americano disse que a Venezuela teria de fazer eldquo;muitoerdquo; para as sanções serem revertidas, sem especificar. A Rystad Energy avaliava, em relatório, que o corte da Opep+ na prática não deve ser de 2 milhões de barris por dia (bpd), mas de 1,2 milhão de bpd, já que alguns países enfrentam dificuldades em sua produção. A consultoria acredita, de qualquer modo, que a postura do grupo colabora para apoiar os preços e diz que o Brent deve bater US$ 100 o barril até o fim deste ano. O UBS, por sua vez, diz que o mercado de petróleo deve estar eldquo;mais apertado nos próximos meseserdquo;, portanto com perspectiva positiva para o preço. O banco acredita que o Brent superará a marca de US$ 100 o barril eldquo;nos próximos trimestreserdquo;.

article

Cade volta a suspender julgamento sobre distribuição de combustível de aviação em Guarulhos

O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) voltou nesta quarta-feira a suspender julgamento em que as distribuidoras de combustível Vibra (VBBR3), Raízen (RAIZ4) e Air bp são acusadas de criarem barreiras e dificuldades de acesso de novos entrantes à infraestrutura de abastecimento de aeronaves no aeroporto de Guarulhos (SP). O caso foi aberto em 2014 pela distribuidora Gran Petro e o julgamento havia sido suspenso em março deste ano após pedido de vista do conselheiro Luis Henrique Braido, que na sessão desta quarta-feira votou pela imposição de multas às empresas e criação de medidas que facilitem o acesso a novos entrantes interessados no mercado de distribuição de combustível de aviação no maior aeroporto do país. Braido, porém, citou acordo recente acertado pelas empresas com a Gran Petro, mediando sua decisão da multa a ser aplicada às distribuidoras e à concessionária do aeroporto, GRU Airport. Com isso, o conselheiro votou por imposição de multa total de 152,8 milhões de reais às empresas. A Superintendência-Geral do Cade havia recomendado em 2020 multa total que poderia chegar a 3,6 bilhões de reais. eldquo;A multa seria proporcional ao faturamento das empresas no ramo da atividade, incluindo todos os combustíveis em todas as regiões do paísehellip;.e isso é uma definição bastante ampla, considerando que a conduta ocorreu em Guarulhos apenas em combustível de aviaçãoerdquo;, disse Braido ao ler seu voto. O conselheiro Luiz Augusto Hoffmann já havia votado pelo arquivamento do caso em março, considerando que não houve comprovação de que ocorreu violação da competição e voltou a reafirmar o entendimento nesta quarta-feira. Na sequência, a conselheira Lenisa Prado pediu vistas ao processo para analisar dados trazidos pelo voto de Braido e o julgamento foi novamente suspenso. Na semana passada, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou estudo realizado em parceria com o Cade que calculou que o ganho para os consumidores de eventual aumento no número de distribuidores de combustível de aviação em aeroportos do país poderia atingir 1,3 bilhão de reais nos próximos 10 anos. Por volta de 12h40, as ações da Vibra reduziam perdas do início da sessão e mostravam queda de 0,1%, enquanto os papéis de Raízen perdiam 0,9%. O Ibovespa (IBOV) tinha avanço de 0,8%.

article

IBP aumenta projeção de déficit de diesel para outubro

As perspectivas de abastecimento do mercado brasileiro de diesel S10 pioraram este mês. O boletim de monitoramento do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP) mostra um déficit de 115 milhões de litros em outubro, que terá de ser suprido pelos estoques das empresas. emdash; Há duas semanas, a previsão do IBP era de que o déficit seria de 99 milhões de litros. E há um mês, era de 32 milhões de litros. A expectativa é que haja uma piora na oferta de diesel no mercado internacional nas próximas semanas. O instituto cita que a manutenção de refinarias na Europa e paradas inesperadas emdash; como a greve na França emdash; reduziram a oferta no continente. emdash; O IBP estima que a produção das refinarias brasileiras e a importação de S10 totalizarão 3,274 bilhões de litros em outubro. Já a demanda projetada é 3,389 bilhões de litros. emdash; Apesar do cenário, o instituto não crê em desabastecimento e projeta superávits em novembro e dezembro: eldquo;Os agentes do setor seguem ofertando o produto necessário para o abastecimento do país apesar da instabilidade do mercado internacionalerdquo;, diz o boletim. A ANP propôs uma medida para obrigar as grandes distribuidoras a aumentarem os estoques de diesel, entre setembro e novembro. Em meio à reação do setor, a agência voltou atrás. A Leggio Consultoria estima que os volumes de diesel no mundo, que já estão mais baixos que o habitual, devem cair ainda mais. A Europa tende a reduzir as importações da Rússia, enquanto outros grandes produtores devem cortar volumes para venda. A Índia aumentou impostos para exportação. E a China limita a quantidade vendida a outros países. emdash; A consultoria defende a busca de cadeias alternativas de suprimento, sobretudo na Ásia. Atualmente, a importação brasileira se concentra nos EUA (60%), mas, com a reorganização dos fluxos comerciais globais, a tendência é que haja menos produto disponível nesse país.

article

Preço do frete rodoviário no Brasil sobe 56% no 3º tri, diz pesquisa

Os preços do frete rodoviário no Brasil registraram uma alta de 11% no terceiro trimestre deste ano ante o imediatamente anterior e de 56% quando comparado ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento divulgado pela Repom nesta quarta-feira (5). O valor médio do trimestre foi de R$ 7,87 por quilômetro rodado, de acordo com o IFR (Índice de Frete Repom). No acumulado de janeiro a setembro, o preço fechou em R$ 7,10/km, sendo 40,12% desse valor correspondente a gastos com combustível. De agosto para setembro, porém, houve uma queda de 4,6%, período em que a Petrobras fez três reduções seguidas no preço do diesel nas refinarias. O indicador também mostrou que o custo de mão de obra do caminhoneiro na composição do preço médio do frete diminuiu de 14,82% no ano passado para 12,12% este ano. Em 2019, antes da pandemia, a proporção chegou a ser de 18% "Percebemos que esses profissionais acabam barateando sua mão de obra para continuarem trabalhando, já que o preço dos demais itens só aumentou o custo operacional do frete nos últimos anos", disse em nota o diretor da Repom, Vinicios Fernandes. Do ponto de vista das cargas, o levantamento destacou que o frete do milho ficou 67% mais elevado, e o da soja 33%, no acumulado do ano em comparação com o mesmo período de 2021. A pesquisa também analisou as variações dos preços deste ano sobre os de 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, identificando um aumento de 65% no valor do frete do agronegócio. O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição tem como base cerca de 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Repom, marca da Edenred Brasil. A Repom é especializada em soluções tecnológicas de gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga. (Reuters)

Como posso te ajudar?