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Por que a Petrobras (PETR4) deve continuar pagando grandes dividendos?

O barril de petróleo está subindo e poucos investidores da Petrobras (PETR3 e PETR4) estão atentos. O valor já bateu US$ 90, maior patamar desde junho deste ano. A tendência é que a alta continue. Como sabemos, o preço de qualquer coisa é regulado pela oferta e a demanda. A Opep+, que é a organização dos países exportadores de petróleo, muitas vezes corta parte da produção simplesmente para elevar os preços. E é exatamente isso o que está acontecendo agora. Estão gradativamente cortando a produção e devem cortar mais de 1 milhão de barris em breve. Há vantagens e desvantagens nesta decisão e o investidor precisa estar atento. Se os combustíveis voltarem a subir, inevitavelmente a inflação vai voltar. O transporte de produtos no Brasil é feito majoritariamente por via terrestre. Se o preço do diesel sobe, o frete é repassado para o consumidor. O preço do litro do combustível caiu nos últimos meses e não voltou a subir, mesmo com o reajuste do barril de petróleo. Isso significa, que, em breve, a Petrobras será obrigada a subir os preços. Não vai ter como segurar. Neste momento, estamos defasados em relação aos preços internacionais e em algum momento isso precisará ser resolvido. A Petrobras (PETR3 e PETR4) vai continuar pagando bons dividendos? Na prática, a atual decisão da Opep+ significa que os investidores poderão receber dividendos gordos em relação aos papéis PETR3 e PETR4. Afinal, a demanda por petróleo vai aumentar com a diminuição de produção. Além disso, a estrutura de extração de petróleo da Petrobras já está pronta. Neste momento, a empresa não demanda grandes investimentos. O risco da empresa neste momento está ligado a quem será eleito presidente no próximo dia 30 de outubro e ao que ele pode fazer em relação a política de preços ou se tentará mudar o estatuto da companhia, que blinda a Petrobras de interferências governamentais. Confira as ações que pagam dividendos acima da Taxa Selic neste link.

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Diesel deveria ficar mais caro R$ 0,62 por litro para atingir paridade internacional, diz Abicom

O diesel no mercado brasileiro deveria subir R$ 0,62 por litro para estar alinhado ao mercado internacional, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que vê uma defasagem de 11% no preço do combustível, cujo preço tende subir ainda mais globalmente por conta da chegada do inverno no Hemisfério Norte. eldquo;O mercado internacional do diesel e o câmbio pressionam os preços domésticos. A arbitragem está desfavorável para importaçõeserdquo;, afirmou a Abicom em seu relatório diário sobre os preços internacionais na comparação com o mercado interno. O petróleo passou a subir no mundo inteiro depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidiu cortar a produção em 2 milhões de barris diários. Enquanto isso, o dólar no Brasil tem subido frente ao real, e na quinta, 6, teve alta de 0,50% no mercado à vista, chegando aos R$ 5,2099, enquanto o dólar futuro de novembro encerrou em alta de 0,46%, aos R$ 5,2480. A gasolina também está com o preço defasado em relação ao Golfo do México, registrando uma diferença de 9% em relação ao mercado brasileiro. Segundo a Abicom, para ficar atrativa para importação, o combustível deveria ter um reajuste de R$ 0,32 por litro nas refinarias. Os últimos reajustes praticados pela Petrobras, agente dominante do mercado brasileiro, foram realizados há 18 dias, no caso do diesel, e há 36 dias, no caso da gasolina. Ambos foram de queda, de 4,07% e 4,8%, respectivamente. Procurada, a Petrobras afirmou em nota que eldquo;não existe uma referência única e percebida da mesma maneira por todos os agentes, sejam eles refinadores ou importadoreserdquo;, e que eldquo;segue monitorando continuamente o mercado e os movimentos nas cotações de mercado do petróleo e dos derivados, que atualmente experimenta alta volatilidadeerdquo;. eldquo;A companhia reafirma seu compromisso com a prática de preços em equilíbrio com o mercado, sem repassar a volatilidade conjuntural nem movimentos especulativos como os que estão sendo observados recentementeerdquo;, completou a estatal.

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Petróleo fecha em alta, com ganhos acima de 10% na semana, após Opep+

Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta hoje, em mais uma sessão na qual a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de fazer um importante corte na produção da commodity impulsionou os preços do barril. Como resultado, na semana o ganho acumulado ficou acima de 10% para o petróleo. O movimento chamou a atenção de importantes consumidores, como os Estados Unidos, que se mobilizaram para tentar compensar a forte alta nos preços. O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 4,74% (US$ 4,19), a US$ 92,64 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), com alta semanal de 16,64%. Já o Brent para dezembro avançou 3,71% (US$ 3,50), a US$ 97,92 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE) e ganhou 15,01% na semana. eldquo;Os preços do petróleo bruto subiram cerca de 10% esta semana, quando a Opep+ anunciou um corte de 2 milhões de barris de petróleo em sua cota de produção, o que praticamente garante que o mercado estará em déficit no quarto trimestreerdquo;, avalia a Capital Economics. Assim, a consultoria mantém sua previsão de que o preço do Brent ficará em torno de US$ 100 por barril no final de 2022. Além do impacto na oferta de petróleo, a decisão da Opep+ é significativa, pois o grupo decidiu ignorar a pressão dos Estados Unidos para aumentar a oferta, avalia. eldquo;Nas próximas semanas, poderemos ver a intervenção dos EUA no mercado de petróleo e ou em suas relações com a Arábia Sauditaerdquo;, projeta. Ontem, o presidente Joe Biden se disse desapontado com a decisão da Opep+. Em conversa com repórteres antes de embarcar no avião presidencial, o democrata disse: eldquo;estamos analisando quais alternativas podemos tererdquo;. O analista da Oanda Edward Moya lembra que um dólar forte está consumindo alguns ganhos semanais de petróleo, mas diz que isso não terá um impacto duradouro. Em sua visão, a Opep+ eldquo;mostrou suas cartas esta semana e isso manterá os mercados de petróleo muito apertados à medida que nos aproximamos do invernoerdquo;. A Opep+ eldquo;faz o que for preciso e agora está esperando para ver qual será a reação dos líderes mundiais. Os riscos do petróleo de US$ 100 estão facilmente de volta à mesa e, se for um inverno frio, poderemos ver US$ 110 antes do final do anoerdquo;, projeta.

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Petrobras: não há decisão sobre mudança em diretoria

A Petrobras divulgou comunicado há pouco em que afirma que não há, até o momento, eldquo;qualquer decisão ou procedimento interno na companhia visando à substituição de membros da diretoria executivaerdquo;. A divulgação foi em resposta a questionamento da CVM sobre reportagem publicada no jornal O Globo, segundo a qual, para tentar segurar e até reduzir os preços dos combustíveis em meio à corrida eleitoral do segundo turno das eleições neste mês, o governo federal estaria tentando trocar três diretores da estatal. A intenção seria mudar nomes do comitê responsável por decidir os movimentos de alta e queda nos preços dos combustíveis. Com a recente alta dos preços internacionais do petróleo, aumentou a pressão sobre a companhia para que não haja repasses aos preços finais da gasolina nesse momento.

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MP que suspendia créditos tributários sobre combustível perde validade

Perdeu a validade no último dia 27 a medida provisória que suspendia até o final do ano a utilização de créditos tributários gerados pela comercialização de combustíveis com alíquota zerada (MP 1.118/2022). Publicada em maio, ela chegou a ser aprovada pela Câmara dos Deputados, mas o Senado não deliberou. Segundo o Executivo, a MP evitava insegurança jurídica provocadas pela Lei Complementar 192, sancionada em março. Ela zerou as alíquotas das contribuições sociais sobre combustíveis, mas manteve permitido o creditamento tributário. Segundo o Palácio do Planalto, a situação não se justificava porque aquisições de produtos vendidos com alíquotas zero das contribuições não ensejam direito a créditos. A Câmara inseriu na MP dispositivos beneficiando o setor elétrico, que geraram resistência entre os senadores. O texto previa correção das tarifas de uso dos sistemas de transmissão pelo Índice de Atualização da Transmissão (IAT), que leva em conta a inflação, e também concedia prazo adicional de dois anos para a entrada em operação de projetos de fontes renováveis beneficiados por descontos tarifários. Emendas e requerimentos apresentados no Senado tentavam remover esses artigos. Agora, o Congresso Nacional deverá editar um decreto legislativo tratando das consequências jurídicas da MP expirada. Não há prazo para que isso aconteça. Se o Congresso não o fizer, ficam valendo as regras da MP.

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Estamos perto do piso do etanol, diz CEO da Raízen

O CEO da Raízen, Ricardo Mussa, afirmou, nesta quinta-feira (6), em entrevista à CNN, que o Brasil está chegando próximo ao piso de preço médio do etanol, sem a estimativa de grandes quedas até o fim do ano. eldquo;O etanol segue muito a tendência da gasolina. E a gasolina depende muito do mercado internacional, como é que está o preço da gasolina fora do Brasil. O que a gente viu foi uma forte redução do preço da gasolina lá fora, acompanhou a queda do petróleo, e o etanol seguiu. Estamos neste momento no meio da safra, onde há mais disponibilidade de produto, então a tendência é ainda uma pequena quedaerdquo;, afirma Mussa. eldquo;Então acho que a gente já chegou muito perto do piso do etanol, não deveria ver grandes quedas na bomba daqui até o final do anoerdquo;, continua. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilado pelo AE-Taxas, divulgado em 4 de outubro, os preços médios do etanol hidratado caíram em 21 estados e no Distrito Federal (DF), subiram em três estados (PR, GO e ES) e ficaram estáveis em um estado (Roraima) até 1º de outubro. Não houve levantamento no Amapá. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol recuou 1,75% na semana em relação à anterior, de R$ 3,430 para R$ 3,370 o litro. Mudanças de hábitos na pandemia Mussa explica que durante a pandemia da Covid-19, houve mudanças de hábitos pelos consumidores, como, por exemplo, a alta procura pelos meios de pagamentos digitais. eldquo;A adoção do consumir pelos pagamentos digitais foi enorme para ter menos contato. Então, isso foi uma aceleração do processo de digitalização. Os aplicativos, a gente usa o Shell Box para fazer pagamento, por exemplo, cresceu muito nesse momentoerdquo;, explica. Outro ponto citado foi a importância dada para as questões ambientais e de saúde. eldquo;Então a gente viu, no nosso caso, como um grande produtor de etanol, e distribuidor de combustíveis, a demanda pelo nosso produto, não só no Brasil, mas fora do Brasil, aumentou muito. As pessoas passaram a dar mais relevância. Essas questões de mudança climática passaram a ficar mais visíveis para os consumidores.erdquo;

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