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Vendas do varejo têm retração de 0,1% em agosto, mostra IBGE

Afetado pela inflação de alimentos, pela alta da inadimplência e pelo encarecimento do crédito, o comércio varejista recuou 0,1% agosto. Foi o terceiro mês consecutivo de perdas, segundo os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). eldquo;O nível de inflação aumentou e corroeu o poder de compra da população, e isso está sendo amplificado (no varejo), pois parte da renda está sendo direcionada do consumo de bens para serviçoserdquo;, avaliou o economista-chefe da gestora de recursos Greenbay Investimentos, Flávio Serrano. O volume vendido encolheu em três das oito atividades pesquisadas pelo IBGE: equipamentos para informática e comunicação (-1,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui lojas de departamento (-1,2%); e artigos farmacêuticos e de perfumaria (-0,3%). Houve avanços em vestuário e calçados (13%); combustíveis (3,6%); livros e papelaria (2,1%); móveis e eletrodomésticos (1%); e supermercados (0,2%). No comércio varejista ampliado, que engloba as atividades de veículos e de material de construção, as vendas caíram 0,6% em agosto ante julho. O segmento de veículos subiu 4,8%, enquanto o de material de construção caiu 0,8%. Se por um lado a inflação deu trégua nos combustíveis, o aumento de preços dos alimentos ainda pressiona os supermercados, afirmou Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no IBGE. eldquo;Ela (inflação) ainda contribui no sentido de reduzir o poder de compra, o orçamento disponível das pessoas para o consumoerdquo;, justificou. A inadimplência também continua em crescimento, enquanto os juros em alta detêm a expansão do crédito, formando um conjunto de fatores que manteve o varejo eldquo;andando de ladoerdquo; em agosto, explicou Santos. elsquo;CABO DE GUERRAersquo;. A contração nas vendas do comércio varejista em agosto poderia ter sido ainda maior não fossem os efeitos de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada em julho que aumentou o valor dos pagamentos do programa Auxílio Brasil e criou estímulos para caminhoneiros e taxistas, lembrou André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica Consultoria. eldquo;É como se fosse um cabo de guerra: a Selic (taxa básica de juros) tentando diminuir o ritmo da atividade econômica, e o governo tentando acelerarerdquo;, comparou ele. O volume de vendas do varejo chegou a agosto a patamar 1,1% acima do nível de fevereiro de 2020, período anterior ao início da pandemia de covid-19. Já no varejo ampliado, as vendas ainda operam 3% abaixo do pré-covid. Apenas os segmentos de artigos farmacêuticos, combustíveis, supermercados e material de construção estão operando acima do patamar pré-crise sanitária. Os demais estão aquém: veículos (vendas 8,4% abaixo do nível de fevereiro de 2020); móveis e eletrodomésticos (17,2%); vestuário (14,6%); equipamentos de informática e comunicação (13,8%); outros artigos de uso pessoal e domésticos (3,8%); e livros e papelaria (34,8%). ebull;

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Redução na produção de petróleo pela Opep é fracasso diplomático de Biden

Na primeira reunião presencial desde março de 2020, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu em Viena na quarta-feira cortar sua produção em 2%, ou 2 milhões de barris diários. A decisão elevará os preços no mundo todo. Não foi uma medida qualquer, pelas implicações que a alta na cotação do petróleo terá num mundo ainda convulsionado pelos efeitos da pandemia, agravados pela guerra na Ucrânia. A alta do petróleo no mercado internacional surpreende por ser um movimento contrário aos interesses da Casa Branca, liderado por um tradicional aliado dos Estados Unidos, a Arábia Saudita do príncipe Mohammed bin Salman. As relações entre sauditas e americanos estavam estremecidas diante das evidências comprometendo Bin Salman no assassinato e esquartejamento do jornalista dissidente Jamal Khashoggi na Turquia em 2018, mas o presidente americano, Joe Biden, esteve com o saudita em julho para uma reaproximação. A decisão da Opep revela que a investida diplomática de Biden foi um fracasso. A alta do petróleo encarecerá os combustíveis nos Estados Unidos e impulsionará a inflação, hoje na faixa dos 8%, a poucas semanas das eleições de meio de mandato. É tudo o que Biden não quer. É praticamente certa a retomada, pelos republicanos, do controle da Câmara e a cada dia mais provável a do Senado. Confirmado o desastre político, restará a Biden cumprir os dois anos restantes do seu mandato isolado na Casa Branca, sem capacidade de aprovar projetos no Congresso. Em resposta à Opep, ele determinou ao Departamento de Energia que libere no mês que vem 10 milhões de barris da reserva estratégica americana. Pode haver algum efeito imediato, mas, com a inflação em alta no mundo e agora impulsionada pelo corte de produção da Opep, as taxas de juros continuarão subindo. O Federal Reserve atrasou-se para começar a elevar os juros depois da invasão da Ucrânia e tem de correr atrás do prejuízo. Durante toda a pandemia, os juros americanos estavam próximos a zero. Em setembro já oscilavam entre 3% e 3,5%. O Banco Central Europeu (BCE) segue a mesma tendência e elevou sua taxa em 0,75 ponto percentual no mês passado, para acima de 2% dependendo do tipo de empréstimo. Isso só faz aumentar a preocupação com a economia global, que emite há tempos sinais de estar à beira de uma recessão. Para o Brasil e os demais países emergentes, haverá mais dificuldades na obtenção de empréstimos a taxas baixas no exterior e provável alta no câmbio, provocada pela saída de divisas atrás de remunerações mais vantajosas lá fora. A valorização do dólar inevitavelmente terá impacto na inflação brasileira. O Banco Central interrompeu seu ciclo de alta dos juros em 13,75%, mas a situação no ano que vem traz incerteza sobre a queda esperada doravante. O assunto poderá ser tema de debate na campanha do segundo turno.

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Cade investiga distribuidoras de combustíveis por suposta prática predatória no mercado

O Cade deu até o dia 17 para Vibra, Raízen (Shell) e Ipiranga prestarem esclarecimentos em um inquérito que avalia uma possível infração à ordem econômica. As três empresas entregam combustíveis para postos bandeirados, que exibem as suas logomarcas e, por causa de contratos de exclusividade, são proibidos de comprar de outros fornecedores. Há uma suspeita de essas três distribuidora estejam inflando os preços dos combustíveis vendidos a esses varejistas.

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5G é ativado em todas as capitais brasileiras

A rede 5G foi ativada, na última quinta-feira (6), nas últimas cinco capitais brasileiras que faltavam: Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC). Com a implantação da nova tecnologia nessas cidades, todas as sedes estaduais passam a estar conectadas à quinta geração de internet móvel antes mesmo do prazo final definido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A data limite para liberação do sinal era 28 de novembro. Brasília foi a primeira a ativar o 5G. Gradualmente, as demais capitais liberaram o sinal. Mais de 50 milhões de pessoas que vivem nessas cidades poderão ser beneficiadas com a chegada do 5G, o que representa 24% da população brasileira. A tecnologia permite velocidade de conexão ultrarrápida endash; até 100 vezes mais veloz do que o 4G endash; e baixíssima latência, ou seja, curto tempo de resposta entre um comando e a execução da ação. Desse modo, viabiliza inovações digitais em diversos setores, entre eles, comércio, indústria, agronegócio, saúde e educação. Cobertura 5G endash; Até o momento, estão ativas 5.275 antenas de 5G standalone. Essa quantidade é o dobro do mínimo (2.528) estabelecido no leilão de radiofrequências, garantindo, assim, maior cobertura do sinal nos bairros. O número de estações deve chegar a 6.370 até 2025, conforme as obrigações assumidas pelas empresas vencedoras dos lotes nacionais do leilão do 5G. O próximo passo para expansão do 5G no Brasil é a ativação da rede em cidades com mais de 500 mil habitantes. Conforme o cronograma, a limpeza da faixa de 3,5 GHz nessas localidades deve ser feita até janeiro de 2023 para possibilitar ativação do sinal. Impactos na economia endash; O uso do 5G pode movimentar R$ 590 bilhões por ano, segundo levantamento do Ministério da Economia, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Para empresas, multinacionais e startups, a nova geração de internet móvel pode gerar impacto de R$ 101 bilhões até 2031. O Fórum Econômico Mundial projeta, ainda, que o 5G fomente a geração de 22,8 milhões de empregos no mundo até 2035.

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Etanol tem menor preço em dois anos e já é competitivo em sete estados e no DF

O preço do etanol despencou nas últimas semanas, chegando a ficar abaixo de R$ 3 por litro em algumas cidades, e já é competitivo em relação à gasolina em sete estados e no Distrito Federal, segundo a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). O cenário favorece o consumidor mas é motivo de preocupação entre produtores de cana da região Nordeste, que veem pressão sobre os preços de venda da matéria-prima, com prejuízos aos produtores rurais. Segundo os dados coletados pela ANP esta semana, vale à pena optar pelo etanol na Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba e São Paulo. A avaliação de competitividade considera que o preço do etanol tem que equivaler, no máximo, a cerca de 70% do preço da gasolina para compensar o menor rendimento. O estado com maior competitividade do etanol é o Mato Grosso, onde o preço médio do produto equivale a 61,36% do preço da gasolina. É o único estado com preço médio abaixo de R$ 3: R$ 2,97 por litro. A gasolina nos postos do estado sai, em média, a R$ 4,84 por litro. Nos outros cinco estados onde o combustível é vantajoso, os percentuais variam entre 67,29%, em Goiás, e 73,47%, na Bahia. Em sua pesquisa de preços da semana encerrada no dia 30 de setembro, a ANP encontrou o etanol mais barato do país em São Paulo, a R$ 2,79 por litro. Em Cuiabá, o produto foi encontrado a menos de R$ 3 por litro. O preço médio nacional foi R$ 3,40 por litro, uma queda de cerca de 30% desde que o Congresso aprovou cortes nos impostos federais e estaduais sobre os combustíveis. No período, o preço da gasolina caiu 35%, para R$ 4,79 por litro, em média.

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Queda dos combustíveis nos postos perde força, diz ANP

Após 14 semanas consecutivas de forte queda, os preços dos combustíveis começam a se estabilizar nos postos brasileiros, segundo pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) divulgada nesta sexta-feira (7). A desaceleração do ritmo de queda reflete a falta de cortes de preços nas refinarias em um cenário de petróleo mais caro. Os repasses dos cortes de impostos aprovados no fim de junho também já chegaram integralmente aos estabelecimentos. Geradora de boas notícias para a campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), a Petrobras vem agora sendo pressionada a não repassar ao consumidor a alta das cotações internacionais do petróleo. Na abertura do mercado desta sexta, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras estava R$ 0,32 por litro abaixo da paridade de importação emdash;espécie de baliza das cotações internacionais. Segundo a agência, a gasolina foi vendida, em média, a R$ 4,79 por litro, recuo de apenas 0,4% em relação aos R$ 4,81 verificados na semana anterior. Desde o início de setembro, a Petrobras não promove cortes no preço de venda por suas refinarias. Nesta semana, a ANP encontrou a gasolina mais barata do país em São Paulo, a R$ 4,15 por litro. A mais cara foi encontrada também na capital paulista, a R$ 6,99 por litro. O preço do diesel caiu um pouco mais, com repasse do corte nas refinarias em meados de agosto, e fechou a semana a R$ 6,52 por litro, valor 0,6% inferior ao verificado na semana passada. É o menor preço desde a segunda semana de março, em valores corrigidos pela inflação. O preço do etanol subiu 0,9%, para R$ 3,40 por litro. As sucessivas quedas no preço de bomba do combustível ampliaram sua competitividade em relação à gasolina para seis estados e o Distrito Federal, de acordo com os dados da ANP da semana passada. O etanol mais barato do Brasil foi encontrado pela ANP em São Paulo, a R$ 2,79 por litro. O preço do gás de botijão também seguiu em queda, como reflexo de dois cortes nas refinarias durante o mês de agosto. Segundo a ANP, o botijão de 13 quilos foi vendido, em média, a R$ 110,62, recuo de 1,3% em relação à semana anterior. A queda do preço dos combustíveis vem sendo usada pelo governo e por apoiadores como argumento em favor da reeleição de Bolsonaro. O cenário externo, porém, é mais adverso neste segundo turno, após corte de produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Em uma semana, a cotação do Brent, referência internacional negociada em Londres, subiu 9%, fechando esta sexta a US$ 95,89 por barril. Analistas acreditam que o mercado continuará apertado e projetam negociações acima dos US$ 100 por barril nos próximos trimestres.

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