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Petrobras fica sob pressão após aumento de gasolina e diesel pela refinaria da Acelen

A Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen e única de grande porte privatizada no Brasil, elevou o preço do diesel e da gasolina diante da alta do petróleo no mercado internacional após o corte da produção anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na semana passada. Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostram que os dois produtos estão com preços defasados em relação ao praticados no exterior. A diferença soma 13% no diesel e 11% na gasolina. O aumento da defasagem joga pressão na Petrobras às vésperas do resultado das eleições presidenciais. A Acelen, empresa do fundo de investimento árabe Mubadala, elevou o diesel entre 10,7% e 11,5%, enquanto a gasolina subiu de 9,3% e 15,7%, dependendo do mercado atendido pela refinaria. O aumento do preço dos combustíveis segue a trajetória de alta global do petróleo após a decisão da Opep. Na última quarta, a Opep cortou a produção em 2 milhões de barris por dia. De acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) Adriano Pires, até o teto de US$ 95 o barril, a estatal não tem com o que se preocupar, pois a diferença é pequena em relação ao mercado internacional. Mas, se ultrapassar os US$ 100, será difícil justificar a manutenção dos preços. A mudança de rota acontece em um momento sensível principalmente para o mercado de diesel, cuja projeção de déficit no mercado brasileiro aumentou de 33 milhões para 115 milhões de litros no mês de outubro, segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP). A entidade avalia, no entanto, que o mercado será abastecido com os estoques feitos pelas distribuidoras e produtoras brasileiras, incluindo a Petrobras, que aumentaram seus estoques após o alerta para um possível racionamento no País em pleno período eleitoral. Preços no Brasil devem seguir internacionais No Brasil, desde 2016 a Petrobras pratica a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que alinha os preços internos da gasolina e do diesel aos praticados no Golfo do México, como se a empresa estivesse importando todo o combustível vendido no País. No caso do diesel, a necessidade de importação gira em torno dos 30% do total da demanda do País, e na gasolina, apenas 3%. Segundo fontes, a Petrobras tem sido pressionada pelo governo federal para manter seus preços congelados até o fim do segundo turno das eleições presidenciais, favorecendo assim o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Analistas avaliam que não está havendo isonomia nos reajustes nos preços da estatal, que foram reduzidos rapidamente em setembro, logo que o petróleo cedeu no mercado internacional, e que agora a empresa está segurando os aumentos. Ao todo foram quatro quedas sucessivas no preço da gasolina e três no preço do diesel desde que o atual presidente da Petrobras, petr, tomou posse, no final de junho. eldquo;Destacamos que tanto a Abicom como o CBIE apontam no momento a existência de uma defasagem perante o preço da gasolina transacionada no País diante dos preços do Golfo (do México)erdquo;, disse a corretora Ativa Investimentos em nota na semana passada. Com a valorização do insumo no mercado internacional, a Petrobras para equiparar aos preços do mercado externo deveria aumentar o diesel em R$ 0,75 e a gasolina em R$ 0,36 por litro.

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Petróleo fecha em baixa, com realização de lucros após fortes altas

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira (10), com algumas realização de lucros após os fortes ganhos da última semana, quando subiram acima de 15%. As preocupações com a demanda também seguem no radar, especialmente com a desaceleração da China. No entanto, a decisão da Opep+ de reduzir suas cotas de produção em 2 milhões de barris por dia ainda repercute, e analistas esperam que o movimento siga levando volatilidade aos mercados. O contrato do petróleo WTI para novembro fechou em baixa de 1,63% (US$ 1,51), a US$ 91,13 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro caiu 1,77% (US$ 1,73), a US$ 96,19 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Dados fracos da China reavivaram preocupações sobre a demanda da segunda maior economia do mundo pela commodity. Pesquisa da SeP Global mostrou no fim de semana que o índice de gerentes de compras (PMI) de serviços da China sofreu um tombo entre agosto e setembro, de 55 a 49,3, entrando em território de contração. Em relatório, a Fitch avalia que a Opep+ deve almejar um amplo equilíbrio no mercado de petróleo, alterando as cotas de produção e a oferta disponível, embora possa se tornar cada vez mais difícil alcançar um consenso entre os membros devido às incertezas da demanda e à recessão em grandes mercados desenvolvidos. eldquo;No entanto, esperamos que a volatilidade dos preços permaneça alta no curto prazo, pois fatores geopolíticos, como novas sanções que levam a uma redução nas exportações russas ou uma possível conclusão do acordo nuclear com o Irã, podem alterar significativamente a oferta padrões e causar grandes flutuações nos preçoserdquo;, avalia. No médio e longo prazo, eldquo;esperamos que os preços moderem, já que as tensões geopolíticas devem eventualmente diminuir, com os preços se aproximando dos custos de ciclo completoerdquo;, afirma a Fitch. No campo das tensões, Rússia lançou hoje uma série de ataques aéreos contra cidades por toda a Ucrânia, incluindo áreas distantes das frentes de batalha, como Kiev. Os ataques são os mais amplos desde o início do conflito, dois dias depois de uma explosão derrubar um trecho da ponte estratégica que liga a Península da Crimeia ao território continental russo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou os ataques. O democrata responsabilizou o presidente Vladimir Putin pelas agressões e indicou que seguirá impondo sanções ao país.

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Etanol: hidratado e anidro sobem pela quarta semana consecutiva

Os etanóis anidro e hidratado fecharam em alta na semana de 3 a 7 de outubro pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, registrando a quarta valorização semanal positiva. Desde a semana de 5 a 9 de setembro que o indicador não fecha no vermelho. O etanol hidratado, usado nos carros flex ou originalmente a álcool, foi comercializado na última semana a R$ 2,5975 o litro, contra R$ 2,4999 o litro da semana anterior, valorização de 3,90% no comparativo entre os períodos. Nas últimas quatro semanas o indicador do hidratado subiu 15,75%. Já o anidro, usado na mistura com a gasolina, subiu na semana passada 1,17%, comercializado a R$ 2,9131 o litro, contra R$ 2,8793 o litro da semana de 26 a 30 de setembro. No período de quatro semanas o indicador do anidro valorizou 3,31%. Indicador Diário Paulínia Pelo Indicador Diário Paulínia a sexta-feira (7) foi de alta nas cotações do etanol hidratado pelo terceiro dia consecutivo. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.702,00 o m³, contra R$ 2.676,50 o m³ praticado na quinta-feira, valorização de 0,95% no comparativo entre os dias.

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Preço do combustível e tributo estão na mira do setor

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) colocou em sua agenda de longo prazo para o mercado brasileiro a necessidade de reduzir a carga tributária sobre o querosene de aviação (QAV). Segundo Peter Cerdá, esse é basicamente um problema no âmbito estadual. eldquo;Precisamos retirar a taxação sobre o combustível principalmente nas viagens internas. São impedimentos que tornam os voos mais caros para o brasileiro, especialmente em viagens domésticas. Os governos têm de entender que a aviação é um modal de transporte públicoerdquo;, afirmou. O PIS, o Cofins e a Cide estão zerados para combustível de aviação até o fim do ano, de acordo com o secretário Nacional da Secretaria de Aviação Civil (SAC) do Ministério da Infraestrutura, Ronei Glanzmann. eldquo;Estamos trabalhando para continuar com esses impostos zerados até 2023, talvez 2024 .erdquo;Ele acrescentou que, apesar da redução do teto do ICMS para combustíveis, o QAV brasileiro continua sendo um dos mais caros do mundo. eldquo;Existe um trabalho sendo feito na cadeia produtiva do combustível. O setor é muito concentrado nas mãos da Petrobras, o único grande refinador no Brasil ainda é a empresaerdquo;, disse o secretário. eldquo;No mercado brasileiro, temos basicamente três distribuidores (de QAV), mas outras empresas querem entrar e nós queremos fomentar isso, porque com competição conseguimos abaixar preçoserdquo;, acrescentou Glanzmann. Cerdá observou ainda que a guerra inesperada na Ucrânia levou a uma desaceleração da retomada do setor aéreo em todo o mundo. eldquo;O combustível ficou mais caro.erdquo; Apesar dos desafios no Brasil e na região, o diretor-geral da ACI World, Luis Felipe de Oliveira, vê a América Latina liderando a retomada da aviação global. eldquo;Sabemos que o setor vai dobrar de tamanho nos próximos 20 anos e o crescimento virá de países da América Latina, África e Ásia.erdquo;

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Por que o motor a combustão ainda pode ser um bom negócio para o Brasil

Com a eletrificação dos veículos, as fábricas de motores a combustão começam a desaparecer. Mas no Brasil, pelo menos durante alguns anos, essa tendência deve seguir o caminho inverso. Como esse tipo de motor é cada vez menos usado em mercados desenvolvidos, o Brasil, que há décadas domina esse tipo de manufatura, começa a abastecer fábricas de países que ainda produzem veículos movidos a combustíveis fósseis. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Anfavea apura alta de 19,3% na produção de veículos em setembro

A produção de veículos no País subiu 19,3% em setembro, em comparação com o mesmo mês de 2021, totalizando 207,8 mil unidades, segundo divulgou ontem a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Apesar do crescimento frente ao volume de um ano atrás, período em que a falta de semicondutores para a produção era mais grave, a indústria não conseguiu repetir o ritmo de agosto, que teve a maior marca em 21 meses, e recuou 12,7% na comparação entre os dois meses. No ano, o aumento da produção é de 6,3%, com 1,76 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Com a recomposição da oferta de carros no mercado, as vendas no mês passado (194 mil unidades) subiram 25,1% ante setembro de 2021, mas caíram 7% em relação ao mês anterior. O ritmo diário, porém, foi de 9,2 mil unidades, a melhor média do ano. Ao todo, foi vendido 1,5 milhão de veículos neste ano, 4,7% a menos em relação a igual período de 2021. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, acredita que o mercado brasileiro deve consumir mais de 637 mil veículos até dezembro, o que poderá resultar em vendas acima das 2,14 milhões de unidades projetadas para este ano. eldquo;A alta dos juros e a dificuldade em obter crédito preocupa, mas ainda temos uma demanda reprimidaerdquo;, disse Leite. Embora menos crítica, a falta de semicondutores ainda impede as fabricantes de atender todo o mercado, e há automóveis com fila de espera de até seis a nove meses. No mês passado, duas fábricas pararam a produção por falta de microchips. SEM NAVIOS. De janeiro a setembro, as exportações totalizaram 363,5 mil veículos, alta de 31,2%. No mês passado, contudo, eldquo;acendeu uma luz amarelaerdquo;, segundo Leite. Navios internacionais que estavam programados para atracar no Brasil e seguir para outros países da região atrasaram, deixando entre 10 mil e 15 mil carros nos portos. Além disso, a Argentina, maior mercado brasileiro, reduziu as compras, e a Colômbia esgotou sua cota de importação de 50 mil veículos anuais sem imposto. O resultado foi a queda de 39% na exportação de agosto para setembro (28,5 mil veículos). O setor fechou o mês com 104,6 mil funcionários, 445 a mais ante o anterior. ebull;

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