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Polícia Civil prende 12 suspeitos de lavagem de dinheiro

Doze pessoas foram presas, na manhã desta terça-feira (11), em uma operação da Polícia Civil contra lavagem de dinheiro em postos de combustíveis de Porto Alegre. A Operação Benzina tem como objetivo desarticular uma organização criminosa com sede no bairro Bom Jesus, na Zona Leste da Capital. A ação realizou buscas a um grupo que utiliza a venda de combustíveis, produtos em lojas de conveniência e de eletrônicos para "reciclar" o dinheiro de crimes, como extorsão, compra e venda de armas de fogo, roubos, receptação e tráfico de drogas na região central de Porto Alegre. "Esse tipo de lavagem de dinheiro envolvia uma série de crimes. Membros aliavam valores ilícitos e depositavam em empresas e postos de gasolina. Era uma espécie de célula econômica da facção. Acreditamos que boa parte dos postos comprados eram valores advindos do crime", diz o delegado Marcus Viafore, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DRLD). Foram cumpridas 475 ordens judiciais nas cidades de Eldorado do Sul, Viamão, Alvorada, Frederico Westphalen, Venâncio Aires, Campo Bom, Sapucaia do Sul, Xangri-lá, Tramandaí e Canoas, além da capital gaúcha. Outras medidas constritivas, como o bloqueio de bens móveis e imóveis de até R$ 18 milhões, bloqueio de contas de 41 pessoas físicas e jurídicas e a quebra de sigilos fiscais e bancários de empresas e suspeitos. Como foi a investigação Polícia Civil prende 12 suspeitos de lavagem de dinheiro em postos de combustíveis do RS emdash; Foto: Polícia Civil/Divulgação De acordo com a Polícia Civil, a operação emdash; denominada "benzina" em função do líquido obtido do petróleo emdash; é fruto de uma investigação que se estendeu por aproximadamente dois anos. Foram identificados integrantes da organização criminosa que fizeram a reciclagem do dinheiro ilegal com depósitos de valores suspeitos em contas de postos de gasolina, lojas de conveniência e lojas que vendem telefone celular, e que mesclaram o capital lícito por transferências de recursos a pessoas jurídicas vinculadas à facção. Em um dos postos de Porto Alegre, por exemplo, mais de 50% do faturamento de três meses foi em dinheiro em espécie, o que não é compatível com a atividade normal do mercado para esse ramo, segundo a polícia. Também foram identificadas transferências de um desses postos de combustíveis para presos e familiares deles, como no caso de um detento condenado por roubos a agências bancárias e lotéricas. A administração dos negócios era feita ou por gerentes da organização que estivessem em liberdade ou por familiares e laranjas, principalmente no caso daqueles que estivessem presos. Um dos gerentes desse esquema, conforme a polícia, tinha negócios com um suposto empresário, já indiciado por crime de homicídio, que atua em diversos ramos econômicos, como a comercialização de aparelhos eletrônicos e administração de imóveis para terceiros. Ele possui um patrimônio que inclui barco, carros importados e imóveis de luxo em nome de outras pessoas. A polícia conta que, no curso das investigações, um dos gerentes da organização criminosa foi assassinado e, após sua morte, um de seus postos de gasolina foi transferido a outra pessoa, vinculada à mesma facção, de forma fraudulenta para não interromper a continuidade. O homicídio é apurado pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Brasil tem deflação pelo 3º mês seguido

Mais uma vez puxados pelos combustíveis, os preços recuaram pelo terceiro mês consecutivo no País. A deflação foi de 0,29% em setembro, após 0,36% em agosto e 0,68% em julho. Como resultado, a taxa acumulada em 12 meses caiu de 8,73%, em agosto, para 7,17%, ainda acima da meta de inflação para o ano, de 3,5%, com tolerância de até 5%. De acordo com o IBGE, o preço do combustível acumulou queda de 31,54% de julho a setembro, refletindo a desoneração promovida pelo governo federal. Se o custo da gasolina tivesse permanecido estável, o IPCA teria subido, segundo André Almeida, analista do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. Após a deflação de setembro, economistas reviram para baixo a projeção do IPCA para o ano. Os preços na economia brasileira recuaram em setembro, pelo terceiro mês consecutivo, e isso levou alguns economistas a cortar sua projeção para a inflação no ano. Mais uma vez, os combustíveis puxaram a deflação, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,29% no mês passado endash; índice recorde para o mês, após recuo de 0,68%, em julho, e de 0,36% em agosto. Como resultado, a taxa acumulada em 12 meses caiu de 8,73%, em agosto, para 7,17%, ainda acima da meta de inflação determinada para este ano (de 3,5%, com tolerância até 5%). Pelos dados do IBGE, o preço do combustível acumulou uma queda de 31,54% de julho a setembro, refletindo a desoneração promovida pelo governo federal. Após a divulgação do número de setembro, a LCA Consultores cortou sua projeção para 2022, de 5,8% para 5,5%, enquanto o banco Credit Suisse reduziu sua estimativa de 6,3% para 5,6%. Já Alexandre Lohmann, estrategista da gestora de recursos Constância Investimentos, chegou a dizer que a dinâmica atual dos preços poderia levar o IPCA para patamar inferior ao do teto da meta. eldquo;Até alguns meses atrás, isso seria uma coisa totalmente louca. Agora, passou de totalmente louca para possível se houver surpresas positivas, como mais quedas da gasolina ou um impacto forte da Black Fridayerdquo;, argumentou Lohmann. A chefe de economia da Rico Investimentos, Rachel de Sá, prevê que a inflação encerre 2022 em 5,60%, mas a taxa básica de juros, a Selic, permaneceria em 13,75% ao ano até o meio do ano que vem. eldquo;Vale lembrar que a projeção de queda da inflação não significa que os preços seguirão caindo, como vimos nos combustíveis e alguns itens em setembro. E, sim, que os preços, de maneira geral, subirão mais lentamente.erdquo; A queda nos preços da gasolina, decorrente tanto do decreto de redução do ICMS quanto de cortes sucessivos nos preços das refinarias praticados pela Petrobras, foi fundamental para o resultado negativo no terceiro trimestre do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no País. Embora tenha havido contribuição também das reduções no custo da energia elétrica e dos serviços de comunicação, ambos igualmente sob influência do decreto de corte de impostos, a gasolina é o item de maior peso no orçamento das famílias. O preço do combustível acumulou queda de 31,54% de julho a setembro, uma contribuição negativa de 2,13 pontos porcentuais para o IPCA do período, calculou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, se o preço da gasolina tivesse permanecido estável, o IPCA teria subido, confirmou André Almeida, analista do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. O IPCA acumulou uma deflação de 1,32% nos últimos três meses, a maior queda trimestral da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. A última sequência de três deflações seguidas pelo IPCA tinha ocorrido em 1998. eldquo;A inflação está caindo em ritmo rápido, mas o que vem puxando essa desaceleração são fatores pontuaiserdquo;, avaliou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em nota. eldquo;O resultado (de setembro) veio em linha com as projeções do mercado e reflete ainda os efeitos da redução do ICMS sobre energia e telecomunicações, além das diminuições de preços anunciadas pela Petrobras.erdquo; O C6 Bank prevê que o IPCA termine o ano em 6%, mas a projeção deve ser reduzida. Para 2023, a estimativa do banco é de inflação de 5,7%. Em setembro, a gasolina caiu 8,33%, enquanto o etanol, 12,43%. Houve recuo também nos preços de gás veicular, óleo diesel, motocicletas, automóveis novos e automóveis usados. Já as passagens aéreas tiveram alta de 8,22%. SEM GASOLINA, IPCA SOBE. Se retirada a gasolina da conta do IPCA, a movimentação de preços dos demais itens pesquisados teria feito o índice subir 0,15% em setembro (em vez de variar -0,29%), calculou o IBGE. O resultado de agosto teria sido de alta de 0,32% (em vez de -0,36%), e o de julho, de 0,39% (em vez de -0,68%). No mês de setembro, as famílias gastaram menos com quatro dos nove grupos de bens e serviços que integram o IPCA: além de transportes (-1,98%), houve recuos em alimentação e bebidas (-0,51%), artigos de residência (-0,13%) e comunicação (-2,08%). Nos alimentos, os preços do leite longa-vida recuaram 13,71%, embora ainda acumulem alta de 36,93% em 12 meses. Em setembro, houve redução também nos preços do óleo de soja (-6,27%), enquanto a cebola subiu 11,22%. ebull;

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FMI vê contas do País no azul no ano, mas projeta volta de déficit em 2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o Brasil deve apresentar superávit primário de 0,8% neste ano. A informação consta no relatório Monitor Fiscal do organismo, publicado ontem. Por sua vez, a dívida total do governo brasileiro deve cair. O FMI espera que a relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB) endash; um dos principais indicadores de solvência de um país e avaliado de perto pelas agências de classificação de risco endash; do Brasil diminua para 88,2% neste ano (ante 93% em 2021). Caso o cenário traçado pelo Fundo se materialize, seria o melhor resultado desde 2016. Ainda assim, a dívida continuará entre as maiores comparadas às dos pares emergentes, atrás apenas da do Egito. A melhoria nas projeções do FMI tem, contudo, vida curta. O Fundo vê o Brasil com aumento da dívida bruta e no vermelho pelos próximos dois anos, retomando o equilíbrio das contas apenas em 2025. Um das razões é o aumento dos gastos por parte do governo de Jair Bolsonaro às vésperas das eleições, dentre eles a elevação do Auxílio Brasil para R$ 600. eldquo;As projeções fiscais para 2022 refletem o último anúncio de política (do governo brasileiro)erdquo;, afirma o FMI, no relatório, sem dar mais detalhes. Para o organismo, o impacto fiscal começará a aparecer já no primeiro ano do futuro governo. O Fundo espera que o déficit primário do País alcance 0,8% em 2023 e caia para 0,3% no ano seguinte. O FMI também melhorou suas projeções para a economia brasileira e passou a prever crescimento de 2,8% em 2022. A estimativa anterior era de avanço de 1,7%. Ainda assim, o País deve crescer abaixo da média global e de seus pares emergentes. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a mudança foi uma eldquo;boa notíciaerdquo;, mas criticou as projeções do Fundo. eldquo;Estão sempre errando e vão errar de novoerdquo;, disse ele, a jornalistas. ebull;

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'Novo pré-sal' vai turbinar plano de investimentos da Petrobras até 2027

Plano Estratégico 2023-2027 da Petrobras virá mais forte que o anterior, turbinado pela a incorporação dos investimentos necessários à exploração da Margem Equatorial, fronteira tratada como um possível eldquo;novo pré-salerdquo;. Essa é a principal aposta da estatal para aumentar suas reservas de petróleo. Além da nova fronteira, o plano deve contemplar a modernização de refinarias e ter um olhar mais atento para energia limpa. Com isso, a estatal planeja adaptar suas refinarias à produção de biocombustíveis de alto valor agregado, tipo o bioqueresene de aviação, e também reforçar investimentos na descarbonização da produção e em estudos para projetos em energia eólica offshore destinada à produção de hidrogênio verde. eldquo;Do ponto de vista de transição energética, a gente pretende prosseguir consistente com aquilo que já fizemos: olhar projetos de descarbonização com o objetivo de desenvolver produtos renováveis e obviamente buscando a transição por meio da diversificação rentável, ou seja, quais novos negócios ou atividades a Petrobras pretende priorizar com vistas a um universo de longo prazoerdquo;, afirmou recentemente o diretor de Governança e Conformidade da estatal, Salvador Dahan, sobre o novo plano. Para o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e professor da UFRRJ, Maurício Tolmasquim, uma maior atenção da Petrobras a fontes renováveis é bem-vinda, sobretudo se direcionada à eólica offshore, já que a companhia domina boa parte da infraestrutura logística para atuar em alto mar. eldquo;Mas não adianta ser uma previsão simbólica, tem de ser um montante que permita à Petrobras recuperar o tempo perdido. Ela já está atrás na corrida pela energia renovável no Brasil, sendo a grande ausência na notificação de interesse por áreas (no mar) para eólica offshore ao Ibamaerdquo;, observa Tolmasquin. O especialista lembra que, motivadas pela transição energética, grandes petroleiras como Shell, Total e Equinor têm feito esforços para se converter em empresas de energia limpa no longo prazo, meta que a Petrobras já teve fortemente associada a biocombustíveis, mas que ficou em segundo plano nos últimos anos. Foi por causa do pré-sal que os investimentos da estatal deram um salto na década passada, para mais de US$ 200 bilhões, encolhendo posteriormente para menos da metade deste valor no plano formulado em 2016, devido ao alto endividamento da companhia. Nos últimos sete anos, o total investido nunca ultrapassou os US$ 100 bilhões. As projeções indicam que os aportes devem continuar abaixo desse patamar, apesar de tenderem a ser maiores em comparação com o plano anterior, avaliam especialistas. No plano anterior (2022-2026) a previsão era de investimentos de US$ 68 bilhões. Desse montante, U$ 57,3 bilhões estavam previstos para exploração e produção (EeP), dos quais menos de 10%, US$ 5,5 bilhões para exploração, a maior parte nas bacias do Sudeste (58%), mas também da Margem Equatorial (38%). Essa frente deve ser reforçada este ano, puxando o investimento total para cima. O Estadão/Broadcast apurou que o plano 2023-2027 da estatal também deve deixar para trás a previsão de apenas uma nova plataforma de exploração e produção em 2022 (FPSO Guanabara), para inserir mais unidades até 2027, o que vai elevar o valor dos investimentos. O número final, no entanto, ainda não foi finalizado, e continua em discussões técnicas antes de ser apresentado ao Conselho de Administração da companhia. Fontes da companhia confirmaram que a exploração da Margem Equatorial vai receber atenção especial. A licença para perfuração do primeiro poço é esperada para novembro, após teste de simulação para provar ao Ibama que a empresa tem condições de conter eventual derramamento de petróleo. Hoje o investimento reservado para a nova conquista até 2026 é de US$ 2 bilhões, volume que tende a ser incrementado no próximo plano. A empresa planeja, assim como em outros locais nos quais atua, desenvolver projetos sócio-ambientais na região, que também deverão constar no plano, como informou ao Broadcast o gerente executivo responsável pela área, Mario Carminatti. Na exploração e produção da nova fronteira serão adotadas tecnologias que utilizam algoritmos de última geração; inteligência de dados e computadores de alto desempenho (HPC); ampliação da operação remota, que prometem reduzir riscos ambientais, o que pode elevar os investimentos da estatal nos próximos anos. Iniciativas de baixo carbono Os esforços de descarbonização devem ser reforçados, mas sem grandes mudanças na ordem de prioridade. No plano divulgado no fim do ano passado, essa eldquo;frente de baixo carbonoerdquo; teria investimento de US$ 2,8 bilhões em cinco anos, sendo pouco mais de R$ 2 bilhões, para a descarbonização das operações atuais, e apenas R$ 730 milhões para desenvolvimento de biocombustíveis e pesquisa e desenvolvimento em energias renováveis com vistas à eldquo;diversificação rentávelerdquo; em novos negócios. Fontes da companhia e agentes de mercado esperam que essa última frente seja reforçada, ainda que não a ponto de ocupar papel de destaque nas finanças da Petrobras. Segundo um consultor que presta serviço à Petrobras, a companhia deve preparar um plano eldquo;resiliente e flexívelerdquo; ao resultado das eleições. A estratégia da companhia, diz ele, deve sofrer ajustes finos a depender do próximo presidente, mas não mudará no essencial, que é o enfoque crescente em exploração e produção, negócio principal da estatal. A fonte confirma o aumento de investimento para fazer frente à campanha na Margem Equatorial, mas, também, para aumentar o rendimento do pré-sal. Em paralelo, diz o consultor, a companhia deve perseguir papel relevante na transição energética, mais centrada na descarbonização da cadeia que já domina, em vez de investimentos decisivos em energia renovável. Estes projetos devem aparecer no plano, mas ainda na condição de estudos. eldquo;Não vamos ver a Petrobras investindo em (energia) solar e eólica como faz a Shell. O core vai continuar a ser petróleo e gás e seu processamento. Então a política ESG (governança ambiental, social e corporativa, em inglês) ainda deve observar mais esse universoerdquo;, afirma uma fonte. A empresa, porém, deve indicar no PE 2023-2027 os primeiros passos para uma possível parceria com a norueguesa Equinor para gerar energia eólica offshore, avaliou. De fato, segundo o diretor Relacionamento Institucional e de Sustentabilidade, Rafael Chaves, os pilares do novo plano estratégico já têm norteado anúncios recentes da companhia. eldquo;O anúncio (de comercialização) do diesel R5 (5% renovável) mostra que o biorrefino é estratégico para a Petrobras, área em que a gente vai continuar investindoerdquo;, disse. eldquo;A gente já tem declarado que vai fazer uma planta dedicada para explorar o mercado de querosene de aviação baseado em conteúdo renovável.erdquo; Segundo Chaves, não há hierarquia na frente de sustentabilidade do plano, mas eldquo;três dimensões diferenteserdquo; que se equivalem: descarbonização do barril, o biorrefino, e a preservação de florestas e reflorestamento como apoio à essa agenda. eldquo;O biorrefino está mais maduro, mas todas (essas dimensões) são promissoras, seria prematuro dizer que uma virá em detrimento da outraerdquo;, afirmou. Um ponto de estresse da preparação do plano é a estratégia para o tamanho e nem tanto a natureza do parque de refino. Isso porque há clara polarização entre os dois candidatos à presidência: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tende à manutenção e até recompra de refinarias, enquanto o governo atual indica preferência pela venda desses ativos.

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Pix: limite para transferência poderá ser definido de acordo com perfil do cliente

O Banco Central (BC) está avaliando melhorias para a segurança do sistema de pagamento instantâneo Pix. Dois dos principais pontos são deixar a definição de limite para as transferências a cargo de cada instituição financeira e ampliar as fases de bloqueio de contas em caso de fraude reportada. As sugestões foram apresentadas pelo grupo de trabalho que acompanha a segurança do sistema de pagamentos. Como eldquo;donoerdquo; do produto, é o BC que determina as regras de operação e fiscaliza a operação do Pix. A preocupação com segurança é grande por duas razões principais: evitar que o sistema perda credibilidade por causa de vazamento de chaves e o aumento de golpes que usam da engenharia social para solicitar transferências Pix. Engenharia social é uma técnica empregada pelos criminosos na qual vítimas são induzidas a enviar dinheiro para o criminoso, sem a necessidade de invasão do sistema. Limite para transferência No último fórum Pix, em setembro, o BC apresentou um conjunto de medidas que já foram avaliadas e recebeu novas sugestões. Uma dessas medidas é a alteração de regra para que cada instituição financeira determine o limite de transferência Pix de cada cliente. Inicialmente, o BC não estabeleceu um limite geral para o Pix, cabendo a cada cliente estabelecer suas próprias regras. Mais recentemente, foi estabelecida uma limitação para transferências noturnas em R$ 1 mil, que pode ser ajustada pelos clientes. O que está em análise agora é que as instituições financeiras atribuam o limite, partindo da avaliação do perfil do cliente. Ainda que seja estabelecido um valor, o cliente que desejar poderia pedir elevação do mesmo. A avaliação é que os golpes envolvendo engenharia social emdash; como quando a pessoa recebe mensagens com pedidos de ajuda por mensagem de criminosos que se fazem passar por parentes ou amigos pedindo dinheiro emdash; ocorrem a qualquer horário, o que torna os clientes mais vulneráveis. Com cada instituição podendo definir os limites, seria possível analisar o perfil do cliente emdash; se é uma pessoa que faz transferência de grandes valores com frequência, por exemplo. A sugestão do grupo de trabalho é promover um congelamento para análise das transações de até cinco contas, com um mecanismo específico para o desbloqueio. Nesse mesmo encontro, a autoridade monetária já informou que vai acatar, por exemplo, um refinamento do questionário de autoavaliação de segurança e também permitir a marcação de CPFs e CNPJs por casos de suspeita de fraude, como o caso de laranjas e aluguel de contas. Esse seria um processo não relacionado diretamente ao Pix, mas permitiria eldquo;sinalizarerdquo; os donos de contas com movimentações suspeitas.

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ICL reforça o combate ao mercado de combustível irregular no Brasil

Combater a fraude seja na qualidade, quantidade ou mesmo na sonegação de impostos de produtos por parte das empresas é um desafio cada vez maior e no setor de combustíveis não é diferente. O setor de combustíveis representa 9% do PIB Nacional. No entanto, nos dois últimos anos, o Instituto Combustível Legal (ICL) conseguiu superar a marca de 600 milhões de litros de combustíveis retirados da irregularidade do mercado nacional como qualidade, quantidade, roubo de cargas e dutos, sonegação e não pagamento dos tributos. Além do instituto, as parceiras ANP, as Secretarias de Fazenda, a Receita Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Secretaria de Justiça e Cidadania, além de órgãos de defesa do consumidor, como Ipem, Procon e Ministério Público contribuíram para o resultado alcançado. A capacitação dos órgãos, associado ao trabalho de inteligência integrado e a criação de forças tarefas especificas, contribuíram para fortalecer o combate ao transporte, armazenamento e descaminho de produtos irregulares, além de garantir o correto recolhimento dos tributos para a União e Estados. eldquo;Estes esforços contribuem para o desenvolvimento econômico e social do paíserdquo;, comenta Carlo Faccio, diretor executivo do Instituto Combustível Legal.

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