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Refinaria privada do fundo dos Emirados Árabes anuncia investimento de R$ 12 bi na Bahia

Dois anos após comprar da Petrobras a Refinaria de Mataripe, na Bahia, a Acelen assinou com o governo baiano um memorando de entendimentos para a construção de uma planta de diesel verde (HVO) e querosene de aviação sustentável (SAF). O investimento será de R$ 12 bilhões nos próximos dez anos, informou a empresa, controlada pelo Mubadala, o fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos. A previsão de desembolsar entre 50% e 60% do total nos primeiros quatro anos. Em publicação no Twitter, neste sábado, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, confirmou os investimentos. eldquo;Estamos felizes em darmos mais esse passo para seguir com o desenvolvimento do Estadoerdquo;, escreveu. O memorando visa ainda geração de emprego e cuidado com o meio ambiente. eldquo;A partir desse investimento, a Bahia tem a perspectiva de se tornar, nos próximos anos, o maior exportador mundial do chamado elsquo;diesel verdeersquo; ou HVO (Hydrotreated Vegetable Oil)erdquo;, completou, estimando a formação de uma cadeia capaz de gerar cerca de 17 mil empregos diretos. A expectativa é produzir 1 bilhão de litros anualmente, o que vai reduzir em até 80% as emissões de COe#8322; com a substituição do combustível fóssil. A nova planta vai utilizar a infraestrutura da Refinaria de Mataripe, como água, energia, vapor e o Terminal Madre de Deus (Temadre), adquirido com a unidade. Será construída uma unidade de geração de hidrogênio sustentável, para o hidrotratamento dos combustíveis. A previsão é iniciar as obras já em janeiro de 2024. A formalização do entendimento ocorreu em Abu Dhabi, na mesma cerimônia de encontro de Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed al Nahyan. No acordo, a Bahia também vai ter um compromisso de incentivos fiscais e de investimento em infraestrutura e logística. O documento assinado com o governo baiano prevê a criação de grupos de trabalho sobre inovação, ciência, tecnologia e logística, para avaliar, entre outras, as medidas necessárias para melhorar as vias de acesso à refinaria. Em um primeiro momento, a produção de 20 mil barris diários de diesel verde (HVO, ou Hydrotreated Vegetable Oil) e querosene de aviação sustentável (SAF, ou Sustainable Aviation Fuels) será feita a partir da soja ou do milho. Mataripe tem capacidade para refinar 300 mil barris de petróleo por dia, ou 14% do consumo nacional de combustíveis. A partir do memorando assinado com o governo da Bahia, estudos serão feitos para desenvolver o uso da macaúba, que será a matéria-prima da Acelen em pequena escala em 2029 ou 2030, e que vai atingir a produção plena a partir de 2035, informaram ao Estadão/Broadcast o vice-presidente de Relações Institucionais, Comunicação e ESG, Marcelo Lyra, e o vice presidente de Novos Negócios, Marcelo Cordaro. Impacto A segunda fase do projeto prevê o plantio de macaúba em área de 200 mil hectares, priorizando terras degradadas, o equivalente a 280 mil campos de futebol. Serão utilizadas plantações em larga escala e familiares, com previsão de gerar cerca de 90 mil empregos e um impacto econômico de R$ 85 bilhões nos próximos 10 anos. eldquo;Eu costumo dizer que esse negócio é ESG (sigla para ambiental, social e de governança) na veiaerdquo;, disse Lyra sobre o impacto socioambiental que a nova planta terá na região. De acordo com Cordaro, na primeira fase do projeto, a ideia é exportar toda a produção. Os primeiros embarques estão previstos para acontecer no primeiro trimestre de 2026. Os mercados visados são os Estados Unidos, Canadá e alguns países da Europa. A primeira fase visa apenas o mercado internacional porque o Brasil ainda não tem regulação para o uso do diesel verde. O executivo explica que o diesel verde, ou renovável, que será produzido pela Acelen substitui 100% do diesel fóssil, ou seja, pode ser usado com os mesmos motores usado com o diesel normal, sem nenhuma alteração, resíduo ou dano. eldquo;Quando o Brasil ajustar o ambiente regulatório, a gente começa a mirar o mercado localerdquo;, disse Cordaro. Pesquisa Na segunda fase, a vantagem da macaúba como matéria-prima, segundo o executivo, é que a planta nativa gera muito mais energia por hectare por ano do que a soja ou similares. Para chegar lá, entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões serão investidos na pesquisa da semente até o refino da macaúba. eldquo;A macaúba é uma árvore nativa a ser domesticada, e a gente vai trabalhar na domesticação da macaúba, no domínio genético até a produtividade de cultivo e extração, gerando todos os produtos que o óleo de macaúba pode gerar: óleo, fibra e proteínaerdquo;, informou. Acordos estão sendo fechados com institutos de agronomia, como a Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, conhecida pelos estudos da genética de macaúba; o Instituto Agronômico de Campinas; a Embrapa; e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP); entre outros. eldquo;Estamos também fechando com instituições internacionais que têm interesse nesse desenvolvimento aqui, e que pertencem a alianças agronômicas globaiserdquo;, afirmou Cordaro. Com a concretização do projeto, a Acelen pretende se tornar um dos líderes mundiais no segmento de produção de biocombustíveis a partir de culturas agrícolas de alta energia, desde o plantio das sementes até a produção dos combustíveis renováveis, destacou Lyra. eldquo;Estamos cumprindo a promessa de ser um ator relevante na transição energética. Estamos falando de R$ 12 bilhões. O fato de trazer para o mercado de refino um agente (Mubadala) com essa capacidade de investimento permitiu que, um ano depois da compra (da refinaria), já estejamos trabalhando e anunciando investimento superior aos US$ 1,8 bilhão (da aquisição) em combustível renovávelerdquo;, ressaltou. A Acelen investiu R$ 500 milhões, em 2022, para modernizar a planta adquirida da Petrobras e vai repetir o mesmo desembolso este ano. De acordo com Lyra, o mesmo será feito em 2024 e 2025. eldquo;A planta de combustível fóssil continuará a ser modernizadaerdquo;, afirmou. Refinarias privadas O anúncio do investimento bilionário vem num momento de incerteza sobre a participação privada no setor de refino de combustíveis no Brasil. Nos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), a Petrobras focou na produção de petróleo e gás, principalmente nos campos da camada pré-sal. Com a volta do PT ao governo federal, vendas de plantas que já estavam com a negociação perto do fim até poderão ser concretizadas, mas a expectativa é que a estratégia de vender o parque de refino da Petrobras seja deixada de lado. A guinada é coerente com a expectativa de mudança na política de preços da estatal. A participação de empresas privadas no setor de refino requer que a Petrobras pratique preços de mercado, alinhados com os praticados internacionalmente. Isso porque refinarias privadas compram o petróleo a preços internacionais. A Acelen tende a praticar preços superiores aos da Petrobras.

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Ipiranga muda nomes e fórmulas de seus combustíveis e promete redução no consumo

A Ipiranga lança na próxima semana sua nova linha de combustíveis aditivados. A renovação abrange tanto as formulações como as nomenclaturas. A gasolina DT Clean será rebatizada como Ipimax. Já a Octapro, de maior octanagem e voltada para veículos de alto desempenho, dará lugar à Ipimax Pro. Antes raro nos postos Ipiranga, o etanol aditivado vai aparecer em mais unidades e também se chamará Ipimax. O nome vai designar ainda uma nova opção de diesel. O combustível original, sem aditivação, continuará disponível na rede. A empresa afirma que os preços para os revendedores seguirão similares aos praticados atualmente. "Ressaltamos que a Ipiranga trabalha em um ambiente com preços livres em seus pontos de venda, podendo existir variações em determinadas regiões do país, conforme as especificidades de mercado local e a decisão de cada revendedor", diz Bárbara Miranda, vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios da Ipiranga. A empresa afirma que a nova gasolina aditivada proporcionará uma redução de 4% consumo quando comparada à original. Como exemplo, a Ipiranga afirma que 50 litros de gasolina comum permitem rodar aproximadamente 450 quilômetros endash;média de 9 km/l, compatível com o uso urbano de um modelo com motor 1.0. Com o uso da Ipimax, essa média subiria para 9,36 km/l, o que permitiria rodar 18 quilômetros a mais. A distribuidora diz que esses resultados foram aferidos pela empresa química Innospec, mas em testes de laboratório. Medições no uso real deverão ser feitas pelo Instituto Mauá de Tecnologia, no teste Folha-Mauá. No caso do Ipimax etanol, a Ipiranga divulga um aumento de 6% no rendimento. Os aditivos foram desenvolvidos pela Basf. As principais concorrentes já haviam apresentado as melhorias em seus combustíveis. Em fevereiro de 2022, a Vibra Energia lançou as novas gerações das gasolinas aditivadas Petrobras Grid e Petrobras Podium. Segundo a companhia, houve redução de até 98% a formação de sujeira dentro do motor, além de menor atrito entre as partes metálicas em relação à gasolina comum. O desenvolvimento dos aditivos e detergentes também foram feitos em parceria com a Basf. A Vibra, contudo, foi cautelosa em relação ao consumo: os dados de economia não foram divulgados. A renovação dos combustíveis da rede Shell teve início em novembro com a chegada da nova V-Power. A empresa estima que 99% das impurezas são removidas com o uso constante dessa opção. A preocupação com a formação de crostas nos motores se intensificou com a evolução dos sistemas eletrônicos de controle de emissões. Motores turbinados e com injeção direta de gasolina tendem a ser mais sensíveis a compostos de baixa qualidade.

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G7 busca acelerar eliminação dos combustíveis fósseis, mas sem prazo

Os ministros de Energia e Meio ambiente dos países do G7 concordaram, neste domingo (16), em acelerar o afastamento do uso de combustíveis fósseis, mas sem estabelecer um novo prazo para a eliminação gradual de fontes de energia poluentes, como o carvão. Em um comunicado divulgado após dois dias de reuniões no norte do Japão, ministros das sete maiores economias do mundo propuseram ações para manter o aquecimento global abaixo do limite de 1,5°C. "Enfatizamos nosso compromisso no contexto do esforço global para acelerar a eliminação gradual de combustíveis fósseis para alcançar sistemas de energia com zero emissão líquida até 2050, no mais tardar", disseram os ministros em um comunicado após sua reunião em Sapporo, no norte de Japão. O grupo não ofereceu nenhum novo prazo para além do que foi adotado no ano passado, quando propôs eliminar, gradualmente, grande parte do uso de combustíveis fósseis em seus setores elétricos até 2035. A ministra da Transição Energética da França, Agnès Pannier Runacher, disse que o apelo para uma "eliminação gradual" dos combustíveis fósseis foi um "passo firme à frente" antes das próximas cúpulas do G20 e da COP28. Reino Unidos e França propuseram eliminar o carvão das matrizes de energia do G7 ainda na década atual, mas a meta foi rejeitada por outros membros, como Japão e Estados Unidos, que citaram a pressão sobre os fornecimentos energéticos causados pela guerra na Ucrânia. O G7 está sob pressão para mostrar unidade e intensificar suas ações, após o último e alarmante relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC, na sigla em inglês) , publicado no mês passado. Segundo o IPCC, o aquecimento global causado pela atividade humana elevará as temperaturas médias em 1,5°C em relação à era pré-industrial de 2030-2035. - Poluição com plástico - Os ministros também anunciaram a meta de pôr fim à poluição com plástico em seus países até 2040. "Estamos comprometidos com acabar com a poluição plástica, com a ambição de reduzir a zero a poluição adicional de plástico até 2040", disse o comunicado. Alemanha, França, Reino Unido, Canadá e União Europeia já fazem parte de uma coalizão internacional que se comprometeu com esse objetivo no ano passado. É a primeira vez, no entanto, que Estados Unidos, Itália e Japão se somam a esse objetivo. O desafio é grande. A quantidade de lixo plástico dobrou nos últimos 20 anos, e apenas 9% dele é reciclado, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Várias ONGs temiam que a reunião ministerial levasse a um retrocesso em termos de compromissos climáticos, sobretudo, pelas posições conservadoras do país anfitrião. Altamente dependente da importação de combustíveis fósseis, o Japão queria aproveitar a ocasião para reivindicar novos investimentos no sector do gás em nome da "segurança energética", em meio aos transtornos decorrentes da invasão russa da Ucrânia em fevereiro 2022. Em 2022, o G7 decidiu tolerar investimentos em gás como uma resposta "provisória" a "circunstâncias excepcionais" relacionadas a esse conflito. A declaração deste domingo inclui abordagens similares, mas também estabelece vários parâmetros em torno desses investimentos, destacando a "necessidade primária" de uma "redução da demanda de gás". O G7 também reafirmou seu compromisso de trabalhar com outros países desenvolvidos para arrecadar 100 bilhões de dólares por ano para que os países emergentes possam combater o aquecimento global. A promessa remonta a 2009 e era para ser cumprida até 2020. (AFP)

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Combustível sintético da Toyota pode reduzir emissões em 75%, afirma montadora

Os Estados Unidos e a Europa seguem deixando as regulamentações para motores a combustão cada vez mais rígidas, e a Toyota continua cética em relação aos carros elétricos. Por isso, a marca japonesa está procurando caminhos alternativos aos carros a bateria, e, junto à ExxonMobil, está testando um combustível sintético que pode reduzir em até 75% as emissões de um motor térmico. O novo e-fuel ainda está em desenvolvimento, mas de acordo com Andrew Madden, vice-presidente de estratégia e planejamento da ExxonMobil, falou que o projeto está progredindo. No entanto, para que a nova mistura seja implementada no mercado, vai ser preciso de apoio de políticas governamentais. "Ter uma solução para combustíveis líquidos que podemos usar na frota existente, tendo isso no tipo de construção política em que permitimos que o mercado inove, é a maneira de menor custo para descarbonizar o transporte.erdquo; O combustível sintético da Toyota De acordo com a montadora, o novo e-fuel poderá alimentar tanto veículos recentes, quanto os mais antigos. A Toyota alega que seu combustível sintético pode ser considerado uma forma de reduzir de forma significativa as emissões de carbono, já que, segundo ela, os carros elétricos demandam uma alta emissão de C02 durante a fabricação endash; o que não os torna totalmente limpos. Em contrapartida, também existem preocupações sobre o real impacto dos biocombustíveis. Isso porque o etanol tem uma pegada de carbono elevada devido à emissão de CO2 presente na agricultura. Contudo, a Exxon afirma que encontrou medidas mais limpas de produzir a tecnologia. Para a Exxon e a Toyota, se as emissões ao longo da vida forem levadas em consideração, os combustíveis sintéticos poderiam fazer muito para reduzir as emissões de transporte, à medida que os modelos a combustão deixam de ser abastecidos com combustíveis fósseis.

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Cortes na oferta de petróleo pela Opep podem gerar inflação e prejudicar crescimento, diz agência

O mercado de petróleo global vai acumular um déficit muito maior e bem antes do que se previa, depois de alguns dos principais integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) terem anunciado inesperados cortes adicionais na produção, em uma iniciativa liderada pela Arábia Saudita, segundo avaliação da Agência Internacional de Energia (AIE). Em relatório mensal publicado nesta sexta-feira (14), a agência com sede em Paris prevê que o déficit na oferta de petróleo alcançará 2 milhões de barris por dia (bpd) até o terceiro trimestre deste ano. O déficit, que produtores fora da Opep não conseguirão ou não tentarão cobrir, poderá impulsionar os preços do petróleo, agravando a inflação num momento de aparente desaceleração e comprometendo o crescimento econômico, diz a AIE. Há cerca de duas semanas, a Arábia Saudita e outros produtores da Opep+ endash; que inclui Opep e aliados endash; anunciaram planos de fazer cortes adicionais de quase 1,2 milhão de bpd na oferta, pegando os mercados de surpresa. A decisão veio exatamente num momento de consenso entre analistas do setor de que o mercado precisaria ampliar a produção de petróleo, e não o contrário, para satisfazer a demanda crescente da China, que está em fase de recuperação, e evitar que os preços subissem. A Rússia, que também faz parte da Opep+, anunciou separadamente que estenderá atuais cortes em sua oferta até o fim do ano. Como resultado, os cortes totais deverão chegar a cerca de 1,6 milhão de bpd. No relatório, a AIE prevê que os cortes reduzirão a oferta global de petróleo em 1,4 milhão de bpd entre março e o fim do ano. A redução deverá começar no próximo mês e se estender até o fim de 2023. Por seus cálculos, a oferta fora da Opep+ deverá crescer 1 milhão de bpd no mesmo período, o que não seria suficiente para compensar os cortes. Em função dos cortes, a AIE dobrou sua previsão de déficit na oferta global de petróleo em 2023, de 400 mil bpd para 800 mil bpd. A agência também reduziu sua projeção para a oferta este ano em 500 mil bpd, para um total de 101,1 milhões de bpd. Em relação à demanda, a AIE continua prevendo um aumento de 2 milhões de bpd no consumo deste ano. A agência, no entanto, fez um pequeno corte na projeção para a demanda total em 2023, de 100 mil bpd, a 101,9 milhões de bpd.

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Petróleo encerra semana em alta de 2%, quarto ciclo consecutivo de ganhos

O petróleo fechou com ligeira alta nesta sexta-feira (14) impulsionado por um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) que expressou preocupação quanto à escassez de oferta global e aumento da demanda para nível recorde em 2023. O corte na produção de 1,1 milhão de barris diários anunciados pela Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) segue também dando suporte às cotações e fazendo a commodity terminar pela quarta semana consecutiva em território positivo. O barril do petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para maio fechou a 0,44%, a US$ 82,52, e o o Brent - referência global - para junho encerrou com ganhos de 0,26% a US$ 86,31. Na semana, o WTI subiu 2,21% e o Brent avançou 1,33%. Para o analista Phil Flynn, da Price Futures, o mercado de petróleo entrou em um ciclo de alta. eldquo;A balança de oferta e demanda de petróleo já aponta um aperto na segunda metade de 2023, com potencial para um déficit substancial de oferta acontecererdquo;, afirmou, em nota. eldquo;Os mais recentes cortes anunciados pela Opep+ aumentam esses riscos, o que impulsiona tanto os preços do petróleo como dos derivadoserdquo;, disse. Do outro lado, pressionando os preços, as vendas no varejo dos EUA vieram mais fracas que o esperado em março, novo sinal de desaceleração da atividade americano, o que pode levar a um menor consumo de combustível. Em seu relatório mensal sobre o mercado de petróleo, a AIE afirmou que os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) podem enfraquecer a economia global à medida que aperta mais as condições da oferta. Tal decisão tomará efeito em um contexto de recuperação da atividade da China, que pode elevar a demanda global pela commodity energética a patamares recordes, segundo a AIE. Nos EUA, o recuo de 1% das vendas no varejo em março ante fevereiro superou a previsão de baixa de 0,5% e deu mais sinais de que a economia dos EUA está em franca desaceleração, após um início de ano robusto.

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