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Governo de Transição condena manutenção da mistura de biodiesel no diesel em 10%

O grupo técnico de Agricultura do gabinete de transição do governo eleito condenou a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de manter a mistura do biodiesel no diesel vendido no país em 10% até o fim de março de 2023 e incluir produtos coprocessados no mandato do biocombustível, como o chamado diesel renovável da Petrobras.Em nota, o GT de Agricultura disse que é enfaticamente contra a decisão. "Trata-se de um duro e duplo golpe: na cadeia produtiva do biodiesel, que trabalha com base no planejamento, e na sociedade, ao contribuir para o aumento da emissão de gases efeito estufa", diz a nota assinada pelos membros do GT. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Incertezas e indefinições cercam a Petrobras no futuro governo Lula

A Petrobras vive hoje incertezas sobre o futuro uma vez que se desconhece o caminho que a empresa vai trilhar a partir de 1º de janeiro de 2023. Pessoas da atual gestão da estatal e o Tribunal de Contas da União (TCU) defendem a necessidade de continuar a reforçar a governança da petroleira. Reconhecem ainda que eventuais mudanças de rumo podem levar algum tempo para surtir efeito nos negócios da companhia. As preocupações surgem como consequência de sinais do governo eleito que pode adotar viés mais intervencionista na área de energia, via política de preços da gasolina e do diesel, e na própria Petrobras, que seria levada a desistir da venda de uma série de ativos, entre os quais estão refinarias. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Brasil participa de projeto de híbrido 'popular' da Volks

O Brasil está inserido em um grande projeto global do Grupo Volkswagen para o desenvolvimento de carros híbridos de menor custo, os chamados modelos de entrada, os mais baratos de cada marca, antes chamados de eldquo;populareserdquo;. A ideia é adaptar a plataforma (base) usada por Polo e Tcross para produzir modelos híbridos que utilizam dois motores, um elétrico e outro a combustão abastecido com gasolina (na Europa) e com etanol (no Brasil e na Índia). O grupo alemão designou o projeto para sua marca Skoda, que desenvolverá carros de entrada com a marca Volkswagen para países da Europa, da América Latina e para a Índia. eldquo;Precisamos ter escala para produzir carros de entrada pois, com as novas tecnologias, eles estão cada vez mais caroserdquo;, diz o presidente executivo da Volkswagen América do Sul, Alexander Seitz. eldquo;Se fizermos uma plataforma só para o Brasil não vai funcionarerdquo;. O alemão Seitz assumiu o posto em 1.º de outubro, em substituição ao argentino Pablo Di Si, que agora comanda o grupo nos EUA. Em sua gestão, ele obteve aval da matriz alemã para promover o uso do etanol como combustível ponte para o processo de descarbonização até que o Brasil tenha condição de ampliar sua frota de carros elétricos, o que deve demorar em relação a outros países desenvolvidos por causa dos altos custos. FROTA. O Brasil tem hoje frota de 104,3 mil carros híbridos e 11,6 mil elétricos. Neste ano, foram vendidos até outubro 31,8 mil híbridos e 6,8 mil elétricos. Seitz participou nesta semana da inauguração de uma unidade de pesquisa e desenvolvimento instalada dentro da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Chamada de eldquo;Way to zeroerdquo;, em referência à estratégia global do grupo de neutralização de carbono até 2050, o laboratório vai desenvolver projetos e tecnologias que contribuam para a descarbonização na América do Sul e que poderão ser exportadas para outros mercados. O Brasil é o maior mercado da Volkswagen na região e abriga quatro fábricas. Seitz não deu detalhes sobre o projeto dos modelos de entrada híbridos, que poderão ser feitos também no Brasil, mas disse que é um produto para eldquo;o futuro próximoerdquo;. Segundo ele, será preciso focar em custos, produção local de componentes e competitividade dos fornecedores. Duas montadoras já produzem automóveis híbridos no País, a Toyota e a Caoa Chery, mas de faixa de preço mais alta, como o Corolla e o Tiggo. Carros híbridos importados também são de categorias mais premium. A intenção da Volks é levar a tecnologia para versões mais baratas. O grupo também está desenvolvendo carros elétricos de entrada que serão lançados na Europa em 2025. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. A unidade inaugurada ontem pode ajudar no projeto, e já tem parcerias com dez universidades, como Unicamp, USP e UFABC, e com sete empresas, entre as quais Raízen, Shell e Bosch, informa Ciro Possobom, diretor de operações (COO) da Volkswagen do Brasil. Segundo ele, o objetivo das parcerias é a pesquisa de tecnologias que possam aumentar a eficiência energética e incentivar o uso de fontes de energia de baixo carbono, como o etanol. Também há projetos para uso de peças de maior reciclabilidade na produção de veículos. A Volkswagen tem também parcerias com universidades para outros projetos, como o do uso do etanol em carros a célula de combustível. ebull;

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Lula terá reunião com governadores

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, se antecipou e já convidou todos os governadores eleitos para uma reunião, no próximo dia 7, com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante a campanha, Lula prometeu que a reunião com os governantes estaduais seria uma de suas primeiras medidas após tomar posse. Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ibaneis é coordenador do Fórum Nacional de Governadores, instância de diálogo criada para ser palco de uma ação coordenada de decisões de interesses dos Estados. Ele disparou convites para o encontro com Lula, no qual diz que eldquo;serão debatidas questões prioritárias para o País, no contexto de renovação do compromisso democrático nacionalerdquo;. O futuro governo tenta construir pontes com os Estados por meio de interlocutores. Uma das pautas que Lula e governadores devem discutir, entre outros assuntos, é a perda de arrecadação com as desonerações do ICMS, principal imposto cobrado pelos governos regionais, aprovadas pelo Congresso para combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte. Lula quer um pacto com governadores eleitos para avançar na reforma tributária, uma promessa de sua campanha eleitoral que dependerá de alinhamento com os Estados e também com o Congresso.

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Rede Oxxo abandona slogan 'aberto 24 horas' e adota 'ó-quis-sô, tá sempre próximo

William (nome fictício) trabalha sob tensão. Atendente de uma loja do mercado Oxxo (lê-se ó-quis-sô) na região central de São Paulo, ele está no caixa a maior parte do tempo, enquanto outro atendente auxilia na reposição de estoque. Pela configuração da loja, a localização do caixa é muito próxima à entrada, à beira da calçada. Já aconteceu de alguém entrar e anunciar um assalto ou furtar produtos. Ele diz que o clima é tenso na maior parte do tempo, porque não há segurança. Mas para o colega que fica das 22h às 6h da manhã é muito pior: ele está sozinho na loja, que tem como slogan "Mercado aberto 24 horas por dia". A porta do estabelecimento, no caminho para a estação de metrô Marechal Deodoro, fica sempre aberta. A preocupação de William é o revés de um modelo de negócio que cresce acelerado na região metropolitana de São Paulo: o mercado Oxxo, do grupo Nós (resultado da associação entre a brasileira Raízen e a mexicana Femsa), chega ao final deste mês com 200 lojas, presentes também no interior paulista (Jundiaí, Campinas, Piracicaba e Sorocaba; nesta última, será aberto o 200º ponto de venda no próximo dia 29). Em dezembro, quando completa dois anos de operação no país, o Oxxo abre mais cinco lojas. Entre janeiro e março de 2023, no entanto, vai acelerar e promover 105 inaugurações. Fundada pela Femsa há 45 anos, para escoar no varejo o excedente da produção de bebidas, a rede Oxxo se tornou um fenômeno no mercado de proximidade na virada para os anos 2000: partiu de 800 lojas para 21 mil no México, em 22 anos. No mercado paulista, onde a rápida expansão desde o final de 2019 já rendeu até memes nas redes sociais, a empresa repete o modelo enxuto, de um único atendente na maioria das lojas, com segurança restrita a um circuito de câmeras e a uma ronda terceirizada. "Parte da nossa proposta de valor é entregar competitividade, custo-benefício para o consumidor. Isso implica uma estrutura de atendimento a mais eficiente possível, que me permita abrir três mercados em um bairro, em vez de um", disse à Folha o presidente do grupo Nós, Rodrigo Patuzzo, 46, que rechaça as questões de segurança pública como um problema para a rede. "Que mercado nunca sofreu um furto?", questiona. "A gente tem um número pequeno de roubos e furtos, sendo que 80% das ocorrências são no período diurno, como acontece em qualquer lugar do planeta, e em qualquer rede de varejo", diz ele, lembrando as 2.500 lojas Oxxo na Cidade do México. "Que novidade teríamos em vir para São Paulo?", afirma, referindo-se às dimensões e complexidades da capital mexicana, que soma cerca de 9 milhões de habitantes. A cidade de São Paulo tem pouco mais de 12 milhões. Segundo ele, houve um único caso de arrastão, há cerca de quatro meses, em uma loja da rede na capital paulista. De acordo com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), à qual a Oxxo não é associada, 30% dos estabelecimentos registraram, em 2021, alguma ocorrência relacionada a assaltos e roubos, 78% sofreram furtos internos (dos próprios colaboradores) e 88% furtos externos (clientes). A empresa está deixando para trás o slogan que a acompanha desde a chegada ao Brasil "Oxxo endash;Mercado aberto 24 horas por dia", para adotar um novo, que ensina a pronúncia correta do nome e será mote da campanha preparada pela agência Mestiça: "Se fala e#39;Ó-quis-sôe#39; e tá sempre próximo". "Até o final do ano, todas as fachadas das nossas lojas vão receber o novo slogan", diz Patuzzo. A mudança, diz ele, não tem a ver com menos lojas trabalhando 24 horas por dia endash;hoje 20% fecham as portas às 22h. De acordo com o executivo, este percentual já estava previsto na expansão da rede no país e não está relacionado a questões de segurança. Parte dos pontos que permanecem abertos funcionam com uma "janela de segurança": o cliente chega à loja, que está com a porta semiaberta, aperta a campainha e o atendente busca, no interior do estabelecimento, o que o consumidor precisa. Tudo na fachada da loja, sob uma iluminação especial e uma câmera de segurança. "Mas isso tem menos a ver com segurança e mais com o nosso controle, já que um só funcionário costuma ficar de madrugada", diz Patuzzo. "A maior parte das lojas, que têm apenas nove meses de operação, conta com apenas um trabalhador por turno. Se o funcionário falta e não avisa, eventualmente, a loja nem abre", diz ele. O número de colaboradores por loja depende de quanto fatura o estabelecimento, explica. "Se a loja já alcançou o seu faturamento potencial e tem maior movimento, vai trabalhar com três funcionários de manhã, três à tarde e dois à noite. Se não atingiu, vamos adaptando a equipe", afirma o executivo. "Ainda estamos testando tecnologias e formatos de atendimento." REDE VAI LANÇAR APLICATIVO PARA AUMENTAR VENDAS NO DELIVERY Além do México, o Oxxo também está presente nos mercados da Colômbia, Chile e Peru. Para o Brasil, o grupo Nós tem grandes planos. "O país é o único mercado na América Latina em que se pode repetir o que foi feito no México. Ou até mais", diz Patuzzo, que prevê abrir 215 lojas no próximo ano, todas no mercado paulista. "A expansão para fora do estado de São Paulo vai ocorrer ao final dos próximos 18 meses, de preferência, na região Sudeste", afirma. Uma das maiores apostas da companhia será lançada até o final de dezembro: o aplicativo Oxxo, que permitirá novidades como o serviço de "clique e retire" (o cliente faz a compra online e retira na loja), o pagamento via Pix (que também deve começar a ser aceito nas lojas físicas), o uso de lockers (armários para guardar compras feitas online) e o delivery. "Hoje trabalhamos muito com o iFood, mas vamos expandir o serviço de entrega com a nossa própria plataforma." Outra novidade é o lançamento de um plano de fidelidade. "Tem clientes que vão à nossa loja três vezes por semana, ou seis a sete vezes por mês", diz Patuzzo. "No futuro, o plano de fidelidade da Oxxo pode se conectar ao da rede de lojas de conveniência do grupo, a Shell Select", afirma. Também está em estudo a expansão da marca própria. "Hoje, nossa marca própria está limitada ao food service, é preciso ter uma escala mínima para entrar em outras categorias." O Nós mantém a sete chaves os critérios para escolher a localização de novas lojas, baseados em inteligência artificial. Mas Patuzzo dá algumas indicações. "Temos um algoritmo que considera um número grande de variáveis, sendo 10 as mais relevantes", afirma. "Entre elas, proximidade com grandes geradores de fluxo, como metrô e terminal de ônibus. É uma influência positiva, que pode se refletir em número de transações, tíquete médio ou distribuição de venda emdash;mas não necessariamente todos estes quesitos." O executivo chama a atenção para uma investida recente da Femsa: a aquisição da rede de mercados de proximidade Valora, por US$ 1,2 bilhão (R$ 6,4 bilhões), em julho. A rede suíça conta com 2.700 lojas, e se espalha por Áustria, Alemanha e Holanda. "O grupo enxerga neste negócio um dos principais caminhos de consolidação e de crescimento internacional", afirma. O especialista em varejo Alberto Serrentino, sócio da Varese Retail, concorda que no modelo Oxxo não cabe investimento em segurança 24 horas. "É natural que eles calibrem onde realmente vale a pena ficar aberto 24 horas, onde tenha demanda, tráfego e seja um lugar seguro, em que a loja não fique tão vulnerável", afirma. "Caso contrário, a conta não fecha, fica inviável. É o custo Brasil." Segundo ele, o Oxxo é uma loja em que o consumidor compra poucos itens, gasta pouco, em um sortimento voltado para conveniência. "O cliente vai pela comodidade e rapidez", afirma. "Mas é um modelo que precisa de densidade e alta capilaridade, porque a logística é complicada. Só para em pé se tiver muita loja em determinada concentração geográfica", diz. Daí, portanto, o foco em São Paulo. PERFIL - GRUPO NÓS Fundação: 2019 (50% Femsa e 50% Raízen) Bandeiras: Oxxo e Shell Select Número de lojas: 200 Oxxo (próprias) e 1.241 Shell Select (próprias e franquias) Funcionários: 2.643 (administrativo e lojas próprias) Presença: São Paulo, Guarulhos, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Osasco, Campinas, Jundiaí, Piracicaba e Sorocaba (lojas Oxxo) Principais concorrentes: Carrefour Express, Hirota Express, Minuto Pão de Açúcar, Mini Mercado Extra, Dia (Oxxo); AM PM e BR Mania (Shell Select) Faturamento: R$ 147,7 milhões* *referente ao 3º trimestre de 2022 Fonte: empresa

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Chance zero de antecipação da sucessão na Petrobras

Há uma expectativa na equipe de transição da área de Energia que o governo Bolsonaro possa enviar o nome do indicado à presidência da Petrobras ao conselho de administração da empresa ainda em dezembro emdash; que é quando se espera que já esteja público o escolhido. O objetivo é antecipar os ritos que terão que ser seguidos para que o indicado de Lula vire presidente. A chance, no entanto, disso acontecer é a mesma que existe de o Catar vencer a Copa de 2022. No Ministério das Minas e Energia e no Palácio do Planalto tal possibilidade não é levada em consideração. Só a partir de janeiro, portanto, é que o processo de sucessão se iniciará.

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